domingo, 18 de fevereiro de 2018

Eu, Tonya


Assim como O Artista do Desastre, temos aqui uma história verídica tão interessante, uma sequência de eventos tão absurda, que basta o cineasta não atrapalhar pro material render um bom filme. E é isso o que acontece.. O roteiro sabe focar no que há de melhor na história (os relacionamentos abusivos, a história do "underdog" que se torna um sucesso, as inadequações de Tonya e da mãe no mundo da patinação, a rivalidade extrema, os perigos da ambição descontrolada, as performances de patinação em si, etc).

Margot Robbie está sensacional (das 5 indicadas ao Oscar minha favorita era a Saoirse Ronan, mas agora já fiquei na dúvida), Allison Janney como a mãe abusiva está impecável (o roteirista Steven Rogers é amigo dela de longa data e escreveu o papel sob medida), a seleção de músicas é ótima (tem até "Gloria", fazendo referência à cena de patinação de Flashdance), e se Margot não aprendeu a patinar muito bem e a fazer o Triple Axel, eu certamente teria indicado o filme ao Oscar de efeitos especiais também, pois as apresentações são mostradas com total clareza, detalhes em câmera lenta, e você não duvida que aquilo esteja realmente acontecendo (a força centrífuga agindo sobre as nádegas enquanto o corpo gira no ar - tudo convence). Um acerto total que certamente merecia estar entre os 9 finalistas.


I, Tonya / EUA / 2017 / Craig Gillespie

FILMES PARECIDOS: O Artista do Desastre (2017) / A Guerra dos Sexos (2017) / Bingo: O Rei das Manhãs (2017)

NOTA: 8.0

2 comentários:

Anônimo disse...

Sobre a Tonya Harding, lembro de um filme que passou no SBT faz tempo, chamado "Cuidado com as Baixinhas" ("National Lampoon's Attack of the 5ft 2in Women", no original), satirizando sua rivalidade com Nancy Kerrigan.
https://www.youtube.com/watch?v=nld8NY1fJu8

Pedro.

Caio Amaral disse...

KKkk boa... eu lembrava vagamente dessa história... tinha esquecido o quão conhecida ela era nos EUA.