terça-feira, 17 de abril de 2012

Espelho, Espelho Meu


Nova interpretação da história da Branca de Neve, mas que não chega a ser uma paródia e nem uma reinvenção completa. Eles apenas mudaram alguns acontecimentos do conto e acrescentaram humor, transformando a rainha má numa vilã carismática, no estilo dessas de novela. O filme é mais honesto e autêntico do que o trailer dublado sugeria. A direção de arte é rica e o elenco convence; a menina Lily Collins tem presença natural e lembra Audrey Hepburn; Julia Roberts rouba a cena de rainha má e não se sai mal; e não consigo imaginar um príncipe encantado melhor que Armie Hammer (que fez os gêmeos de A Rede Social).

Ainda assim algumas coisas não funcionam. Os anões (feitos por anões reais) aqui são ladrões e não muito gostáveis, o que enfraquece toda essa sub-trama. Além disso, da metade pra frente a história fica entediante e o motivo é o fato do filme começar como uma comédia, não se levando a sério, e depois mudar de ideia e querer proporcionar aventura, drama, romance, sem no começo ter estabelecido relações sérias entre os personagens.


O filme é bem feitinho, mas não chega a satisfazer. E se levar crianças, explique pra elas que a Branca de Neve não é boa por ser a mais bela, e que rainha não é má por causa de seus ângulos ou por ter mais idade. Fica fácil de se confundir.

Mirror Mirror (EUA / 2012 / 106 min / Tarsem Singh)

INDICAÇÃO: Quem gostou de A Ilha da Imaginação, Alice no País das Maravilhas (Tim Burton), As Crônicas de Nárnia.

NOTA: 5.5

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