sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Justin Bieber: Never Say Never


Documentário em 3D sobre a vida de Justin Bieber. O filme mostra como foi sua ascensão à fama enquanto acompanha a turnê de 2010, culminando numa apresentação no Madison Square Garden. Não dá pra separar muito o documentário do assunto... Então vou falar de Justin.

Se você odeia o Justin Bieber, eu teria que escrever um livro aqui pra tentar explicar por que você está cometendo uma grande injustiça, provavelmente baseada em falta de informação (não conhecê-lo / não ter escutado as músicas / ter aceito a opinião dos seus amigos) - ou em alguns casos até em inveja, amargura ou sei lá o que.

Pois aqui está um garoto que aos 16 anos é o maior astro teen do mundo - não porque foi uma manipulação da indústria, das grandes gravadoras, mas por mérito real. Vemos no filme que ele morava no Canadá quando foi descoberto no YouTube por um produtor americano - e em pouco tempo já estava viajando pelos EUA, se apresentando em rádios, conhecendo DJs, conquistando aos poucos o público feminino, até que caiu nas graças do Usher e gravou seu primeiro álbum. É a história mais natural de sucesso que eu ouço em muito tempo.



É preciso ser muito engenhoso com racionalizações pra não reconhecer as qualidades de Bieber - além de incrivelmente precoce e talentoso (há vários vídeos no documentário mostrando ele criança já tocando bateria, violão), ele tem determinação, a aparência certa, personalidade (alguém no filme o descreve como "o Macaulay Culkin da música") e parece completamente espontâneo e natural. É uma raridade mesmo (ele é uma daquelas pessoas "irritantes" que conseguem montar o cubo mágico em 5 minutos) - se isso é algo que você odeia, vale a pena sentar e refletir sobre os motivos.

E o principal é que seu "star power" foi bem traduzido em uma série de canções pop simples, mas muito bem feitas, que viraram hits no mundo todo. Lógico, se pop não é seu estilo favorito de música, você não vai ser fã de Bieber - mas será um caso de indiferença, desinteresse, não de ódio como tenho visto (da mesma forma que você pode ser indiferente a jazz ou country sem a necessidade de atacar o estilo). Mas falar que a música dele é um lixo e em seguida escutar sucessos do Bruno Mars e da Katy Perry, é admitir que o que te interessa não é bem música, e sim personalidade, aparência, embalagem, pois não há grande diferença artística entre ele e as outras pessoas que estão por aí ganhando Grammys, tocando nas baladas. Nada que justifique essa reação exagerada das pessoas quando se toca no nome de Bieber.

Não estou dizendo que ele é meu novo ídolo, mas me sinto na obrigação de defendê-lo. Até porque o documentário em si é muito bem feito e eficiente. Difícil não sair da sala inspirado.

Justin Bieber: Never Say Never (EUA / 2011 / 105 min / Jon Chu)

Orçamento: US$ 13 milhões
Bilheteria atual: US$ 54 milhões

Nota do público (IMDb): 1.1 (veja se isso soa minimamente realista)
Nota da crítica (Metacritic): 5.2


INDICAÇÃO: Quem gostou de Michael Jackson - This Is It, Hannah Montana & Miley Cyrus - Show: O Melhor dos Dois Mundos, High School Musical 3, etc.

NOTA: 8.0

8 comentários:

  1. e do filme vc vai falar quando?

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  2. Hehe... O filme É o Bieber... Uma apresentação dele... Nesse caso não é muito relevante ficar discutindo o documentário em si...

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  3. Nessa você pirou legal...

    Nota 8?

    Ou seja, se tivessem que escolher entre esse e Cisne Negro, True Grit, O Santuário, 127 Horas, O Mágico, etc etc você ia dizer: VÁ VER O FILME DO BIEBER, É TÃO BOM QUANTO O DISCURSO DO REI. ???

    Sem critério nenhum essa nota.

    Além disso, a discussão não deveria ser quem é melhor/pior, ele ou a Lady Gaga, mas sim o documentário em si.

