P.S.: Coringa 2 eu vi agora e achei bem ruim. É menos revoltante que o primeiro (tem menos violência, menos críticas tolas ao "sistema"), mas esteticamente, tem muito mais defeitos óbvios. Além do roteiro pobre, sem trama, e dos problemas do filme original que se repetem, a ideia de transformar essa história em um musical realmente não deu certo (o trailer me enganou que eles tinham dado um jeito de fazer funcionar — devia ter confiado na minha intuição inicial), e Joaquin Phoenix tem mais uma daquelas performances desajeitadas, irregulares, tipo a de Napoleão.
Poxa! Agora que eu acabei de encontrar seu blog...Entrei pela publicação do filme A Substância e comecei olhar as outras publicações, gostei muito do seu estilo de resenha e da forma que você faz as críticas. Imagino que você tenha um motivo para essa paralização, espero que futuramente você volte com as publicações por aqui, porque seu trabalho é muito bom, todavia, vou tentar acompanha-lo pelo Instagram. Tudo de bom, Caio!
ResponderExcluirObs: Realmente Coringa 2 é um filme que pelo menos para mim deixou praticamente tudo a desejar. O primeiro apesar de seguir uma linha ideais meio controversa, é um entretenimento que pelo menos vale o seu tempo. Mas essa sequência foi um desastre, exceto pela trilha sonora que me agradou, mas eu poderia ficar sem esse segundo filme tranquilamente. Eu assisti Corvo recentemente, e acho que tive os mesmos sentimentos vendo Coringa 2. Mas já virou rotina essa decaída de forma geral em filmes heróis e vilões, infelizmente.
ExcluirHehe, valeu... se você não for só um leitor antigo espertinho tentando me animar, dá uma olhada depois nas postagens teóricas na barra lateral, e na playlist sobre Idealismo no meu canal do YouTube. Tem bastante conteúdo atemporal lá.
ResponderExcluirNa minha crítica do The Batman eu discuti que muitos desses filmes não têm real conteúdo, criatividade, ideias, e impressionam mais pela atitude agressiva, pelo visual sombrio, pelo carisma do ator principal, etc. Então muito do que faz o Coringa 2 parecer mais fraco que o 1 tem a ver com isso: Joaquin Phoenix não ficou muito cool cantando e dançando, e a diminuição das ideias anárquicas faz o filme parecer menos perturbador que o outro (pra quem achava isso um ponto positivo). Ou seja, não é um declínio tão grande num nível artístico/criativo, mas o 2 certamente soará menos "irado" pra quem gostou do 1º porque era "irado" rs.
Nada. De fato não sou, conheci o blog na última sexta-feira pela publicação do filme A Substância, ontem eu dei uma longa olhada pelo seu blog, li algumas publicações suas de críticas de filme e também sobre alguns outros temas, achei em particular interessante a publicação "Herói envergonhado", que não pude discordar de forma alguma e concordo em praticamente todos os pontos mostrados e também a publicação "Problemas do Objetivismo #11 - O Homem Comum Como Racional", essa eu achei bem interessante e até me instigou um pouco sobre esse tópico. Olhei também algumas publicações que você fez sobre Idealismo e os temas conectados com o mesmo e posso dizer que me deixou bem instigado neste assunto que eu não auto abordava a algum tempo.
ResponderExcluirVou ver a sua crítica sobre The Batman posteriormente, concordo, não haja completa falta de criatividade e originalidade em alguns dos filmes atuais, mas acho que tudo se baseia muito em um copia e cola do que deu certo. Esse visual sombrio em filmes eu tenho particularmente notado mais nos filmes recentemente, independente do género, e acredito que seja pelo o que agrada as pessoas atualmente, que se baseia no que você chama de você falou na publicação do herói envergonhado e no idealismo corrompido que tanto agrada nos dias de hoje. Não posso dizer que o visual do primeiro filme não foi algo que chamou minhas atenção e nem que eu sou fã de musicais, mas acho que essa mudança repentina e sem um significado maior de atmosfera de um filme para outro foi algo que me impactou de forma negativa, pois não foi algo como Pobres Criaturas, que teve aquela mudanças de cores ao longo do filme, mas por uma questão maior. Sei que esse filme não é um ótimo exemplo, mas ilustra melhor o que eu quis dizer. Em relação a questão das ideias anárquicas, não é algo de que eu concorde muito. Com certeza, eu acredito que o cenário e a parte artística foram muito bem feitas, o que mais teve peso para mim foi este filme ser um musical, tendo um mudança referente a forma que o mesmo começou sendo apresentado, não é como um High School Musical que a proposta sempre foi ser um filme desse género e também a questão da mudança de atmosfera.
