segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amor à Distância


Um filme agradável, mas desses que você assiste e tem certeza de que em 6 meses terá esquecido completamente. Mas vi com prazer por causa de Drew Barrymore e Justin Long (que já namoraram na vida real, separaram, voltaram, e acho que ninguém sabe mais o que acontece). É muito raro eu ir ao cinema por causa de atores; não vou ver um filme do Tom Hanks, por exemplo, por causa do Tom Hanks, e sim porque no geral ele faz bons filmes. Por outro lado, Justin e Drew são 2 pessoas que eu acho encantadoras, e vê-los na tela pra mim já é um fim em si mesmo. Não porque o roteiro foi bem escrito ou porque eles interpretam maravilhosamente bem, mas porque eu simplesmente tenho empatia por eles (especialmente quando eles estão sendo eles mesmos - se eles estivessem num policial ou num western interpretando personagens totalmente fictícios, daí dependeria do filme).

A história é praticamente inexistente - os dois se conhecem num bar, se apaixonam, mas ela trabalha em São Francisco e ele em Nova York. O conflito é puramente prático e físico, por isso não tem muita força. Não há dúvida que eles se gostam, que querem ficar juntos, que foram feitos um para o outro. Mas como não se pode fazer um filme inteiro sobre um casal feliz, apenas aproveitando a vida, curtindo o romance, o roteirista tem que arrumar um conflito. E em vez de um obstáculo mais interessante, psicológico, moral ou sei lá o que, fica essa briguinha boba sobre quem deve se mudar pra qual cidade, quem deve largar o emprego, etc. Boring! Nunca me interessei por filmes que falam de complicações de relacionamentos (outra coisa que me incomodou foram algumas cenas de sexo e consumo de drogas - coisas que pra mim não cabem em filmes desse tipo). Como comédia romântica, o filme cumpre melhor a parte "comédia" do que a parte "romântica" - quem faz a irmã de Drew é Christina Applegate (do antigo seriado Um Amor de Família), que pra mim é uma das atrizes mais divertidas do cinema (e uma das raras comediantes bonitas).

Voltando a Justin e Drew, eles revelam no filme que Top Gun é o filme favorito dele, e Um Sonho de Liberdade é o favorito dela. Será que é verdade? Por outro lado, quando discutem música os dois parecem mais ligados em rock e bandas alternativas. Na vida real eu vejo muito disso e fico intrigado - gostos completamente distintos e conflitantes entre cinema e música. Qual será que revela mais sobre a pessoa?

Going the Distance (EUA, 2010, Nanette Burstein)

Orçamento: US$ 32 milhões
Bilheteria atual: US$ 14 milhões
Nota do público (IMDb): 6.4
Nota da crítica (Metacritic): 5.1

INDICADO PARA: Quem gostou de Ele Não Está Tão a Fim de Você, 500 Dias com Ela, Separados pelo Casamento (embora este seja mais fraco).

NOTA: 6.0

2 comentários:

CynthiaC. disse...

Assisti esse filme meio perdida no shopping, de fato o filme é facilmente "esquecivel", entretanto concordo com vc, ela é mesmo boa quando interpreta ela mesma.
Não sabia q eram casal na real, tks pela info.
Sigamos seu blog, já que tb sou uma devoradora de cinema.
Indicação do papi!!
Valeu
Cynthia C.

Caio Amaral disse...

Oi Cynthia, não lembro se te conheço ou não! Hehe. De qq forma seja bem vinda ao blog!

Pois é, ao contrário do senso comum, eu GOSTO quando um ator se especializa num tipo específico de personagem (se faz bem feito, lógico). Existem atores excelentes, como Meryl Streep ou Cate Blanchett, que são extremamente versáteis. Mas geralmente os meus FAVORITOS, aqueles que eu gosto de verdade, são os que repetem o mesmo personagem.