    Não vi o filme e nem pretendo ver, mas pela crítica trata-se de um filme superficial, que não aprofunda nada sobre a pessoa Bieber e faz apenas um "por trás das câmeras" de um show que, como você disse, só interessa a adolescentes.

    This is it só foi mais interessante porque o sujeito morreu. Ou você achou um PUTA FILME, nota 8?!

    Embasbacado.

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  4. Você tem que analisar o contexto de cada coisa.. Se eu achar um episódio do Chaves excelente pode ser que eu dê nota 9, 10.. Não significa que estou comparando com "O Poderoso Chefão".. 8.0 nesse caso significa 80% de satisfação - melhorou??? Rssss.

    Se eu estiver comparando uma laranja com uma melancia, não vou dar uma nota menor pra laranja só porque ela mata menos a minha fome... Tenho que ver a intenção de cada coisa, se é válida, e o quão bem ela cumpre...

    É, resolvi aproveitar pra falar mais do Bieber do que do documentário em si (como havia dito). Mas a nota 8 é pro documentário, não pro Bieber (jamais daria uma "nota" pra ele, apenas pra músicas específicas).

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  5. Entendi seu criterio para notas mas ele nao se sustenta. Voce cansou de falar que as expectativas das pessoas influenciavam no resultado da "gostabilidade" do filme. Ou seja, a pessoa ja veio com um monte de coisas na cabeca e amou 127 horas. Mas qdo é vc que faz isso aqui, tudo bem?
    Vc foi com uma expectativa baixa e acabou se surpreendendo, ficando 80% satisfeito. Nao vale. A nota tem que ser pelo filme em si. E é claro que um produto totalmente comercial pra atrair adolescentes meninas para o cinema vai ser minimamente bem produzido. Isso nao faz o filme um nota 8, nunca.
    HELP!!!! rsss
    Muda essa nota pra 4 que voce me deixara mais feliz. Rsss

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  6. NÃO GUUUUU.. A expectativa em relação ao filme pode até existir antes de entrarmos na sala, mas quado o filme começa, é criada uma NOVA expectativa, que vem daquilo que a gente começa a ver com os próprios olhos.. e é NESSA que eu baseio meu grau de satisfação. Já achava que iria gostar deste filme do Justin - mas se ele começasse e fosse apenas um registro vazio de apresentações ao vivo - com nada de muito impressionante (como foi o show dos Jonas Brothers por exemplo) e continuasse assim até o final, eu ficaria entediado e daria uma nota baixa.

    De qualquer forma, nossa discórdia aqui é em relação a música, ao Justin Bieber... Não ao filme. Se esse documentário fosse sobre o Chico Buarque, não acho que você reprovaria minha nota 8, mesmo que o filme fosse bem mais simples.

    A questão é: existe uma avaliação estética, "fria" das coisas, e existe uma avaliação pessoal, baseada na nossa visão de mundo.

    A maioria dos críticos acha que deve-se fazer uma avaliação apenas estética da arte, como se não se pudesse justificar o seu "gosto pessoal" racionalmente, como se isso fosse uma coisa aleatória, abstrata, sem nenhuma base filosófica real, e não existissem "gostos pessoais" certos e errados (ainda mais quando o assunto é música, algo que quase ninguém compreende racionalmente).

    Eu discordo e acho que as 2 coisas devem ser levadas em conta. Minhas notas sempre são um equilíbrio entre essas 2 avaliações. Depois podemos discutir isso com mais tempo..

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  7. Resolve o cube mágico em 5 min? Grande coisa. Em sabendo os movimentos chave da resolução do cubo, é possivel resolve-lo, perfeitamente, em 5 min, aliás, isso até é tempo a mais. Não é nada, mas mesmo nada, de extraordinário resolver o cubo magico em 5 min

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  8. O extraordinário não é montar o cubo e sim cantar, tocar bateria tão bem, ter tanta confiança e ainda por cima ser simples e alegre.

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