quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar


Baseado no bestseller de Elizabeth Gilbert, o filme apresenta Julia Roberts no papel de uma americana que descobre que leva uma vida fútil, sem sentido, e resolve mudar tudo. O que ela faz? Pede o divórcio e parte pra uma viagem de "auto descoberta", indo a vários lugares "exóticos".

Embora eu goste de Julia Roberts, minha reação pessoal ao filme foi a de total repulsa e nojo. Pra mim, ele é o retrato da confusão, do desespero; a glamourização de uma mulher completamente perdida, que joga sua vida no lixo, que busca uma fuga completa da realidade, da responsabilidade, em todos os sentidos. Ela viaja pela Ásia e pela Europa, com sua superioridade ignorante de classe média, se perguntando "Por que a vida não pode ser assim, simplinha? Veja os italianinhos, com suas vidinhas pequenas, seus probleminhas, só comendo macarrãozinho e fazendo amor - e os indianos, com seus elefantinhos, seus deusezinhos, seus dentinhos estragados". Além de superficial o filme é racista.

A idéia dela de felicidade parece ser a de alguém com os olhos lacrimejando, a expressão de quem acabou de vomitar, e uma vida sem propósito e ambição. Ela é tão desorientada que pra saber se ama o namorado, vai pedir conselhos a um místico, que a convence com a idéia doentia de que "um relacionamento desequilibrado faz parte de uma vida equilibrada" (!).

No fundo, é mais um Sob o Sol da Toscana, um Sex and the City - um filme feito para mulheres como ela que sonham em largar o marido e sair por aí torrando dinheiro e dormindo com caras mais atraentes. Mas acho que esse tem idéias ainda mais deturpadas e nocivas.

Eat Pray Love (EUA, 2010, Ryan Murphy)

Orçamento: US$ 60 milhões

Bilheteria atual: US$ 120 milhões

Nota do público (IMDb): 4.8

Nota da crítica (Metacritic): 5.0

Assista o trailer

INDICADO PARA: Quem gostou de Sex and the City 2, Cartas para Julieta, Um Bom Ano, Mamma Mia!, Sob o Sol da Toscana, Divã, etc.

NOTA: 4.0

2 comentários:

  1. Nossa eu nem achei que fosse ser outra coisa

    ResponderExcluir
  2. Então, eu esperava um filme bobinho, inofensivo, mas achei pior... achei maligno, ruim pro cérebro...

    ResponderExcluir