Filme de Fernando Meirelles que costura várias histórias de pessoas diferentes, nacionalidades diferentes, vivendo seus dramas particulares. O filme vai indo e vindo, saltando de uma história pra outra - muitas delas se encontram em alguns pontos, mas isso não gera uma estrutura compreensível ou alguma forma simples de narrativa. A única coisa que conecta as histórias é um senso de vida negativo, que mostra o homem como um ser essencialmente frustrado - uma marionete de seus conflitos psicológicos, incapaz de moldar seu caráter e sua vida.
Se o filme tivesse 3 histórias a mais ou a menos, 30 minutos a mais ou a menos, pouca diferença faria. O nome 360 sugere um giro completo - isso é no fundo uma tentativa de dar forma a um tipo de filme que essencialmente não tem forma. O fato da última cena do filme ser parecida com a primeira não dá ao filme uma estrutura "circular", tampouco quer dizer que ele fez um retrato completo da humanidade.
Como sempre digo, não sou fã de filmes Naturalistas. Este pelo menos tem personagens e situações moderadamente interessantes, atores conhecidos (o mais memorável é Anthony Hopkins), e Meirelles tenta tornar a direção dinâmica dentro do possível.
360 (Reino Unido, Áustria, França, Brasil / 2011 / 110 min / Fernando Meirelles)
INDICAÇÃO: Quem gostou de Babel, 21 Gramas, etc.
NOTA: 5.0
NOTA: 5.0
Já li muitas criticas negativas, mas mesmo assim ainda tenho bastante curiosidade em ver. Confio em Meirelles.
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Oi Rafael.. Tenho uma teoria de que esses filmes nunca são muito ruins, afinal eles apenas pretendem mostrar um pouco de realidade.. e não dá pra falhar 100% nisso (já se você tentar fazer um suspense ou um musical, é possível fracassar completamente). Por outro lado, os resultados são sempre meio mornos. Abs.
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