domingo, 10 de janeiro de 2016

O Bom Dinossauro


(Esta crítica está no formato de anotações - em vez de uma crítica convencional, os comentários a seguir foram baseados nas notas que fiz durante a sessão - um método que adotei para passar minhas impressões de forma mais objetiva.)

ANOTAÇÕES:

- O curta que passa antes é a pior coisa que já vi da Pixar (Sanjay's Super Team). A mensagem é: vamos distorcer a realidade para que possamos chegar a um acordo entre filosofias opostas e incompatíveis.

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- A animação é impressionante (as imagens da natureza, etc.).

- De cara o filme já tem um problema: os personagens não são nada carismáticos. Não há química entre os familiares, as caracterizações são superficiais - eles não têm personalidades bem definidas e convincentes, Arlo não é engraçado nem fofo, é apenas fraco e desajeitado (herói envergonhado).

- Estranha a estrutura da história. Primeiro morre o pai num acidente improvável, depois tem que haver um segundo acidente improvável pro Arlo se perder de casa e viver sua aventura.

- Arlo ficou tanto tempo assim desacordado no rio??? Até parece que ele teria se afastado tantos quilômetros de casa, a ponto de levar dias pra voltar e viver uma experiência transformadora no processo!

- A história é muito mal escrita. Pra começar, se você vai contar uma história sobre coragem, é estranho escolher como protagonista um dinossauro que é de uma raça conhecida por ser pacífica, herbívora (faria sentido se ele tivesse sido adotado por uma família de Tiranossauros e tivesse que se adaptar, quem sabe). Não é como em O Rei Leão, onde é esperado que o Simba cresça se torne um líder forte. Ou mesmo em Como Treinar o Seu Dragão, onde o menino é frágil mas é de uma família de vikings e tem que se tornar um guerreiro. Além disso, o título é confuso. A história não é sobre ser bom ou mau, e sim sobre ser corajoso ou medroso, forte ou fraco. Não é um título como "O Bom Vampiro" - onde "vampiro" é algo mau, portanto se torna interessante o fato deste em particular ser bom.

- Estranha também a decisão de ter 1 único personagem humano no filme, mas que não fala e se comporta como um cachorro. Acaba sendo um filme sobre uma amizade entre uma figura humana e um animal, só que a figura humana é o dinossauro e o animal é o humano! É simplesmente uma bagunça.

- Arlo não tem nenhum desejo interessante. "Deixar de ser medroso e de se apavorar com qualquer coisa" não é um destino que empolgue plateia. Ele só quer mesmo voltar pra casa, que era um ambiente entediante, e não um lugar maravilhoso que sonhamos em rever na história.

- Roteiro cheio de ideias ruins. Como o rio desaparece de um momento pro outro? O humano tem um faro mais aguçado que os Tiranossauros?

- O filme foca no medo, na dor, e não em soluções, em coisas positivas (os personagens ficam comparando cicatrizes, o número de parentes que perderam, etc.).

- Falso os pterodáctilos não conseguirem matar facilmente o Spot só pra dar tempo do Arlo salvá-lo.

- SPOILER: De novo essa tsunami? Qual a probabilidade disso? E é claro que o filme não poderia terminar sem o Arlo mostrar que morreria pra salvar o amigo! Tendências Irritantes em Hollywood.

- SPOILER: Pra piorar há um duplo ato de sacrifício no final: primeiro, Arlo se jogar no meio da tsunami, e depois abrir mão do amigo pra que ele vá viver com os outros humanos! É uma despedida forçada pra tentar fazer o público chorar. Eles não vivem próximos? Não podiam conviver? Spot não podia preferir viver com os dinossauros? Não é como em E.T., onde o E.T. vivia num outro planeta e não podia ficar na Terra pois seria perseguido e mesmo biologicamente não sobreviveria.

CONCLUSÃO: O pior filme da Pixar.

The Good Dinosaur / EUA / 2015 / Peter Sohn

FILMES PARECIDOS: Como Treinar o Seu Dragão 2 / Turbo / Os Croods / Irmão Urso

NOTA: 3.5

25 comentários:

Marcus disse...

