quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grey Gardens (2009)


Um dos primeiros textos que postei aqui no blog era sobre Grey Gardens, o documentário cult de 1975 no qual este filme foi baseado. O documentário mostrava alguns dias da vida de Edith Bouvier Beale e sua filha Edie, num registro inesquecível da decadência dessas duas parentes excêntricas e divertidas de Jackie Onassis. Este longa, estranhamente produzido pra TV, foca no mesmo período em que o documentário foi filmado, mas vai além, mostrando através de flashbacks como elas chegaram até aquele ponto, e também o que houve depois do lançamento do documentário.

O filme funciona por dois motivos:

1 - O material é muito especial. A história é triste e fascinante ao mesmo tempo. Qualquer filme feito sobre essas duas seria no mínimo memorável, portanto isso nem entra no mérito do filme... O mesmo material foi explorado brilhantemente pelo documentário.

2 - Jessica Lange e Drew Barrymore. Este é o verdadeiro trunfo do filme. Sem exagero, é um dos maiores shows de interpretação que eu já vi. 2 performances dignas de um Oscar, apoiadas por uma boa direção e uma maquiagem impecável que pra mim funciona ainda melhor que a de um Benjamin Button por exemplo. Por que não lançaram isso nos cinemas? Não sei. Tiraram de Drew Barrymore sua primeira indicação ao Oscar, e possivelmente a terceira estatueta de Jessica Lange.

Apesar de ser deprimente em alguns aspectos, o filme guarda em algum lugar uma mensagem positiva; que grandes vidas não passam despercebidas. Assim como você não poderia esconder 1 bilhão de dólares do mundo mesmo que tentasse, você também não pode esconder um grande valor pessoal. As Edies não fizeram absolutamente nada para merecer dois ótimos filmes sobre suas vidas. Elas simplesmente eram interessantes demais pra serem esquecidas! E claro, um parente famoso também ajuda.

Grey Gardens (EUA, 2009, TV, Michael Sucsy)

INDICADO PARA: Fãs de biografias, bons dramas e grandes atrizes.

NOTA: 8.0

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Hannah Montana: O Filme


Assisti o filme durante a final da Copa das Confederações entre Brasil e Estados Unidos. Um pai ao meu lado escutou o jogo inteiro através do celular durante a projeção. O volume não era tão alto a ponto de eu saber o placar, porém a cada gol ele tirava o fone e informava o outro pai ao lado (foi 3 a 2 pro Brasil). Pensei em mudar de lugar no começo, mas fui ficando ali. Percebi que não estava me incomodando tanto assim. E o motivo disso era que o filme estava funcionando. Já disse isso diversas vezes - quando você fica irritado demais no cinema por causa de alguém chutando a poltrona, fazendo barulho com a pipoca, mesmo que seja errado, geralmente é sinal de que o filme é ruim. Ou melhor - que não está funcionando pra você. Todo filme é como um pequeno relacionamento. E quando eles não funcionam, todos esses sons ao redor viram barulho.

The bottom line: Não é nenhum High School Musical, mas é bem melhor que Camp Rock. A produção parece um especial feito pra TV, mas é honesta e tanto as crianças quanto os adultos (mulheres e homens) pareciam estar se divertindo.

Não sei ainda se Miley Cyrus é uma grande artista multi-talentosa. Mas ela sem dúvida tem carisma - aquela capacidade de encantamento exclusiva das verdadeiras estrelas. Vendo o filme me lembrei dos clássicos menores da Judy Garland. O filme podia não ser excelente, mas com ela ele era no mínimo adorável. Miley é um ótimo produto esperando uma embalagem à altura. Espero que ela esteja em boas mãos.

Hannah Montana: The Movie (EUA, 2009, Peter Chelsom)

INDICADO PARA: Crianças e meninas pré-adolescentes.

NOTA: 7.0