quarta-feira, 14 de setembro de 2022

A Fera | Crítica

Thriller de sobrevivência onde um homem (Idris Elba) e suas duas filhas se veem caçados por um leão fora de controle durante um tour por uma reserva na África. É uma espécie de Jurassic Park mais realista — referência que é confirmada pelo fato de uma das filhas usar uma camiseta do Jurassic. O filme até que começa bem... Há a tradicional cena de morte no prólogo pra criar um ar mítico pra criatura; temos as vítimas iniciais que são encontradas em choque e mal conseguem descrever o que houve, ficam apenas balbuciando palavras apocalípticas. A intenção é divertida, porém conforme a trama avança, o filme começa a se tornar cada vez mais forçado: os personagens vão se colocando em situações desnecessárias de risco, fazem coisas estúpidas, todos os rádios, telefones e carros pifam sem boas justificativas etc. E sem falar que há ênfase demais no drama familiar — em vez da situação se tornar uma oportunidade pra aventura, experiências inesquecíveis, ações admiráveis, ela acaba virando uma oportunidade pra família ter DRs, lavar roupa suja, resolver traumas do passado, etc. E não é como em Fall (2022), onde o trauma do passado tem uma relação direta com o perigo sendo enfrentado. Aqui é apenas um drama qualquer inventado pra dar "profundidade" à história, mas que nada tem a ver com o confronto com o leão (acho que nem os críticos mais criativos vão ousar dizer que a Fera é uma metáfora para o luto). 

Beast / 2022 / Baltasar Kormákur

Satisfação: 4

Categoria: I- / IC

Filmes Parecidos: Medo Profundo (2017) / Águas Rasas (2016) / A Perseguição (2011)

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