13ª animação da Pixar, é o primeiro filme de época do estúdio e o primeiro a ter uma protagonista feminina, seguindo a linha das princesas Disney. A animação conta a história da princesa Merida, das Terras Altas da Escócia, que desafia os costumes de seus ancestrais quando se recusa a se casar com um pretendente que não ama. Determinada a traçar o próprio destino, ela precisa se rebelar contra as tradições irracionais de seu povo e contra a própria mãe.
O filme não está no nível dos melhores da Pixar, em partes porque o conflito central da história - a transformação da mãe de Merida em um urso (!) - é uma sub-trama desinteressante que não desenvolve bem o tema principal do filme, que é a luta da princesa por sua independência. É um filme menos emocionante e criativo que Up ou WALL-E, por exemplo, mas ainda assim é uma história respeitável e que expressa valores positivos (independência, determinação, habilidade), algo bem diferentes das animações que temos visto por aí.
Há uma pequena sequência, logo após um desentendimento entre Merida e sua mãe, onde as duas estão em ambientes separados resmungando sozinhas, como se ensaiassem suas defesas contra a outra. Mas cena é editada de forma que elas parecem estar cara a cara, num debate contínuo onde cada uma responde vigorosamente com o seu ponto de vista. É esse tipo de requinte cinematográfico que não se vê em qualquer filme infantil - ou melhor, em qualquer filme - e tornam as produções da Pixar superiores geralmente, não só em conteúdo, mas em estilo também.
Brave (EUA / 2012 / 100 min / Mark Andrews, Brenda Chapman, Steve Purcell)
INDICAÇÃO: Quem gostou de Enrolados, Carros, Jogos Vorazes.
NOTA: 7.0
Muito simples diante de outras obras da Pixar, mas mesmo assim não faz feio diante do mercado de animações.
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