domingo, 11 de janeiro de 2015

Trinta

- Matheus Nachtergaele está ótimo. Personagem imediatamente gostável, carismático - gosto da delicadeza dele de ir conversar com o Pamplona antes de aceitar o cargo de carnavalesco.

- Bons conflitos: largar ou não o emprego estável pra perseguir a carreira de bailarino, largar ou não a dança pra virar cenógrafo, aceitar ou não o cargo do amigo de carnavalesco - fora a questão do preconceito contra a homossexualidade dele, a desconfiança de todos por ele ser novato, etc.

- Boa a trilha sonora (o tema de cordas toda vez que Joãosinho está criando).

- Lindos os desenhos que ele faz pra apresentação do enredo do Salgueiro! É demais a sofisticação que ele trás pra algo tão popular (as referências da ópera, etc). Seria mais interessante se o filme mostrasse como era o carnaval antes do Joãosinho Trinta: como eram as outras escolas na época, etc, pois apesar do trabalho dele ser obviamente brilhante, uma comparação seria interessante pra dar um parâmetro pra plateia.

- Tião (Milhem Cortaz) é detestável, funciona bem como vilão.

- O filme ilustra muito bem o talento de Joãosinho Trinta - o capricho que ele tinha, a maneira que ele usa história pra criar as máscaras no começo, a ideia de usar bandejas prateadas no lugar de espelhos, ele alterando o samba enredo pra música ficar em sincronia com o desfile, a ideia de deixar a mulata com os seios aparecendo, etc. É como assistir o processo criativo de camarote. Poucos filmes conseguem fazer isso.

- Demais a cena dele tentando impor respeito falando palavrões. Matheus está dando um show!

- Admirável a capacidade dele de ser profissional, de manter boas relações com todos. O filme é uma ótima aula de liderança.

- SPOILER: Inesperado o incêndio antes do desfile!! Será que isso aconteceu mesmo? Ou é só pra deixar a gente nervoso???

- SPOILER: Emocionado com a cena da reconstrução do carro e com a apresentação da rainha da bateria no final. Roteiro muito bem feito!

CONCLUSÃO: Filme biográfico convencional, porém feito com eficiência. Uma história inspiradora de liderança, sucesso, integridade artística. Um dos melhores nacionais do ano.

(Trinta / BRA / 2014 / Paulo Machline)

FILMES PARECIDOS: 2 Filhos de Francisco

NOTA: 7.5

4 comentários:

Anônimo disse...

To loco pra assistir Birdman, esses porra só ficam adiando a estreia no Brasil

Carlo Collodi disse...

Senhores leitores do blog Profissão Cinéfilo, sou amigo pessoal de Caio Amaral e frequentador do bar aonde ele trabalhava. É com grande pesar que venho a comunicar a todos que Caio Amaral veio a falecer na tarde de 12 de Janeiro de 2015 devido a uma insuficiência renal. Caio Amaral foi velado em casa e sepultado dia 14 no Cemitério do Araçá próximo a avenida paulista. À família, amigos e colegas resta somente nossas condolências e luto.

Caio Amaral disse...

Um dia será verdade, vai se acostumando!

Anônimo disse...

huehuaehuahehuaheuahe!!! seriocara, quem postou isso por favor se manifeste-se?? Os troll de comentário tão ficando kd vez mais sofisticado na zoera. eu sabia que era mentira porque teve comentario do caio depois da data da morte dele, só se era o fantasma do caio psicrografando do alem tumulo. e se vc pesquisar o nome do comentarista carlo colodi vai ver que é o escritor do pnóquio. huehuehue...