sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


O filme se passa 10 anos após o primeiro Tropa e mostra o Capitão Nascimento (Wagner Moura) se tornando sub-secretário de inteligência da Secretaria de Segurança do Estado. Agora, ele vai ter que enfrentar o verdadeiro inimigo: policiais e políticos corruptos. O filme custou mais de 15 milhões de Reais, mas foi produzido e distribuído de forma independente, tendo exibidores, distribuidores e até pessoas físicas como acionistas.

Achei o filme bem superior ao primeiro - menos apelativo, menos confuso, mais interessante, mais coeso, mais polêmico e melhor intencionado. Além da produção ser impecável - toda uma equipe de técnicos em efeitos especiais foi trazida dos EUA pra dar mais veracidade às cenas (gente 'grande', de filmes como Homem Aranha, Transformers, Benjamin Button, etc...).

Vai ser um sucesso merecido; tudo é incrivelmente bem feito, os atores são fortes, convincentes... Talvez um filme desse tipo não possa ser muito melhor - o que não quer dizer que ele mereça a nota máxima...

Uma vez vi uma palestra do TED que fazia uma divisão da humanidade em 5 tribos. A primeira era a que pensava "A vida é uma droga" - e a esta pertenciam os criminosos e os marginais. Depois vinha a tribo do "A minha vida é uma droga", um pouco superior. A terceira pensava "Eu sou ótimo - e você não", e por assim seguia, até chegar em Gandhi e em seres muito elevados. Quando digo que um filme "desse tipo" não poderia ser muito melhor, quero dizer um filme que, embora com muita habilidade, se limita a tratar de assuntos das tribos 1 e 2.

Ainda assim, é um dos filmes nacionais mais fortes que eu já vi.

(BRA, 2010, José Padilha)

INDICADO PARA: Quem gostou do primeiro, de Cidade de Deus e dos últimos filmes do Batman.

NOTA: 7.0

6 comentários:

renatocinema disse...

Se adorei Cidade de Deus e os filmes do Batman.........sou obrigado a ir hoje ver o filme no cinema. Valeu pela dica. abs

Caio Amaral disse...

Oi Renato! Vai ver sim que o filme é um espetáculo... Tem uma pitada de O Poderoso Chefão também, além dos filmes que citei (só não coloquei pq achei que seria meio exagero comparar esse com o Chefão, hehe). Abs!

Igor disse...

Vi esse filme duas vezes..
Uma no RJ e outra em SP. Devo dizer que ver este filme em um cinema de SP não é tão excitante quanto ver no RJ. A platéia no RJ vai ao delírio, além de entender melhor os personagens que tem conotação com a realidade, como o personagem Fortunato e Wagner Montes, o Fraga e o Dep. Estadual Freixo, tbm o jornal que passa no filme, parecido com o jornal Meia Hora e a questão das milícias que são pura realidade em muitos locais do estado.
Sai duas vezes do cinema com um sentimento de revolta
Eu daria uma nota maior pelo impacto nas pessoas.

Caio Amaral disse...

Oi Igor... Esse sentimento de revolta o filme provoca muito bem.. Até eu que não concordo exatamente com a política do filme saí sentindo isso... O filme é forte mesmo... Talvez no Rio com a realidade mais próxima isso se intensifique... Mas quando dou a nota tento pensar em termos universais e atemporais.. Me pergunto - qual seria a nota do filme se eu tivesse vendo ele em 2015...? Ou nos EUA, sem nenhum brasileiro por perto? Etc..

Anônimo disse...

Oi, quais são os outros tipos de tribos, e qual se enquadra no seu senso de vida, conforme ultimo paragrafo?

Caio Amaral disse...

Não dê muito ouvido pra essa palestra do TED não.. não concordo com o que eles dizem que são as tribos superiores.. mas gostei de como eles descreveram as tribos inferiores.. as pessoas que cometem crimes, odeiam a própria vida e querem destruir a dos outros também..