Quando eu vejo que o diretor de algum filme é oriental e o filme não é asiático, já aciona meu "alerta vermelho". John Woo quase enterrou a franquia missão impossível já no segundo filme. Ang Lee só sabe fazer o mesmo filme com cara de "quero ganhar oscar" e destruiu o hulk de 2003. Justin Lin também só sabe fazer os péssimos velozes e furiosos, com roteiro zero. Igual aos filmes do Michael Bay. E James Wan depois que fez aqueles filmes de terror, não vai parar até sugar tudo de bom que tinha ficando igual atividade paranormal e jogos mortais que é dele.

Agora o pior é escalar Justin Lin pra fazer Star Trek 3 e James Wan o filme do Aquaman. Vai ser mais do mesmo, só que o primeiro vai ser claro e o segundo escurecido.

Anônimo disse...

Pedro disse...
Só de assistir o trailer na TV, já tinha formado uma opinião contrária ao filme. Achei horrível a idéia do menino-cachorro. Pra mim foi algo que inviabilizou qualquer empatia com o filme e com seus personagens. confesso que não sou fã de cachorros, de maneira geral. Do ponto de vista biológico não acho que faça sentido, os seres humanos não tem dentes nem garras (unhas) tão fortes, nem olfato ou audição tão apurados, por isso não vejo porque 'evoluiriam' como cães. Aliás, os cachorros 'evoluiram' como o que, nesse universo? E também foi uma piada já muito batida, já tivemos há muito pouco tempo o cavalo-cachorro de Enrolados e o alce-cachorro de Frozen.
Também achei horrível e ridículo o visual 'descabelado' de alguns dos dinossauros. Na vida real não se vê répteis com essa uma aparência dessas.
A idéia de sacrifício se tornou clichê nos filmes do grupo Disney. Como faturaram alto com isso em Detona Ralph, Frozen, Enrolados e Big Hero 6, agora acham que tem de repetir em todo filme. Deve facilitar um bocado a redação dos roteiros.
Os críticos podem se derramar em elogios a esses filmes,que supõem como inovadores, mas na verdade são formulaicos ao extremo, mais que as antigas produções da Disney, tidas como muito convencionais.

Djefferson disse...

Como faço para assistir este curta sem precisar ir ao cinema? Eu não quero ver o filme, pois sei que é ruim. Mas um curta infantil que mistura religião, fiquei curioso.

Quem sabe você possa dar um resumo sobre o que acontece. Eu vi o trailer no youtube, tenho uma ideia.

Caio Amaral disse...

Oi Marcus.. ainda não tinha criado esse preconceito contra diretores asiáticos fazendo filmes não-asiáticos, hehe.. Mas não sou grande fã de nenhum desses que citou tb.. Ang Lee gosto de alguns filmes.. James Wan acho que dá ótimos sustos.. Mas nem sempre eles vão se sair bem em outros gêneros né.. Os produtores de hollywood parece que acham cool isso de contratar estrangeiros pra dirigir blockbusters.. virou moda, acho que depois que o Cuarón dirigiu o terceiro Harry Potter.. eu tb fico com um pé atrás.

Caio Amaral disse...

Verdade, Pedro! Não lembrava desses outros animais-cachorro dos filmes da Disney, hehe.. Concordo com sua análise!! O filme tenta seguir todos esses modismos.. auto-sacrifício, etc.. e se dá muito mal.

SPOILERS: Djefferson.. na história, o garoto adora ver um desenho de super-herói na TV e acha religião um tédio.. mas o pai hindu desliga o aparelho e faz o menino meditar com ele. Daí no meio do ritual, o garoto dá uma "viajada" e imagina os deuses hindus como super-heróis que salvam ele de um vilão.. no fim da história, o pai e o filho se posicionam no *meio do caminho* entre a TV e o altar.. e o garoto mostra pro pai um desenho que ele fez.. caracterizando os deuses como super-heróis.

Djefferson disse...

Me corrija se eu estiver errado, mas é possível ter uma interpretação psicológica com base no que você escreveu. Talvez essa nem tenha sido a intenção dos realizadores.

