sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sniper Americano

- Bom o corte na primeira cena, quando Chris vai atirar no garotinho e corta pra infância dele, caçando com o pai.

- Bradley Cooper está carismático e convence totalmente fazendo esse americano típico, menos sofisticado que de costume.

- É legal que o personagem realmente ama o país e está pessoalmente indignado com os inimigos. Geralmente filmes de guerra são sobre pessoas cumprindo obrigações, mas aqui o protagonista parece ter uma motivação interna, o que torna tudo mais envolvente.

- É um filme de herói basicamente: um homem comum, carismático, com uma habilidade especial, que se torna o melhor do mundo e salva o país de vilões ameaçadores.

- Forte ele ter que matar mulheres e crianças! Mas o personagem não parece frio ou cruel, pois ele se mostra abalado em alguns momentos.

- Na essência é um filme no estilo Mercenários, pro público que gosta de ver machões chegando e matando um monte de gente. A diferença é que este é bem dirigido, bem atuado, tem certas sutilezas. Mas ainda assim é um filme de ação, sem uma dimensão mais abstrata, sem muita imaginação, etc.

- Boa a cena do cotovelo (onde ele descobre que o cara é um atirador). Exemplo de narrativa visual.

- SPOILER: Legal que há um inimigo principal (Mustafa), que tem a mesma habilidade do protagonista. Cena do tiro a quase 2km de distância parece um pouco forçada mas é legal reservar este momento pra maior demonstração de habilidade dele (às vezes o filme se enquadra tão perfeitamente num formato de roteiro estilo Rocky - Um Lutador que fica difícil de acreditar que a história é verídica).

- SPOILER: Chocante saber que ele foi assassinado! Muito sinistra a cara do garoto que mata ele - imediatamente sabemos que há algo de errado quando ele aparece. Demais as imagens reais no fim com o caixão sendo levado para o enterro.

CONCLUSÃO: Filme de ação/guerra envolvente, feito com eficiência, com uma performance sólida de Bradley Cooper.

(American Sniper / EUA / 2014 / Clint Eastwood)

FILMES PARECIDOS: O Grande Herói / Capitão Phillips / A Hora Mais Escura / Guerra ao Terror

NOTA: 7.5

15 comentários:

Anônimo disse...

Mais conhecido como "O Orgulho da Nação", por Quentin Tarantino.

Caio Amaral disse...

Nunca assisti.

Unknown disse...

so?

Anônimo disse...

Caio, observe os comentários:
http://profissaocinefilo.blogspot.com.br/2015/01/invencivel.html

Caio Amaral disse...

Não lembrava desse trecho do Bastardos Inglórios.. Aí provavelmente ele estava fazendo referência ao Sargento York, clássico de 1941 que tem uma premissa parecida com a do Sniper Americano.. conta a história verídica do Alvin York, um caipira que foi o atirador mais letal da 1ª Guerra e se tornou um herói americano, etc.

Anônimo disse...

Meu deus... a cena do bebê... oh meu deus, como os atores não riram?

Caio Amaral disse...

Eu acho o Clint Eastwood um pouco preguiçoso com essa parte técnica.. não só o bebê, mas a barriga da Sienna Miller grávida também parece bem falsa.. Eu lembro que no J. Edgar eu quase não consegui me concentrar na história de tão falsa que era a maquiagem..

Anônimo disse...

Seria bom que Holywood produzisse filmes com uma visão mais crítica da guerra do Iraque, uma das mais erradas, estúpidas e injustificáveis guerras promovidas pelos Estados Unidos. Talvez no caso do Vietnã o cinema holywoodiano tenha sido mais crítico por causa das pesadas perdas americanas. Os sofrimentos "do outro lado" são mais difíceis de ser sentidos, mesmo quando a guerra é totalmente absurda, como foi a invasão do Iraque. Daí que muitos filmes de guerra americanos tendem a seguir a linha "Falcão Negro em Perigo", de "nossos bravos meninos contra os bárbaros cruéis".

Caio Amaral disse...

Ih, filme anti-americano feito nos EUA tem de monte.. só aguardar.. prova de que eles ainda são uma nação livre, hehe.

Anônimo disse...

