sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam

NOTAS DA SESSÃO:

- Confuso o começo. Mal sabemos quem é o personagem, o que ele busca, e já estamos num banco não sei por que, perseguindo um ornitorrinco irritante. O filme tenta descontrair quando a gente ainda nem sabe o que está acontecendo. Pra que servem esses bichos? Não deveríamos entender o contexto do filme antes de partirmos na aventura? Se o ornitorrinco consegue entrar pela fresta de um cofre e sair da mala trancada, como o protagonista pretende capturá-lo? Essas pessoas todas no banco estão vendo a magia? Os bruxos não deveriam ser um segredo? Acho chato que logo nas primeiras cenas já vemos um monte de magia acontecendo de forma gratuita - o filme não devia gastar isso à toa.

- O Kowalski é um personagem totalmente dispensável. Entra na história por acidente e só permanece pra ficar reagindo e se impressionando com as coisas que os bruxos fazem.

- Nenhum talento, senso de narrativa, linguagem cinematográfica. E a história é ruim, parece apenas uma desculpa pra autora apresentar suas novas ideias pra magias e criaturas.

- Essa sequência do rinoceronte no cio é um horror.

- O filme tem vários personagens e tramas paralelas que não se encaixam, parecem fazer parte de filmes diferentes. A história do senador filho do Jon Voight não parece fazer parte da história do Eddie Redmayne caçando animais perdidos, que não parece fazer parte da história do Colin Farrell e do garoto que sofre abusos da mãe, etc. Muito mal escrito.

- O objetivo do protagonista ao longo do filme é muito bobo, não há grandes conflitos, recompensas. Só quer capturar os bichos que perdeu por acidente numa cena banal no começo do filme. Daí no fim surge o tal do Obscurial e ele resolve salvar a cidade, mas isso não tinha nada a ver com o que ele estava fazendo antes, não é o clímax de um conflito que foi sendo desenvolvido ao longo do filme... É só algo jogado pra ter um final mais agitado... O clichê de ter uma batalha épica no meio da cidade onde prédios são destruídos, feixes de luz do bem se chocam contra feixes de luz do mal, psicologia barata se revela mais forte que qualquer arma... E nós ficamos vendo tudo sem ter a menor noção do que é possível acontecer, de quem é mais forte que quem, do que o herói pode fazer pra derrotar o monstro, quais as regras do jogo, etc.

- SPOILER: Colin Farrell vira o Johnny Depp???? Por que? Quem é essa pessoa? A plateia só vibra por que é um ator famoso fazendo uma participação especial, não porque foi uma reviravolta bem escrita.

- SPOILER: Odeio essa história deles apagarem a memória da cidade inteira pra ninguém saber da existência dos bruxos. É algo muito questionável eticamente. Vai todo mundo acordar sem saber o que houve nas últimas horas? Isso não será um escândalo nacional? Não resolve o problema. E isso deles reconstruírem a cidade num passe de mágica também é muito frustrante. Parece que tudo o que houve no filme foi irrelevante. Um jogo de videogame sem nenhuma consequência no mundo real.

- Química zero entre o protagonista e a Tina. Há algo a respeito do Eddie Redmayne que você não consegue imaginá-lo numa relação amorosa / sexual comum com uma mulher. Por isso ele ficou perfeito em A Garota Dinamarquesa e A Teoria de Tudo. Ele é melhor interpretando criaturas misteriosas, excêntricas, e não pessoas normais com as quais a plateia se identifica.

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CONCLUSÃO: História ruim, direção ruim - o filme só parece ter certa relevância por ser caro e por estar associado à uma mega-franquia de sucesso.

Fantastic Beasts and Where to Find Them / Reino Unido, EUA / 2016 / David Yates

FILMES PARECIDOS: O Lar das Crianças Peculiares (2016) / Alice Através do Espelho (2016) / Harry Potter e as Relíquias da Morte (2010)

NOTA: 4.0

29 comentários:

Marcus Aurelius disse...

Curioso tu não citar a similaridade com a trilogia "O Hobbit", já que é mais ou menos a mesma coisa: uma prequel de uma franquia de sucesso baseada em um único livro que vai ser dividido em vários filmes com o mesmo diretor dos três últimos.