Caio, esse mês vão lançar alguns filmes interessantes de terror principalmente e alguns de outros géneros, você pretende dar alguma crítica sobres eles? Mesmo que seja pelo seu Instagram como você disse.
Abraços!
Ah, meu nome é Guto, só para criar uma distinção porque estou comentando como anônimo.
Prazer, Guto! Sim, acho que o conceito "Coringa musical" é o maior problema do filme... Quando anunciaram, achei que seriam só umas 2 ou 3 cenas musicais no meio de um filme mais ou menos no estilo do primeiro.. e que a abordagem seria bem mais irônica e perversa, tipo a cena do Singin' in the Rain em Laranja Mecânica. Só que o filme acabou tendo muito mais música do que eu esperava.. e além disso, o personagem está tão frágil, desconectado da realidade, que não há essa malícia como no Laranja... Quando ele canta, ele é quase como a Bjork em "Dançando no Escuro" — um idealista fragilizado, tentando se agarrar a alguma esperança enquanto aguarda a morte; algo feito pra provocar pena, empatia. Dessa forma, o filme sai da ironia e começa a parecer um musical já querendo se levar a sério, comover através do simbolismo, apresentar algo belo.. é isso pra mim que cria um choque estranho de arquétipos e intenções.
ResponderExcluirQuanto às estreias... Se tiver curiosidade de saber o que achei de algum filme específico, pode me perguntar que no mínimo faço um resumo...! Abs
Concordo, poderia até não ser um empecilho, mas a forma que foi empregado no filme gerou esse problema. Eu também, e era exatamente o que o trailer aparentemente queria mostrar, um filme com cenas musicais, mas que ainda tinha a base do primeiro e com um "bom" desenvolvimento de história. Que excelente exemplo da Laranja Mecânica, eu acho que este tipo de cena é bem a perversão que a gente viu no primeiro filme e que encaixaria perfeitamente com a questão musical que é apresentada neste segundo filme. Tendo em base a forma que o primeiro foi conduzido, com aquela questão de ele entender e aceitar que o mundo não é belo e que deve se se tornar "vil" para ter alguma ascensão e "tomar" o que é dele, com o idealismo corrompido sendo o ponto central do filme, eu imaginei que este filme teria uma visão de anarquia mais forte que o primeiro, como podemos ver em "V de Vingança", mas ficamos como você falou, com um personagem fragilizado buscando alguma esperança enquanto ainda está vivo. Sim, eu acho muito fora da curva essa questão de fazer personagens tão "frágeis" que por pena se cria uma empatia, tem diversas formas de fazer o público se identificar com o personagem, mas de fato esta é a mais simples atualmente. A referencia de Dançando no Escuro me escapou porque não assisti este filme, mas imagino o que você quis dizer. Sem dúvidas.
ExcluirCerto, quando lançar algum filme que fique curioso sobre a sua opinião faço contato para perguntar. Inclusive agora no começo do mês vão ser lançados alguns filmes, como "Sorria 2", "Robô Selvagem" e "Infestação" (Esse aparenta ser bem fraco), você tem alguma expectativa positiva sobre algum deles?
Abraços.
Guto.
Pois é.. toda franquia se sustenta em algum ingrediente fundamental que deve ser preservado, ainda que a ambientação vá mudando. Tipo: Um Tira da Pesada precisa incluir Eddie Murphy burlando regras e enganando pessoas com sua malandragem.. Jurassic Park precisa incluir dinossauros escapando da jaula e perseguindo visitantes.. Rocky precisa incluir um underdog se superando em uma grande luta final — e Coringa precisa incluir o Coringa sendo psicopata e matando pessoas de forma perturbadora. Eu posso até não gostar da romantização que o filme faz da violência (acho que dá pra fazer filmes sobre psicopatas sem glamourizar seus atos) mas ainda assim, se o filme não entrega isso, até eu sinto que faltou algo essencial.
ResponderExcluirLi algumas coisas que sugerem que o diretor não gostou da reação do público ao primeiro filme (a maneira como ele acabou sendo abraçado por "incels", por uma contra-cultura meio niilista que se viu representada pelo anti-herói) então pode ser que a parte 2 esteja mais preocupada em ser uma resposta a isso - em ser um "Anti-Coringa" - do que em ser um filme que se sustenta sozinho e agrada o público. Só que isso criou uma confusão... O filme vira uma corrupção da corrupção do Idealismo, mas que não leva a algo mais positivo (que, na minha visão, seria retratar o psicopata por uma lente mais ética, condenatória, tipo Hannibal Lecter/O Silêncio dos Inocentes - o que não exige você tornar o Coringa passivo, tedioso). Aqui, o diretor só degradou/desconstruiu o personagem, sem oferecer algo melhor pra compensar... Mostrou que ele é frágil, impotente... e inseriu uns ingredientes meio gays na história talvez pra cutucar os fãs do primeiro (musicais, Lady Gaga, Fleck dá até um selinho em um homem na prisão). Estou especulando, mas talvez isso explique por que o filme saiu dos trilhos desta forma.
