quinta-feira, 19 de maio de 2016

X-Men: Apocalipse

NOTAS DA SESSÃO:

- A sequência inicial na pirâmide é um pouco feia e artificial (o excesso de CGI, a ação exagerada, etc).

- O elenco é incrível. James McAvoy sempre carismático, Jennifer Lawrence está ótima com esse cabelo anos 80, Michael Fassbender consegue melhorar qualquer filme só por estar nele...

- Por que o Apocalipse acorda justo nos anos 80 após séculos dormindo? Não fica muito bem explicado o que o fez acordar. De qualquer forma, é divertido ele saindo pelas ruas do Cairo e interagindo com as pessoas. O filme tem um tom bem mais "fun" que outros da Marvel como Capitão América: Guerra Civil, Vingadores, etc, e também que X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, onde eu reclamei que havia um clima sério e burocrático o tempo todo.

- A trama parece um pouco arrastada no começo. Sabemos que irá acontecer algo dramático mais pra frente, quando o Apocalipse se encontrar com o Xavier e os outros mutantes, mas até lá, os protagonistas não têm coisas muito interessantes pra fazer (precisam achar a Moira, depois vão atrás do Magneto, etc). Ainda assim, a história é melhor que a do último, até porque o vilão tem mais personalidade e é uma presença mais ameaçadora na história. A cena do encontro entre o Apocalipse e o Magneto na fábrica é boa!

- Boa a cena em que o Xavier e o Apocalipse se "conectam" através do Cérebro / o lançamento das bombas / o primeiro encontro entre os 2 times. As coisas estão realmente se intensificando e caminhando pra um final satisfatório, diferente do último filme.

- A direção aqui é clara, as ideias são bem comunicadas, ao contrário da maioria dos filmes do gênero (que costumam me provocar um caos mental). Por exemplo: a cena em que o Xavier manda a mensagem telepática oculta pra Jean Grey através do Apocalipse. Já tinha dado pra entender o que aconteceu (a sequência foi bem editada e é já tinha ficado claro quais os poderes desses personagens), mas ainda assim o filme garante que o espectador entendeu tudo através de um diálogo posterior.

- SPOILER: Muito boa a aparição do Wolverine!! A câmera começando nos pés dele e subindo... E depois a sequência dele matando todo mundo.

- O roteiro não é dos mais enxutos. Muita coisa acontece que você não sabe se é necessária pra trama principal. Ainda assim, não há sequências chatas e que soam totalmente descartáveis.

- Cena da Mística no avião conversando com os aprendizes: é por esse e outros detalhes que digo que esse filme tem um tom mais positivo - que os personagens e as relações não são desagradáveis, apenas de rivalidade e desentendimento como de costume.

- Há umas sequências bem grandiosas de efeitos especiais: a construção da mega pirâmide, Magneto começando a destruir o mundo (a Opera House em Sidney, etc).

- SPOILER: No último X-Men, a missão deles era apenas impedir a construção dos Sentinelas, o que gerou um clímax fraco. Aqui é tudo muito mais épico: o Apocalipse tentando passar pro corpo do Xavier (e matá-lo), a humanidade inteira prestes a ser destruída, etc. Coisas realmente decisivas estão acontecendo.

- SPOILER: Legal a luta "mental" final entre Xavier e Apocalipse (e a história da Jean poder ajudá-lo por também ter esse tipo de poder telepático). No entanto, algumas coisas me desagradam um pouco: acho que faltou um motivo melhor pro Magneto mudar de lado e decidir ajudar os X-Men, e além disso faltou um momento de destaque pro Xavier, pois no fim ele é salvo pela Jean e fica essa mensagem de que o importante é o trabalho em equipe, etc. Também acho que devia ter sido explicado melhor de onde vem esse super-poder da Jean Grey que faz ela destruir o Apocalipse.

CONCLUSÃO: Um dos mais legais da Marvel.

X-Men: Apocalypse / EUA / 2016 / Bryan Singer

FILMES PARECIDOS: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido / Wolverine: Imortal

NOTA: 7.0

2 comentários:

Daniel Formiga disse...

Só uma observação: acredito que, por se tratar de uma prequel dos filmes x-men de 10 anos atrás, o poder que a Jean Grey mostra no final seria uma antecipação da "Fênix" em quem ela se transforma no filme de 2006.

Caio Amaral disse...

Oi Daniel! Deve ter um sentido mesmo pra quem conhece melhor a série.. é que eu acho importante os filmes funcionarem de maneira independente.. não contarem com a memória da plateia pra coisas assim.. mas enfim, foi só nessa cena que fiquei meio perdido.. em geral achei ele bem narrado. Abs!