terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Gomorra
Uma espécie de "Cidade de Deus" sobre a máfia italiana. Câmera na mão, cenas violentas, adolescentes com metralhadoras, etc. O filme venceu o Grande Prêmio do Festival de Cannes e foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
Sabe aquelas pessoas que conversam com você por horas sobre gente que você não conhece e sobre assuntos que não são do seu interesse? E você vai ouvindo porque acha que é importante e porque a pessoa fala com convicção? Esse filme é exatamente isso. Uma sequência pouco envolvente de cenas que não se somam e não constroem um significado maior. Fiquei realmente surpreso com a pobreza geral do filme. Não há enredo, só fragmentos de uma trama. Não há personagens, apenas pessoas fazendo coisas. E também não há nada de ousado em termos de estilo ou violência. Nada que justifique a atenção dada ao filme. "Tropa de Elite" é infinitamente mais elaborado, e nem desse eu gostei tanto!
Acho que a massa engole esse tipo de filme sem parar pra refletir. Julgam o filme pela atitude geral da obra e não por suas qualidades. Elas pensam: é uma crítica social, é violento, é verídico, é moderno... deve ser bom! Mas aposto que se instalássemos na poltrona do cinema um aparelho que monitorasse os batimentos cardíacos e a atividade cerebral do espectador, a gente poderia provar que mesmo os que dizem terem gostado do filme teriam tido uma experiência tediosa.
Gomorra (ITA, 2008, Matteo Garrone)
INDICADO PARA: Pessoas com interesse específico na Camorra.
NOTA: 3.0
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