Caio Amaral disse...

Hehe, não associei especificamente ao Hobbit.. Hollywood já tá inteira uma palhaçada nessa questão de sequências, adaptações, filmes divididos em várias partes, etc.. Eu até tava pondo um pouco de fé nessa saga por causa do envolvimento da J.K. Rowling.. ela mesma escreveu o roteiro, etc (isso costuma preservar a integridade da obra).. mas pelo visto se ela tem algum talento pra literatura, de cinema ela já não entende muito..

Marcus Aurelius disse...

É verdade kkkkkkkk pelo menos o Tolkien não levantou da cova escrever o roteiro dos filmes. Acho que quando se trata de literatura é um trabalho mais individual e abstrato, no sentido que a personificação das coisas depende da imaginação de cada um. Traduzir para o cinema é muito mais físico, tem toda uma equipe, a capacidade dos atores de personificar, as limitações impostas por terceiros, os conflitos de escolha estética, etc. Nesse caso eu acho melhor separar os profissionais cada qual a sua área.

Mas sei lá, to dizendo isso porque não me vem a mente nenhum escritor de sucesso que tenha se envolvido tanto na adaptação de sua obra e a essência do livro mantida ao mesmo tempo que o filme fora um sucesso.

Caio Amaral disse...

É.. não é o mais comum né.. às vezes acontece.. recentemente teve o caso de Garota Exemplar.. As Vantagens de Ser Invisível.. Anne Rice escreveu o roteiro de Entrevista com o Vampiro.. Michael Crichton colaborou no roteiro de Jurassic Park... William Peter Blatty escreveu O Exorcista.. sem falar na própria Ayn Rand que roteirizou o The Fountainhead (Vontade Indômita). Então não é regra que o resultado é sempre desastroso.. mas normalmente tb prefiro "cada macaco no seu galho", kkk.

Marcus Aurelius disse...

Nossa, eu não sabia desses kkkkk e o pior é que eu gostei de todos. Só conseguia lembrar do "Mary Poppins" por causa do filme "Saving Mr Banks", mas não poderia dizer se a essência do livro foi preservada porque não o li. Já o livro do exorcista eu comprei no Halloween junto com o livro do Hellraiser, que lembrando agora o autor também escreveu o filme.

Quando vi uma entrevista da Ayn Rand dizendo que "Os Miseráveis" foi a maior experiência literária que ela já tivera me emocionei, porque curiosamente foi o primeiro livro sério que eu li com 11 anos. Aquele monólito absurdo é maior que a bíblia e devorei em duas semanas. Infelizmente nunca consegui encontrar nada neste nível, nem mesmo de Victor Hugo. Comecei a ler Charles Dickens e amei "Grandes Esperanças", mas o impacto nunca é o mesmo.

Fico feliz em ter descoberto Ayn Rand, não só pela sua filosofia, mas seus livros são um verdadeiro espetáculo. Cada vez que eu começo um capítulo é como se ela dissesse: "aproveite o show".

Achei o filme "The Fountaihead" apressado demais em algumas partes, e detalhado demais no romance principal. Talvez eu estivesse esperando por um documentário... rs. Mas acredito que isso é coisa da época mesmo.

Caio Amaral disse...

Nunca me empolguei muito com os filmes baseados nos Miseráveis e talvez por isso ainda não tenha lido o livro, mas ainda assim tenho curiosidade de ler por causa dos elogios da Ayn Rand.. o filme do The Fountainhead não chegou nem perto do prestígio do livro né.. eles tentaram dar uma cara convencional, Hollywoodiana, focando no romance, etc.. em vez de abordar os temas mais intelectuais da história.. mas ainda assim acho bem melhor do que essas adaptações recentes do Atlas Shrugged, hehe. abs!

Anônimo disse...

O Colin Farrell só virou o Johnny Depp porque o Jude Law tava ocupado e o Heath Ledger morto.

Caio Amaral disse...

Hehe.. de qq forma nenhum dos 2 teria tornado a cena bem escrita.. seria uma surpresa da mesma natureza imagino..

Anônimo disse...

Eu ia comentar no outro blog seu mas não permite comentario anonimo.

