Dirigido por Sam Raimi (das trilogias Evil Dead e Homem-Aranha) o filme é uma prequel do livro O Maravilhoso Mágico de Oz de L. Frank Baum e indiretamente do filme O Mágico de Oz de 1939 (é claro que a ideia é parecer uma prequel do filme, só que os direitos de O Mágico de Oz não são da Disney, portanto eles tiveram que ser bem cautelosos nas referências - até o tom de verde da bruxa teve que ser outro por questões legais!).
A produção é de primeira classe e visualmente o filme é incrível, o que já se percebe antes mesmo da história começar, durante a sequência de créditos. Assim como na adaptação de 39, o filme começa em preto e branco e só fica colorido quando chega em Oz - mas agora além de colorida, a imagem se alarga e a tela fica widescreen (me perguntei por que não começaram em 2D e esperaram pra ativar o 3D também nessa hora - teria sido um choque a mais!).
A história é interessante, principalmente na primeira parte, quando Oz é apresentado como um mágico ambicioso num pequeno circo do Kansas. O personagem lembra muito John Hammond (o criador do Jurassic Park no filme) - ambos vivem enganando o público com seus truques (lembre-se que Hammond começou com um circo de pulgas) até que se frustram e passam a querer algo mais - criar algo realmente grande e maravilhoso, que não seja apenas uma ilusão.
A diferença (e esse é um dos motivos pelo qual não achei essa história tão boa) é que em Jurassic Park Hammond realiza seu sonho e e cria algo de fato fantástico, enquanto Oz nunca deixa de ser um charlatão. Ele até acha uma utilidade prática pros seus truques, mas aquela expectativa criada no começo da história (quando ele não pode curar a menina paralítica) nunca é de fato satisfeita. E toda a desonestidade assumida acaba dando ao personagem um caráter meio cômico e duvidoso - não é um herói pelo qual você torce e se importa (até porque James Franco tem cara de cínico - não sei se ele é bom pra expressar emoções mais honestas).
Também acho que as bruxas más poderiam ter dado vilãs mais ameaçadoras (a transformação da Mila Kunis nunca chega a convencer - tanto fisicamente quanto emocionalmente). Mas apesar desses problemas o filme entretém, é bem dirigido, agradável para os olhos e ouvidos. Tem elementos familiares o suficiente pra nos levar de volta ao universo de Oz, mas qualidades e ideias novas o bastante pra não parecer uma exploração vazia do clássico. E de quebra tem a música da Mariah "Almost Home" que achei bem divertida.
Oz the Great and Powerful (EUA / 2013 / 130 min / Sam Raimi)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de O Hobbit, Alice no País das Maravilhas, A Fantástica Fábrica de Chocolate.
NOTA: 7.0
Eu não entendo porque fazer maquiagem em 3D... why oh why
ResponderExcluirSe a bruxa tivesse com uma máscara ou uma prótese legal ia ser bem melhor.
Mas eu gostei demais do filme no geral, achei os cenários bonitos na medida certa pra não ficarem exagerados, a história divertida, e os personagens engraçados
Ué, mas eu li na Wikipedia que demorava 4 horas pra aplicar a maquiagem na Mila Kunis..! Claro que existe um tratamento digital na imagem, mesmo na pele normal das atrizes, pra ficar sem nenhuma imperfeição... talvez isso que dê a impressão de ser tudo digital.. O problema pra mim é o fato da Mila Kunis ter um rosto muito suave e harmônico.. dentes bonitos.. Mesmo com prótese ela não consegue fazer as expressões sinistras que a Margaret Hamilton fazia no Mágico de Oz..!
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