Francamente, não deveria ser preciso ser anti-americano para ser contra a invasão e ocupação do Iraque, que foi uma perversão dos valores que os Estados Unidos sempre alegaram defender, e só serviu para criar um caos ainda maior no Iraque, como se vê agora. a invasão parece mais ter derivado de uma obsessão pessoal de George W. Bush (pra mim, o pior e mais inepto presidente americano, pior que Carter, Ford, ou qualquer outro tido como fracassado) em querer superar seu pai. No dia em que fizerem um Appocalypse Now no Iraque estará tudo muito bem colocado.
https://www.youtube.com/watch?v=IkrhkUeDCdQ

Caio Amaral disse...

Pq é uma perversão dos valores americanos? Eu não sei muito sobre essa guerra, mas não vejo nada de errado em querer se defender nem em querer acabar com o totalitarismo islâmico.. só acho suspeita a tática deles.. deviam ter usado força total e vencido a guerra logo no começo.. e não ficado nessa enrolação toda..

Anônimo disse...

Digo que a invasão do Iraque foi uma perversão dos valores americanos porque o que vimos foi o país que se diz o farol da liberdade promover uma guerra colonial, porque os seus líderes que se diziam campeões dos direitos humanos recorreram à tortura e ao uso de armas de destruição em massa (fósforo branco e urânio empobrecido), o que condenavam em seu antigo aliado Saddam. O Iraque em 2003 não era ameaça para os americanos, nem para os interesses deles no oriente médio, a facilidade com que as forças iraquianas colapsaram demonstrou isso. Todas as alegações de Bush e Blair para justificar a guerra foram fantasiosas. O totalitarismo islâmico (diferente do totalitarismo de Saddam, que era pan-arabista e secular) na verdade está se fortalecendo como reação ao intervencionismo americano (há notícias que grupos como IS estaria se apossando de armas que seriam repassadas pelos grupos rebeldes sírios, apoiados pelos EUA), e em parte decorreu de uma estratégia errada dos ocupantes ocidentais do iraque de jogar etnias e grupos religiosos uns contra outros. Um uso de força total suponho que significaria uma ocupação perpétua do país, com óbvio aumento do numero de baixas americanas, o que dificilmente seria aceitável para o eleitorado dos Estados Unidos. Uma das razões que levou Obama à Casa Branca foi justamente que os americanos estavam cansados da guerra iraquiana, e do discurso triunfalista dos republicanos de George W. Bush e Sarah Palin, cada vez menos compatíveis com a realidade. O economista John Kenneth Galbraith disse no seu livro "A Era da Incerteza" que todas as guerras coloniais foram perdidas nas metrópoles, e não nos campos de batalha das colônias. Segundo ele, os Estados Unidos poderiam ter lutado mais anos e anos no Vietnã, a França poderia ter combatido mais anos a fio na Argélia, e Portugal poderia ocupado Angola por mais uma década. Mas chegou um momento em que esses povos ficaram simplesmente saturados da guerra, de lutar para impor sua presença a povos distantes. Isso também está ocorrendo com relaçao aos americanos no Iraque.

Caio Amaral disse...

Mas a Al-Qaeda e organizações do tipo não operam no Iraque também? Por que o país não era nenhuma ameaça? Eu conheço muito pouco sobre política externa e sobre essa guerra, então não tenho como ficar debatendo o tema.. Só quis dizer que apoio os ideais americanos, e sou contra radicais islâmicos e toda essa turma, onde quer que ela esteja escondida.. agora, se não foi isso que motivou a guerra, daí eu já não sei de nada..

Anônimo disse...

A Al-Qaeda e outras organizações só começaram a atuar no Iraque após a invasão americana. As acusações feitas na época de Bush acerca de vínculos do regime de Saddam com Bin Laden nunca foram comprovadas, e se basearam em informações duvidosas colhidas pelos serviços secretos americanos, mas como Bush e seus auxliares imediatos queriam que fossem verdadeiras, foram assim divulgadas. O Iraque em 2003 era um país arruinado por um década de bombardeios e sanções econômicas e não tinha condições de ameaçar os países vizinhos ou os interesses americanos.

Unknown disse...

Estou ansioso para ver este filme, porque eu ler comentários sobre o assunto. Vejo American Sniper não é a história de guerra típico, onde vemos apenas as batalhas, porque o par fornece uma história de amor, que mantém-lo encantado. Finalmente, o ve're e dar a minha opinião com mais detalhes.