sábado, 18 de setembro de 2010

Coincidências do Amor


Romance leve sobre um homem (Jason Bateman) que descobre que é pai do filho de 7 anos da sua melhor amiga (Jennifer Aniston - no dia da inseminação ele estava bêbado e acabou acidentalmente trocando o conteúdo do frasco!). 2 histórias caminham ao mesmo tempo; a primeira é sobre a amizade de Bateman e Aniston que vai se transformando em "algo mais". A segunda é sobre Bateman convivendo com o garoto, que é o próprio filho (ou não, afinal ambos os pais tem olhos azuis e o menino não!). Essa funciona muito bem (o garotinho é uma graça; um dos personagens infantis mais memoráveis dos últimos tempos), já a parte do romance é um fracasso.

Na essência da história está a idéia batida de que "o amor pode estar ao seu lado". Mas a situação seria mais convincente se eles não fossem tão próximos. Talvez se fossem amigos recentes, ou então conhecidos antigos que passam a se conhecer melhor. Um homem e uma mulher que são MELHORES amigos há mais de 10 anos e que nunca tiveram NADA jamais irão se apaixonar magicamente (fica até difícil embarcar na história). Até porque a química entre Aniston e Bateman é fraca; duvido que alguém na platéia estivesse torcendo muito pra eles ficarem juntos. Eu fiquei pensando: ou eles são muito retardados, pois em 10 anos de convivência íntima não perceberam que se gostavam, ou então são muito preguiçosos... "ah, já que não tem ninguém melhor vai você mesmo". Nenhuma das opções favorece muito o filme.

Ainda bem que a história não é só isso e que as cenas com o garoto fazem valer o ingresso (essa parte lembra um pouco Kramer vs. Kramer). Outro ponto positivo do filme é o elenco coadjuvante - Juliette Lewis, além de ser boa em comédia, teve a sorte de nascer com cara de louca e garante algumas risadas. E tem também Jeff Goldblum (de Jurassic Park e Independence Day) que é um astro de primeira e não sei por que não faz mais filmes. Acho que é um caso meio Whoopi Goldberg / Philip Seymour Hoffman - famoso demais pra aceitar papéis pequenos, característico demais pra conseguir papéis principais.

The Switch (EUA, 2010, Josh Gordon / Will Speck)

Orçamento: US$ 19 milhões

Bilheteria atual: US$ 34 milhões

Nota do público (IMDb): 5.9

Nota da crítica (Metacritic): 5.2


INDICADO PARA: Quem gostou de Três Vezes Amor, Sem Reservas, etc.

NOTA: 6.0

5 comentários:

Saulo disse...

Estranho vc ter achado impossível eles se apaixonarem depois de tantos anos: o roteiro dá a entender que ele pelo menos sempre foi apaixonado por ela, mas que a coisa ficou reprimida ou latente

Caio Amaral disse...

Em que momento foi dito que ele já tinha sido apaixonado por ela? Isso foi realmente sugerido no filme, ou foi só uma "sensação" que você teve?

De qualquer forma, se ELA também não fosse apaixonada por ele (ou tivesse sido) seria igualmente inaceitável que por comodismo ficasse com ele no final.

Anônimo disse...

Caramba! Vc parece mesmo ser uma pessoa bem ridícula e esdrúxula....

Anônimo disse...

ah... e nada nada bossal....

Caio Amaral disse...

Boçal.