segunda-feira, 1 de junho de 2015

Mad Max: Estrada da Fúria (2ª Vez)

Fui rever o filme e, passado o impacto inicial, percebi que há pouco que sobra na produção pra eu de fato gostar... Continuo achando a fotografia impressionante, as cenas de ação engenhosas, o som ótimo, a direção de arte e a edição muito bem feitas... Há várias coisas aqui dignas de indicação ao Oscar. Mas as qualidades essenciais que eu mais valorizo em filmes (personagens cativantes, uma boa narrativa...) não estão presentes, tornando o filme desinteressante depois que você já viu a primeira sequência onde um grupo de pessoas corre atrás de outro grupo de pessoas. O resto é mais do mesmo. Além disso, todo esse culto ao agressivo, ao grotesco, ao desagradável, é algo que realmente me entedia. Vou tirar 1 ponto da minha nota inicial.

(Mad Max: Fury Road / Austrália, EUA / 2015 / George Miller)

NOTA: 7.0

11 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que vc devia manter 8, um ponto a menos pelos motivos que listou e um ponto a mais por ser um filme que vc além de rever registrou no aqui no blog. Se não estou enganado, foram raros os filmes q vc fez isso, não?

Não to defendendo o filme! Vc de a nota que quiser.

Caio Amaral disse...

É, quase nunca faço isso.. quando corrijo notas, faço na postagem original e ninguém fica sabendo, hehe. É que de uns tempos pra cá tenho me deixado mais livre pra fazer postagens menores aqui no blog, sempre que tenho algo de relevante pra comentar..

8.0, será? Geralmente filme que eu dou nota 8.0 entra no meu TOP 5 do ano.. não me empolguei taaanto assim com o Mad Max.. é que é um caso meio difícil de avaliar.. o filme tem elementos que são nota 9, nota 10.. mas outros que são nota 4.5.. então você tem que chegar num meio termo.. foi que nem o caso do Interestelar.. alguns elementos do filme eu achei incríveis.. mas outros me irritaram profundamente e acabaram arrastando a nota lá pra baixo.. geralmente é mais fácil de avaliar.. a maioria dos filmes tem uma quantidade proporcional de talento distribuída por suas partes, hehe.. abs.

Roger Olivieri disse...

Concordo plenamente com você, Caio. É um delírio visual extremamente envolvente, com uma fotografia esplêndida, um show para os olhos, mas quando você começa a prestar atenção ao texto, falta tudo. além de ter uma clara mensagem misândrica, contrapondo basicamente homens maus à mulheres boazinhas, como se no mundo, o gênero fosse o determinante na escolha dos valores de cada indivíduo (depois fiquei sabendo que uma escritora feminista foi consultora do roteiro do filme e tudo ficou claro e óbvio pra mim). o que mais me entristeceu foi o sub-aproveitamento do ator principal Tom Hardy, que em filmes como "Bronson" mostrou-se imensamente capaz, tornando-o um mero degrau para a Charlize Theron (este filme não deveria se chamar Mad Max, mas Mad Furiosa ou Imperator Furiosa). Para um fã antigo da franquia como eu, ficou um gosto de politicamente correto na boca ao final. tudo que eu não queria ver em um filme como Mad Max.
Parabéns pelo blog Caio, acompanho sempre e percebo que vemos da mesma forma certos cacoetes que Hollywood tem repetido ad nauseum de 2000 para cá (adorei o post Romantismo Reprimido em que você disseca certos discursos que estão cada vez mais comuns nos blockbusters) e o quanto sentimos falta de um pouco da diversão descompromissada com discursos de gênero, classe etc!
Um abraço!

Caio Amaral disse...

Oi Roger, obrigado pelo comentário! Olha, a misandria eu não cheguei a reparar... talvez pela existência do personagem do Max, que não é mau.. mas sem dúvida reparei que ele saiu bastante dos holofotes, o que eu tb achei um pouco decepcionante.. Filmes desse tipo (com 'action heroes') atraem geralmente pelo carisma do protagonista.. quando vou ver um Indiana Jones, ou um Alien, por exemplo, eu não quero ver o herói ofuscado na história.. mas enfim.. melhor ele apenas em segundo plano do que se tivessem transformado ele num anti-herói, num loser ou algo do tipo, hehe. Abs!

P.S. Seria legal se os Anônimos se identificassem quando comentam aqui.. é meio chato ficar tentando adivinhar se estou falando com um visitante casual ou alguém que frequenta sempre o blog :-P

Anônimo disse...

Oi, eu sou um anônimo que sempre comenta aqui, talvez o que mais comenta. Inclusive o comentário acima sobre as notas fui eu. Eu não me identifico porque não tenho face, conta do google, ou conta no blogger (não me julguem! rs). E acho que não adianta colocar um nome ali no "Nome/URL" porque qualquer troll pode copiar mesmo nome e acabar danificando a imagem de quem comenta.

A propósito, tem um anônimo chato que fica fazendo piadinhas em alguns comentários. Esse não sou eu.

Seria interessante de vossa parte algumas sugestões de como corrigir esta situação. Outras formas de identificar-se.

Caio Amaral disse...

AH, eu acho que o que a gente discute aqui não são temas de grande urgência nacional.. a ponto de alguém querer se passar pelo outro! Heheh. Pra mim esse "Nome/URL" já é o bastante.. É pq atualmente eu não tenho noção de quem é quem.. já reparei que tem 1 que faz piada.. mas não sei se é o mesmo de tempos atrás.. ou se é um piadista novo.. rss.

Djefferson disse...

Bom, se pra você "Nome/URL" está bom, então assim farei.

Caio Amaral disse...

Valeu Djefferson! Você é que tava pedindo mais postagens no formato antigo, etc?

Djefferson disse...

Yep.

Djefferson disse...

Hum, olha só que interessante. Estava jogando um simulador de guerra agora pouco. Prestei atenção no porta - bandeiras de um exército, segurando aquela haste longa ostentando uma cruz de ouro maciço e completamente indefeso perante os inimigos. Daí pensei: "o coitado parece com aquele guitarrista do Mad Max", o qual não compreendi exatamente o porque estava lá tocando guitarra no meio da briga.
Mas daí lembrei da sinopse oficial do filme (http://www.adorocinema.com/filmes/filme-125054/) que fala algo sobre uma "guerra mortal". Então caiu a ficha, o guitarrista na verdade é um porta - bandeiras, o qual o Immortan Joe ostenta como símbolo de poder, opressão e agressividade. Dizendo algo do tipo "olhem como eu sou poderoso, tenho uma guitarra lança chamas e vocês não".

Mas alguém concorda ou é o sono das 3 da manhã que afetou meu cérebro?

Caio Amaral disse...

Hahaha, não sei... Mas não acho que você deva buscar muita lógica nesse guitarrista... na melhor das hipóteses ele estava ali pra "empolgar" os guerreiros e deixa-los mais agressivos... aumentar a energia... mas muita coisa no filme parece ter sido inserida mais por questões visuais... como os caras balançando no topo das varas... não é a coisa mais prática se você for pensar... rss.