Eu tava acompanhando uma discussão de historia sobre o espectro político do nazismo. Um afirmando que era de direita e o outro de esquerda. Daí ele disse que os nazistas receberam apoio de grandes empresários, privatizaram algumas empresas, receberam apoio da igreja, eram conservadores e o mais importante perseguiam socialistas e comunistas. O outro tentou dialogar dizendo que o nazismo era coletivista militarista, controlava a economia e que os comunistas russos tambem perseguiram socialistas. Ele disse que os nazistas ainda assim eram de direita porque receberam apoio dos conservadores do parlamento, das empresas, da igreja e matavam esquerdistas. Nessa hora eu fiquei em dúvida. Ainda disseram que os nazistas tinham programas de assistencialismo igual pt, psol, etc. ele disse que não tem nada a ver, q isso é obrigação de um governo q deve ser para todos e q assistencialismo não siginifica ser nazista.
Um sugeriu esse video https://www.youtube.com/watch?v=vD7cU7KFBow. E o outro disse q não tem nada a ver e mandou ler estes artigos:
http://www.trincheiras.com.br/2015/12/hitler-era-de-extrema-direita-sim/
http://independente.jor.br/o-nazismo-e-de-direita-sim-e-nada-pode-mudar-isso/


o pior é q depois desta discussão me plantou uma duvida. Então queria saber c vc escreveu algum artigo que explique detalhadamente pq o nazismo é de esquerda e ou da direita? se não tem, poderia fazer um post explicando? encontrei o outro blog no seu canal do youtube e achei esses argumentos muito esclarecedores, mais d q sites grandes

Caio Amaral disse...

Olá.. liberei comentários anônimos lá agora, não tinha percebido.

Nunca escrevi sobre isso e não sou grande conhecedor de história... Mas acho que o correto é você pensar num espectro onde de um lado você tem liberdade, direitos individuais, capitalismo, e do outro lado você tem autoritarismo, estatismo, etc. Ou seja, nazismo, socialismo, fascismo, estão todos do mesmo lado, independentemente de uns terem um "sabor" mais de direita, outros mais de esquerda, etc..

Recomendo o vídeo do Ideias Radicais que fala sobre isso:
https://www.youtube.com/watch?v=nJlL0C4LTUs

Anônimo disse...

Bastante esclarecedor este vídeo. Mas vc já viu os canais Mamãe Falei e Nando Moura? o q vc acha deles?

Caio Amaral disse...

Só vi 1 ou 2 vídeos aleatórios desses, então não saberia julgar.. à distância eles me aparentam mais YouTubers do que intelectuais, estudiosos, etc.. ou seja, atraem público mais pelo carisma do que pelo conhecimento que passam.. mas posso estar julgando sem saber..

Anônimo disse...

Na verdade o fascismo não tinha uma doutrina econômica específica, e nem mesmo idéias claras e coerentes a esse respeito. Aos fascistas interessava mais a mística nacionalista e guerreira e o culto ao líder que qualquer pensamento esquemático. No caso nazista, o incremento ao industrialismo e ao desenvolvimento tecnológico conviveu contraditoriamente com as fantasias neo-agrárias do movimento "Blut und Boden", que pregava a volta à terra.
O estatismo foi mais uma decorrência do planejamento para a guerra. Hitler na verdade temia um estado forte que pudesse eventualmente funcionar sem ele, e minou o poder do estado concentrando o poder em sua pessoa, através do 'führerprinzip', pelo qual a vontade pessoal do líder passava a ser toda a base do poder e da ordem, afastando qualquer princípio constitucional. Ele complicou propositalmente a administração pública com órgãos com competências concorrentes e conflitantes, a fim de que nada funcionasse exceto quando acionado por ele. Também, a SS era um exército privado de Hitler, ligado a ele por um juramento de fidelidade à pessoa dele, não ao país ou à pátria.

Caio Amaral disse...

Entendi.. eu não acredito muito nas coisas que dizem a respeito de Hitler, mas de qualquer forma, acho que é seguro dizer que nenhum desses sistemas promovia liberdade, individualismo, etc.. acho que é isso que importa no fim né.. abs.

Anônimo disse...

Como assim não acredita nas coisas sobre Hitler? O que para você é fato e o que é distorção?

