quarta-feira, 23 de maio de 2012

Battleship: A Batalha dos Mares


Em 2005, a NASA descobre um planeta fora do sistema solar com condições similares às da Terra. Na esperança de descobrir vida inteligente, eles enviam um sinal em direção ao planeta. Anos depois, os alienígenas respondem o sinal - invadindo a Terra e preparando a nossa destruição. A batalha ocorre no mar entre os aliens e uma frota de navios. O herói é um tenente da marinha (Taylor Kitsch) irresponsável porém talentoso (isso é o que dizem; nós nunca vemos talento algum) e que precisa se provar pro almirante Shane (Liam Neeson), seu superior, pois pretende se casar com sua filha.

O filme foi baseado no jogo de tabuleiro Batalha Naval, mas parece muito mais baseado em Transformers e Independence Day, até pelo "detalhe" de que não haviam extraterrestres no jogo da Hasbro (!).

Comparado aos últimos Transformers, a história é mais bem contada e tem certas ousadias, mas ainda assim não há nenhum interesse dramático. Não há conflitos envolventes, o herói não apresenta nenhuma desvantagem nem parece sofrer grandes riscos. Ele não quer salvar o mundo por algum senso de heroísmo ou superação, mas pra ficar com a loira burra que paquerou no bar. Na verdade não é nem pra conquistar a loira que ele precisa salvar o mundo, e sim pra conseguir a aprovação do pai dela - o pai que nem chegou a proibir a relação pra começo de conversa (e mesmo se proibisse, seria assim algo tão sério?). Ou seja, não há conflitos ou interesse na história como um todo.


Outro problema é que não dá pra acreditar na ação do filme - que homens com canhões teriam chances contra uma inteligência extraterrestre tão mais avançada, ainda mais liderados por um garoto inconsequente. Uma coisa que facilita o combate é o fato dos aliens não resistirem à luz do Sol - o que deixa de fazer sentido se você lembrar que a NASA selecionou o planeta deles justamente por ter as mesmas condições climáticas da Terra.

Rihanna estréia como atriz mas suas cenas são curtas e nem dá muito tempo de vê-la atuando.

Battleship (EUA / 2012 / 131 min / Peter Berg)

INDICAÇÃO: Quem gostou de Cowboys & Aliens, G.I. Joe - A Origem de Cobra, das séries Transformers, Piratas do Caribe.

NOTA: 4.0

4 comentários:

Rafael W. disse...

Filme tedioso, fiz um esforço tremendo pra não dormir no cinema.

http://eaicinefilocadevoce.blogspot.com.br/

Leonardo de Jesus disse...

Sabe que achei o filme legal Caio. Claro que não é 100% plausível mas achei bem superior a Transformers. Discordo que a motivação do cara para salvar o mundo era a loira. Pra mim a motivação dele é a vingança pela morte do irmão. Tb acho que o irmão morrer tb faz ele virar um bom capitão, para "honrar a morte do irmão".
Não sei, pra mim o filme funciona bem. Minha cena favorita é dos veteranos vindo ajudar a tripulação.
abs

Caio Amaral disse...

Oi Leo!! É que você tem que julgar o que é ou não é o tema do filme baseado naquilo que ele ilustra, enfatiza, dramatiza através das cenas.. O personagem do irmão é tão secundário, tão mal explorado, e a morte dele é tão pouco dramática que eu mal me lembro da existência desse personagem. Enquanto isso, a atenção dada ao "romance" é muito maior (a cena bizarra do burrito, o medo de ir falar com o pai, o desfecho da história...). Se o tema do filme fosse a vingança pela morte do irmão, a relação dos dois teria sido melhor definida no começo, haveriam diálogos memoráveis entre os dois, no final o herói iria até o túmulo do irmão, ao longo do filme ele poderia carregar um amuleto ou algo do tipo.. Coisas assim, entende? Ficaria claro o tema. São as ações e as cenas que mostram qual é o tema do filme, não uma ou outra frase que possam ser garimpadas na história. Nesse sentido que eu acho que o filme não tem conflitos e motivações interessantes (nem esse da aprovação do Liam Neeson; só mencionei pois é o conflito mais forte do filme, embora ainda seja fraco).

Mas concordo q é melhor que Transformers, hehe. Pelo menos que o 2 e o 3. Abs!!

Leonardo de Jesus disse...

É verdade, esse é realmente o maior conflito do filme. Acho que o irmão poderia ser melhor explorado assim como a própria ideia de fim do mundo. Em nenhum momento o mundo parece muito em risco, rs. Abs!