Na era antiga, o homem criou a mitologia dos deuses superpoderosos, e mais tarde a dos heróis semideuses mais fracos (Hércules, Ulisses, Odisseu, Enéas), pois queria se aproximar das divindades.

Quando a mitologia caiu com a ascensão da religião cristã, o homem transformou Jesus em uma espécie de herói, com poderes e semideus também, de modo a aproximar-se do deus hebreu. Essa informação é amplamente divulgada nos cultos religiosos, a de que Jesus veio a ser homem para se tornar o herói dos homens e poder dar a acessibilidade ao deus do velho testamento, distante e ausente, que eles tanto necessitavam.

As religiões pagãs germânicas tinham como seu todo-poderoso Odin, mas criaram o herói semideus Thor, protetor da humanidade. (Conforme a mitologia ele morre no Ragnarok, o apocalipse nórdico, e tecnicamente não salva a terra)

Estes heróis antigos possuem características idênticas aos dos quadrinhos e cinema. Tal como Hércules, Jesus e Super Homem, que têm poderes especiais, fraquezas, deixaram a sua casa de modo a cumprir uma (ou 12) missão grandiosa, vivem em meio a um povo do qual não fazem parte (como alienígenas), a figura do pai é sempre presente na história, possuem um arqui-inimigo, e devem sacrificar-se ao final da jornada para salvar a humanidade.

Na religião hinduísta meu conhecimento é pouco, mas pela descrição do curta que tu fizeste, a criança passou pelo mesmo processo que as outras crenças acima, a de adaptar dentro da figura de um herói uma divindade inacessível, de modo a fazer uma "reforma religiosa" que atendesse aos seus interesses.

De certa forma, subtendida e involuntária, o curta foi uma dura crítica a religião que foi construída na própria mitologia heroica, e ao o pensamento infantil dos devotos de que somos as criaturinhas especiais de alguém e esse alguém vai usar seus superpoderes para nos salvar de todos os nossos problemas. É só ajoelhar e rezar.

Mas ainda assim não entendi o clipe que tu fizeste, buscarei iluminação espiritual. Abraços.

Caio Amaral disse...

Oi Djefferson.. o curta não diz nada a respeito dos tais deuses, então fica a impressão de que o garoto simplesmente os imaginou como super-heróis pra poder engolir melhor a religião.. e não que os deuses eram pra ser originalmente vistos como super-heróis.. Estou julgando a mensagem transmitida pelo curta apenas.. Também não sei muito sobre o hinduísmo, mas pela reação do pai ao garoto vendo TV, fica a ideia de que a religião é contra entretenimento, capitalismo, figuras de super-heróis, ambição, etc.. daí soou meu "alerta vermelho". Se no final o pai é que tivesse abandonado o altar e passado a assistir TV com o filho e a apreciar o herói como uma espécie de deus pro garoto, talvez não tivesse me incomodado tanto. Mas o que acontece é o contrário: o menino abre mão do prazer dele pra aceitar melhor a abnegação do pai. De qualquer forma, não é apenas a mensagem que me incomodou.. achei o curta feio visualmente, mal escrito, etc.

Engraçado que muitos clipes internacionais não fazem o menor sentido e ninguém questiona.. Não sei pq tem gente intrigada dizendo que não entendeu o meu, hehehe.. Talvez pq elas sintam que nesse caso há um significado específico pra ser captado (que de fato há).. enquanto em clipes assumidamente 'nonsense' a pessoa simplesmente curta a música e as imagens, sem a intenção de entender nada..

Djefferson disse...

Com relação aos clipes internacionais não sei. Tendo em vista que não gosto de musica pop nem rock, faz muitos anos que não vejo nem ouço nada do gênero.

Mas no seu caso eu quis ver, e mesmo assim não entendi. Por exemplo, quando o clipe Gangnam Style foi concebido (esse eu vi), o garotinho dançando Michael Jackson não estava nos planos, mas foi inserido quando alguém viu uma apresentação dele na tv e o convidou a participar.