Hitler era muito inteligente, isso é óbvio, e ficou louco, isso também é óbvio. Logo estratégias que deram certo e situações absurdas é esperado.

Caio Amaral disse...

Esse papo dele ser a personificação do mal, querer criar uma raça pura, exterminar o resto.. me parece tudo uma grande narrativa criada por judeus.. lembre-se que tudo o que a gente vê na mídia mainstream, no cinema, é controlado por judeus, até hoje, desde sempre, o que não é nenhum segredo.. É um papo conspiratório, mas um que eu vejo bastante sentido.. os judeus estavam por trás da revolução comunista na Rússia que estava matando milhões de pessoas.. e depois da primeira guerra os bolcheviques começaram a crescer na Alemanha tb.. me parece que o nazismo surgiu como uma reação a uma verdadeira ameaça.. não foi um movimento demente que veio do nada, fez lavagem cerebral no país inteiro, convenceu massas a agirem contra princípios básicos da psicologia humana, etc.. é uma longa discussão, e eu ainda não tenho bagagem o bastante pra apresentar o caso completo, mas recomendo o livro que postei no meu outro blog, publicado pelo Henry Ford nos anos 20 (bem antes da segunda guerra), onde ele apresenta o problema dos judeus de maneira bem inteligente (algo que vai muuuito além do comunismo):

http://profissaofilosofo.blogspot.com.br/2016/11/o-judeu-internacional-livro.html

Anônimo disse...

Quando você fala judeu é no sentido raça ou no sentido religião? Se for no sentido religião eu até concordo, esse povo parece que está conectado em uma rede neural funcionando tudo igual a quatro mil anos. A própria bíblia é uma critica aos judeus no novo testamento.

Também não tenho bagagem pra discutir sobre história. Concordo que tudo que aprendemos sobre história é distorcido por alguém, mas não concordo que são judeus, me falta conhecimento pra afirmar isso. Mas eu tenho certeza em algumas coisas:

Quando se quer ilustrar idéias como coragem, determinação, heroísmo, bondade etc se pega a personificação de um herói: Superman, Homem Aranha etc. estes seriam a personificação do bem. Hitler é a personificação do mal no sentido das ideias e do que ele representa. Apesar de ter sido uma pessoa real ele poderia muito bem ser um personagem criado para ilustrar toda vilania. Alguns comunistas fazem seu discurso com boas intenções sem saber da maldade por trás do esquerdismo. Hitler queria matar mesmo, sem dó, e sua motivação era o puro ódio.

Mas eu lembrei de algo contraditório com o que eu disse acima que eu pensei na eleição de Trump. Foi a própria esquerda que elegeu Trump. Este extremismo de politicamente correto e este controle sem tamanho na economia e nas questões sociais fizeram as pessoas buscar uma solução extrema. Caso a esquerda fosse moderada hoje assim como era lá por 2010, 2011 com certeza qualquer outro candidato republicano teria ganho as primárias e as chances dos democratas vencerem seriam altas. Mas a própria esquerda pediu por Trump. Da mesma forma prevejo que em 2018 é o Bolsonaro que vai ganhar, ou pelo menos ir para o segundo turno se o Aécio não estiver preso, porque o Lula e a Marina sem chance. As pessoas estão cansadas de serem roubadas e do politicamente correto, não enxergam outra solução contra o extremismo a não ser o próprio extremismo. A eleição desses dois não é algo natural como a eleição de tantos outros, mas sim uma resposta à esquerda. Tanto Bolsonaro quanto Trump venderam a imagens de salvadores da pátria e estão prometendo uma solução milagrosa para os problemas do país. Ambos são populistas, ambos são estatistas e ambos se dizem de direita. Mas estão fazendo o mesmo que Hitler fez que conforme você diz, foi uma reação aos judeus. Não duvido que daqui a 20 anos a imagem desses dois seja a mesma de Hitler. Refletindo agora minhas ideias entraram em conflito, darei uma olhada nesse livro aí pra ver o que diz.

Com relação a convencer toda a população alemã a consentir o genocídio, recomendo o seguinte estudo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Milgram

Caio Amaral disse...

