Filme de crime do diretor de O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford, também estrelado por Brad Pitt, que aqui faz um assassino profissional contratado pra investigar um assalto a uma roda de poker controlada pela máfia.
O filme parece uma tentativa de se fazer um filme de Martin Scorsese - é muito menos sobre a história do que sobre o diretor exibindo seu estilo. A diferença é que no caso de Scorsese o estilo era autêntico, e além disso os filmes tinham ótimos roteiros, personagens, diálogos... Aqui até há uma história, mas que não é bem traduzida em termos de ação na tela. A maior parte do filme consiste de "fotografias de pessoas conversando" - e as conversas são desinteressantes, confusas, longe dos diálogos criativos dos filmes de Tarantino, por exemplo. O filme é apenas um registro do "serviço" dos personagens - não há conflitos, objetivos pessoais, nada universal o bastante pra plateia se importar...
Pitt não tem nada a perder - não parece correr risco de ser preso, de ser morto, as pessoas que ele precisa matar não são importantes pra ele, não representam nenhum perigo ou valor... Ele nem acha imoral o que está fazendo. A intenção parece ser apenas a de contemplar a vida de bandidos com aquela atitude de admiração e cinismo típica de quem acha "cool" esse tipo de submundo, mas não tem conteúdo pra interessar o público num nível mais amplo (há uma série de discursos presidenciais sobre a crise econômica no meio do filme, mas eles nada tem a ver com a história - é apenas uma maneira forçada de dar ao filme uma cara anti-americana, o que parece ser um pré-requisito pra quem quer parecer descolado).
Killing Them Softly (EUA / 2012 / 97 min / Andrew Dominik)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Os Infratores, Atração Perigosa, Xeque-Mate, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, etc.
NOTA: 4.5
Queria ver o filme. Porém, se o diretor tentou, mesmo que vagamente, ser Scorsese......tem que ser preso. kkk
ResponderExcluirBrincadeiras a parte...quero ver. mas, em dvd.
abs
Oi Renato, o filme faz uma linha meio "Os Bons Companheiros", inclusive tem o Ray Liotta no elenco.. é impossível não lembrar do Scorsese.. Mas o problema nem é o estilo ser parecido, e sim a falta de um roteiro melhor.. Brian De Palma imitava o Hitchcock descaradamente, mas mesmo assim conseguiu fazer filmes respeitáveis.
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