Da mesma fora, procurei um significado específico no Michael Jackson do seu clipe, mas pareceu-me conveniência de ter alguém por perto com as características dele e capaz de dançar, e então o inseriu.

A Lady Gaga derrubar a taça. Pareceu uma mensagem: "sou mulher mas não vou limpar". Eu pensei isso, pois sou obcecado com limpeza e quando acontece algo assim, sempre penso em quem vai limpar a sujeira e não na mensagem em si.

Não estou criticando ou falando mal. Mas como deixaste aberto a interpretações, fiz a minha.

Caio Amaral disse...

Olha, talvez fique mais claro quando você prestar atenção na letra da música (tem a letra na descrição do vídeo no YouTube).. tem gente que acha que é uma letra romântica, quando na verdade é uma crítica à inautenticidade.. e esse tema esclarece todo o conceito do vídeo.. não precisaria ter sido necessariamente o Michael Jackson ou a Lady Gaga.. o que importa aqui é que eles são sósias.. estão fingindo ser celebridades quando na verdade não são.. e essa ideia está pincelada em vários elementos do vídeo.. por exemplo no quadro na parede que eu apareço olhando.. que não tem um rosto definido.. ou o abajur que o Michael Jackson troca a lâmpada.. que é metade abajur, metade tripé.. ou a peça de xadrez que muda de identidade, etc..

Anônimo disse...

Pedro disse...
Se a Pixar poduziu esse Sanjay's Super Team com a intenção de conquistar o público indiano, acho que cometeram um erro feio. Platéias orientais não aceitam muito bem essas descaracterizações de suas tradições. Dizem que os chineses não gostaram de Mulan porque acharam muito americanizado, e esse curta vai bem além das graçolas 'americanizadas' de Mulan, parecendo querer dizer que as culturas estrangeiras devem se adequar à cultura pop americana para se tornar mais digeríveis.
O curioso é que normalmente as animações infantis evitam temas religiosos, para fugir de polêmicas (embora se admitam bruxas, magos, fadas, elfos, duendes, trolls, etc.), na Disney só o Corcunda de Notre Dame foca a religião de forma um pouco mais próxima. Talvez tenham produzido este 'Sanjay' porque o mundo indiano ainda pareça algo muito distante, apesar de toda a globalização.

Caio Amaral disse...

O filme no fundo é sobre o pai tirando o garoto da TV e conseguindo fazê-lo se interessar pela religião, mesmo que o método do garoto seja um pouco duvidoso... então acho que é mais uma vitória da religião do que da cultura pop americana. Mas enfim, o curta acabou de ser indicado ao Oscar, rsss.

Anônimo disse...

Talvez esse modismo de sacrifícios decorra do outro modismo, dos heróis envergonhados. Já que os personagens são fracos, procuram compensar com atos extremos no final.

Caio Amaral disse...

É.. está tudo conectado.. a intenção é se posicionar contra o auto-interesse, a autoestima.. e a favor do altruísmo.. da humildade, etc.

Anônimo disse...


Pedro:
Ontem à noite passou "Os Croods" no Canal Fox. Não pude assistir o filme todo, mas não deu para deixar de reparar na semelhança entre a garotinha e o menino do Bom Dinossauro. Acho que não é à toa que o filme da pixar não fez sucesso (insucesso nem sempre tem a ver com a ruindade do filme, infelizmente, como todos sabemos). A falta de originalidade é muito gritante.
https://www.youtube.com/watch?v=S8twVZf2XYs

Caio Amaral disse...

Ah verdade, ela parece um cachorrinho também né.. como é um personagem pequeno eu não lembrei direito.. mas a gente acaba associando os 2 filmes de qq forma..

Dood disse...

Vi em DVD ontem: e olha que eu criava um certo receio quando vi os teasers no bloco Mundo Disney SBT. Fiquei curioso com esse filme novo em meio a um intervalo pequeno da produção de Divertidamente.

O personagem é vazio que de bom não tem nada: somente um medroso. Na jornada de volta pra casa ele evolui em NADA e não é mencionada em nenhum momento sobre a família na trama. Fica chato acompanhar um personagem tão ruim numa jornada clichê (que poderia ser ao menos interessante).