Bem, não estou falando dos judeus enquanto raça, pois não acredito que as ideias das pessoas venham daí.. embora o fato deles só poderem casar entre si, quererem manter a linhagem pura, etc, seja um fator relevante nessa história.. mas em geral estou falando da religião / cultura.. não sou contra todos os judeus.. isso seria um absurdo, afinal a Ayn Rand nasceu em família judia.. o Spielberg é de família judia.. Kubrick tb, hehe.. mas acho que dentro dessa cultura mora um enorme perigo..

Sim, da maneira como coloquei o surgimento do nazismo, o que está acontecendo nos EUA agora seria algo parecido.. mas claro, na época o comunismo que vinha da Rússia era uma ameaça muito mais grave.. as vidas das pessoas estavam em jogo.. hoje nos EUA essa ameaça que elegeu o Trump é menos violenta, mais econômica/cultural, etc..

o livro O Judeu Internacional em português pelo que vi tem sérios erros de tradução em algumas partes.. parece que jogaram no Google Tradutor simplesmente.. se puder leia em inglês.. se não, saiba que essa tradução que linkei lá tem problemas.. os 4 primeiros capítulos já dão uma boa introduzida no tema. Eu nem li tudo ainda, afinal era um jornal, não um livro, então é gigante.

Anônimo disse...

Tem um video de 50 minutos de debate no canal Mamãe Falei entre ele e o Idéias Radicais.

O ponto alto do vídeo é o esforço do Arthur para tentar ter alguma relevância perante o Raphael. Idéias Radicais ganhou mais um inscrito. kkkkkk

Caio Amaral disse...

Hehe sim, o Raphael é estudioso, embora eu não acredite no anarcocapitalismo. Mas como 90% do que ele fala é compatível com ideias liberais, etc, gosto de acompanhar pra saber a visão dele sobre assuntos do momento, etc.

Anônimo disse...

Na verdade Hitler era sim obcecado com pureza racial. O nazismo foi uma variante extrema de idéias racistas e eugenistas muito difundidas no final do séc. XIX e começo do séc. XX. A eugenia, a idéia de aperfeiçoamento da espécie humana mediante algum tipo de exclusão dos considerados imperfeitos, foi bastante popular na época em todo o ocidente, e levou à prática nos Estados Unidos e em vários países europeus, da esterilização de pessoas com problemas mentais ou com passagens pela polícia. Alguns escritores, como H. G. Wells, chegaram mesmo a advogar a eliminação de pessoas consideradas 'inferiores'. Aqui no Brasil tal idéia foi apoiada por Monteiro Lobato, no seu controverso livro "O Presidente negro ou O Choque das raças", que narra a eleição de um negro presidente numa américa futurista, que tem como conseqüência o extermínio da população negra pelos brancos.

Caio Amaral disse...

Que as pessoas "acham sim" que ele era isso tudo eu já sei.. rs.. só estou dizendo que existe literatura dizendo que a história foi diferente.. e que explica os fatos melhor e de forma mais lógica na minha percepção. Por exemplo, se a questão era puramente racial.. se ele queria que todo mundo fosse loiro de olho azul como dizem por aí (não só Hitler mas a Alemanha em geral), por que então os judeus foram as maiores vítimas? Eles não eram brancos também? O próprio Hitler não tinha características nórdicas... Ele não deveria querer exterminar então todos os estrangeiros, todos os negros, todos os mestiços.. muito mais que os judeus? Enfim, não to aqui pra convencer ninguém.. só saiba que existe uma outra versão, abs!

Anônimo disse...

O ódio de Hitler era voltado primordialmente para os judeus. As diferenças entre brancos e não -brancos não o interessavam muito. Sua obsessão maior era uma suposta luta entre os 'arianos' e os judeus. essas observações pelo historiador John Lucaks, no livro "O Hitler da História", um bom estudo sobre os trabalhos de história sobre o ditador nazista. Não há uma explicação clara para o ódio de Hitler pelos judeus, nem talvez haja. É um tanto inútil analisar o anti-semitismo nazista em termos racionais, pois o nazismo não era racional, é foi isso que o tornou tão trágico e o levou à destruição. Qual o sentido de guerrear contra a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos ao mesmo tempo? Qual o sentido de criar uma imensa máquina de morte para eliminar pessoas na maior parte inofensivas, e desviar para essa máquina recursos que seriam vitais para o esforço de guerra? Aparentemente, os nazistas viam os judeus como uma raça 'degenerada', 'não-ariana', que teria corrompido os 'arianos', e sua eliminação seria um passo necessário para que os 'arianos' retomassem sua primitiva perfeição. Os povos eslavos também eram tidos como inferiores pelos nazistas - Himmler obrigou os soldados da SS a estudar uma apostila chamada "O Eslavo Sub-humano. Por isso, russos e ucranianos foram alvos de enormes brutalidades por parte dos nazistas, que acabaram perdendo possíveis aliados contra Stalin. Na fase final da guerra, os nazistas mudaram de política e formaram batalhões SS de russos e ucranianos, mas era tarde demais para obter algum ganho.

