sábado, 7 de dezembro de 2013

Azul É a Cor Mais Quente (anotações)

- Qual a necessidade desses closes nas pessoas comendo macarrão de boca aberta?!

- Legal que no começo ela ainda não se descobriu lésbica. Torna a história mais envolvente e acessível pro público em geral (assim como Brokeback Mountain atingiu um público mais amplo do que o gay).

- Estava simpatizando mais pela personagem até vê-la na passeata. Será que esse elemento político tem a ver com o filme / é necessário?

- Não há um conflito forte. Ela não tem um namorado, traumas psicológicos, a família não é homofóbica nem religiosa, não corre o risco de perder o emprego... Virar lésbica não trará grandes problemas. No máximo a rejeição das amigas na escola. Mas não parece ser uma grande questão.

- Perigoso: direção do filme pressupõe uma atração sexual da platéia pelas atrizes (closes em partes do corpo, etc). Romance não é construído com base em valores mais amplos, portanto só deve se envolver mesmo quem for lésbica.

- Primeira cena de sexo entre as duas uma das mais chocantes que já vi!!!!!! Totalmente pornográfico e apelativo!!!

- Outra cena de sexo explícito?? As pessoas só comem e fazem sexo no filme??

- Comendo macarrão de novo? Depois ostra? Por que sempre as coisas mais nojentas visualmente? E as pessoas estão sempre babando, comendo de boca aberta. Filme desglamouriza personagens de propósito.

- Não há um enredo estruturado. Boa parte do filme são conversas rotineiras e situações que nada acrescentam à história (cenas na escola, encontros com amigos, etc). Parece documentário ou filme amador.

- Diálogo sobre orgasmo feminino ser superior ao masculino: filme é sexista (detalhes como a cena do museu - elas admirando pinturas de mulheres nuas). História devia focar em caráter, valores universais. Imagine se em Brokeback Mountain os caras ficassem cultuando o corpo masculino e falando da superioridade sexual do homem. Todo mundo ficaria revoltado e com razão. É como aqueles filmes americanos exclusivamente para negros, que focam demais na raça e acabam sendo racistas só que ao contrário.

- 3 horas de filme? Além de não ter um enredo o filme é interminável! Muita falta de consideração com o espectador. Filme é cheio de cenas sem conteúdo e desnecessárias.

- Protagonista é mentirosa, trai a namorada. Não é uma personagem admirável.

- Filme ganhou Palma de Ouro em Cannes justo no ano em que o SPIELBERG era o presidente do júri?? Este filme é o oposto de tudo o que ele sempre expressou em seus filmes (narrativa, estrutura, Idealismo, etc).

- Ator quando quer ser aclamado tem que chorar, deixar o ranho escorrer até a boca e não limpar. Nojento.

- Não há explicação pro fim do amor. Talvez ele nem tenha existido. Foi superficial assim como o primeiro encontro... Baseado em primeiras impressões e por isso mesmo não durou.

CONCLUSÃO: Boas atrizes, mas filme não tem enredo, é longo demais, atração é superficial, filme é sexista, cenas de sexo são apelativas.. IMPORTANTE: Isso não tem nada a ver com o fato do filme ser sobre lésbicas (e eu não ser uma)! Quem lê meu blog sabe que eu sou sempre negativo com filmes Naturalistas e filmes que focam demais no aspecto físico do sexo.

(La Vie d'Adèle / França, Bélgica, Espanha / 2013 / Abdellatif Kechiche)

FILMES PARECIDOS: Weekend, Shame.

NOTA: 2.5

Um comentário:

Saulo disse...

Resenha vinda de outro campo analítico, mas a conclusão foi parecida:
http://www.dzai.com.br/igualdade/blog/blogdaigualdade?tv_pos_id=143949