Qualquer filme da franquia Em Busca do Vale Encantado é melhor que essa bomba.

Ah o revoltante é o final que ele ganha a marca no celeiro sem explicar exatamente o que de grandioso ele fez para a família. Ter ser perdido e voltado não é mérito de ser lembrado, pelo menos em comparativo a que outros membros da família contribuíram na fazenda.

Pra dizer que não sou ruim: ao menos ficou interessante o início e se o cometa não tivesse atingido nosso planeta e os dinossauros tivessem sobrevivido? É um gatilho interessante, mas muito mal executado nesse filme.

Esse filme ganhou de Era do Gelo 4 e 5 como pior filme com animais pré-históricos.

Bom eu ia fazer um post no meu blog sobre ele, mas acabei jogando minha opinião toda aqui. Rs.

Caio Amaral disse...

Oi Diogo, vc é o mesmo que o Dood é isso? Hehe. Não sabia que tinha um blog, vou passar lá depois. Realmente a melhor coisa de O Bom Dinossauro é a premissa do cometa "errar" a Terra.. por isso quando vi o teaser achei q o filme fosse ser ótimo.. mas realmente, faltou talento pra desenvolver a ideia né.

Dood disse...

Sim tenho, na verdade faz um tempo que não escrevo textos com opiniões de coisas que assisto e jogo. Esse ano não tem sido favorável pra isso.

Caio Amaral disse...

Ah entendi.. nem sempre dá pra manter o ritmo né.. eu como não paro de ver filme acabo tendo coisa pra postar sempre, hehe. Abs.

Dood disse...

Consegui postar ontem a noite, até porque minha mente estava inquieta querendo fazer isso.

O mais interessante foi a repercussão que a crítica que fiz teve com meus seguidores: todas tinham em comum relacionar o medo do Arlo com bondade, principalmente na hora que ele hesita em golpear o garoto capturado na fazenda. Aquilo ficou claro pra mim que não foi ato de bondade em nenhum momento: Arlo tinha mais medo do que outro sentimento.

Uma curiosidade: em Portugal o filme se chama A Viagem de Arlo. Só que pra uma viagem você espera aprendizado e transformação. Aqui não ocorre.

Caio Amaral disse...

Nem lembro direito da cena, mas realmente, pra ele ser visto como bondoso, primeiro teríamos que saber que ele seria capaz de golpear o garoto.. que em circunstâncias normais ele é forte, etc.. mas que nesse momento decidiu ser bondoso.
Ele passa por uma viagem física né.. mas internamente, o arco do personagem não é bem definido... abs!

Anônimo disse...

Assisti ontem no Telecine. O filme partiu de uma idéia 'subversiva', e a desenvolveu com clichês sentimentais, e cenas copiadas de outros filmes de sucesso. A morte do pai do Arlo foi uma réplica, quase quadro a quadro, da morte de Mufasa em O Rei Leão. A Pixar, nesse caso, parece ter pensado que bastava se valer de fórmulas prontas para levar o público às lágrimas, e o sucesso seria garantido.
Além dos defeitos da história e da falta de empatia dos protagonistas, havia o problema de que o visual estilizado dos personagens destoava muito do hiper-realismo quase live-action dos cenários. Teria sido melhor visualmente que os cenários fossem tão estilizados quanto os personagens, como em Enrolados, que ao menos tinha mais coerência estética.
Pedro.

Caio Amaral disse...

Oi Pedro.. Senti também que o dinossauro era meio caricato, simples demais em comparação com o resto do cenário.. mas se fosse uma história excelente, nem reclamaria disso, hehe. Abs.

Dood disse...

O mais interessante disso tudo é que o personagem foi merecidamente esquecido. Que isso sirva de uma lição para os trabalhos futuros, ou não.

Anônimo disse...

Os fabricantes de brinquedos devem ter amargado um prejuízo tremendo, as lojas estavam cheias de bonecos e tralhas relacionadas aos protagonistas. A Pixar acreditava realmente que o filme ia fazer sucesso.
Pedro.