Caio Amaral disse...

Acho que é exatamente isso que os judeus "sionistas" querem.. que o anti-semitismo de Hitler pareça algo sem base.. um ataque irracional contra pessoas inofensivas.. baseado em pura maldade.. mas como disse, hoje em dia eu questiono essa narrativa..

Anônimo disse...

O comentário de 03 de dezembro, 01:54 acerta a meu ver quando fala da repercussão da correção política nas eleições americanas. Bernie Sanders disse num discurso recente que os democratas se saíram mal porque as pessoas estão cansadas do politicamente correto. Nos Estados Unidos hoje as pessoas vêem seus empregos e reputações em risco se disserem ou fizerem qualquer coisa que alguém interprete como politicamente incorreta. Universidades e grandes empresas agora procuram instituir ‘espaços seguros’ onde nada que destoe de uma visão muito estreita de correção política pode ser dito, sob pena de se acusado de ‘crime de ódio’. E o mérito de qualquer pessoa é cada vez mais julgado em função de sua pertença ou não a alguma minoria, em Yale, estudantes de esquerda protestaram contra a administração da universidade por dar o nome de Benjamin Franklin a um prédio, porque seria um ‘homem branco escravagista’, na universidade da Pensilvânia estudantes removeram um retrato de Skakespeare para homenagem uma poetisa lésbica.
Trump contou também com muita ajuda da mídia, que lhe deu enorme cobertura nas primárias republicanas, em parte porque achavam que ele era um bom gerador de audiência, e parte também porque muitos pensavam que ele seria o candidato mais fácil para Hillary Clinton derrotar.

Caio Amaral disse...

Ah sim.. certamente parte da população está cansada do politicamente correto.. eu mesmo esses dias, tentando me inscrever nuns festivais de curta-metragem nos EUA (e no brasil tb), me deparei com reflexos disso.. nas fichas de inscrição eles vivem perguntando se o filme é de temática LGBT, se o diretor é negro, se o filme discute questões sociais "relevantes", etc.. sugerindo que isso traria alguma vantagem pra produção..

Anônimo disse...

Eu li um relato no facebook de um cara que falou que não ligava pra tamanho de peito ou bunda mas preferia tamanho do cérebro na escolha do parceiro. Ele foi acusado de praticar capacitismo e uma das ativistas disse que pra quem tem uma criança com microcefalia é ofensivo ler este tipo de comentário. Eu pensei que era piada até ler o link abaixo que pipocou por lá.

https://medium.com/@GNMX33/termos-capacitistas-que-voc%C3%AA-deve-parar-de-usar-8a9c72f7aee9#.71l8b0n80

Caio Amaral disse...

Kkkkk.. quero saber o que vai sobrar de xingamento pra gente usar daqui uns anos... 'vagabundo' vai virar ofensa aos mendigos, 'puta' vai virar ofensa às profissionais do sexo... rsss.

Anônimo disse...

Eu esperava um personagem que ainda não apareceu e esperava muito ver uma Manta (quem leu o livro saberá do que estou falando), mas infelizmente nesse filme não apareceu. Porém apareceram várias coisas novas e muito legais, e muitos personagens bons também, além de criaturas que já conhecemos, como os elfos. Eu acho que os filmes como esse sempre serão para todos, por que em cada um nos vemos uma mensagem muito importante que às vezes esquecemos pela rotina. Animais Fantásticos e Onde Habitam é um filme para pequenos que tem uma historia maravilhosa. Você irá gargalhar e os personagens são adoráveis.