Robô Selvagem eu já fiz um comentário breve na postagem "Setembro 2024 - outros filmes vistos". Infestação acho que vai ser esquecível... Estou curioso pra ver Sorria 2, o primeiro achei bem feito (tem crítica aqui) e o 2 parece não ser só mais do mesmo. Abraço!
Exatamente, e essa essência que se perdeu um pouco neste segundo filme.
ExcluirSim, eu também li em alguns lugares sobre essa questão do segundo filme ser uma resposta a recepção que o primeiro teve. Pois é, ele descontruiu o personagem e simplesmente não colocou nada que ao menos compensasse, então deixa a gente com esse pedaço a menos. Eu também acho, acredito que foi um esforço tão grande em tornar esse filme uma reposta, que fez ele ser esse flagelo.
Eu não sabia que você já havia publicado sobre, dei uma olhada aqui, ele aparenta ser bom, acho que o ponto forte é mais a animação em si do que a história, apesar da mesma ser bem estruturada. Infestação tem um proposta fraca, mas pode ser no mínimo razoável. O primeiro Sorria eu achei que foi entre bom e muito bom, apesar de alguns pontos que poderiam ser bem desenvolvidos na história, achei o trailer instigante, pretendo assistir este no cinema igual fiz com o primeiro, espero que valha a pena. Depois quero ver sua opinião sobre o filme. Ah, uma curiosidade minha, você já assistiu ao filme "A Coisa" (1985) e "A Coisa" (2011)? Eles são considerados clássicos trash por algumas pessoas, mas eu achei a história interessante e bem desenvolvida, acho que se tivesse um bom remake poderia ter um bom potencial. (Talvez o filme seja apenas ruim, mas eu tenho um apego por ele).
Guto.
Está falando do "A Coisa" do iogurte? O de 1985 eu adorava quando era criança e passava na TV... Cheguei a rever adulto uma vez. Lembro de ter achado divertido ainda, mas não um clássico do gênero. Ainda assim, citei ele na postagem Os melhores filmes de terror.
ResponderExcluirJá esse A Coisa de 2011, seria o remake de O Enigma de Outro Mundo? Só vi o original de 1982, o remake eu pulei porque me pareceu algo genérico e oportunista, como a maioria dos remakes de terror. Até por isso não me animaria um remake de A Coisa (1985) hoje. Certamente transformariam em uma comédia de terror com ênfase nas críticas ao capitalismo hehe.
Esse a "A Coisa" do iogurte é bem interessante, eu mesmo já assisti algumas vezes, mas eu estava falando da saga de "Um Enigma de Outro Mundo", acabei errando a data de lançamento, no caso é o primeiro em 1982 e o segundo em 2011. Eu achei ambos bem interessantes e gostei do desenvolvimento da história. No caso, este de 2011 apesar de ser basicamente um remake, funciona como um Prequel, pois conta a história do primeiro acampamento, que no filme de 1982 já está destruído, sem dúvidas o de lançamento mais antigo é melhor, mas não vejo o mais recente como algo 100% genérico. Realmente se fosse lançado um remake hoje seria dessa forma, o que é uma pena, visto que se fosse criado de uma forma séria, com as opções que temos a disposição hoje, com certeza poderia seria um excelente filme.
ExcluirBom, por enquanto é isso, se não for problema, posteriormente tenho interesse em entrar em contato de forma mais direta com você, talvez pelo próprio Instagram se não for problema para tirar dúvidas sobre algumas coisas, acredito que sua visão sobre filmes e o idealismo (Que inclusive comecei a ver suas postagens sobre partes do seu livro, como você mesmo indicou anteriormente, e são bem intrigantes) possam me acrescentar bastante sapiência.
Abraços.
Guto.
Poxa, vou sentir falta. Apesar de no momento estar focado com Home Office e estudando mercado imobiliário americano que é o foco que eu tenho atuado agora, eu fiquei devendo de consumir seu conteúdo e aquele teu vídeo de Aristóteles como ele poderia salvar o cinema. É que as coisas aqui apertaram e tô neurótico para que certos projetos dêem certo.
ResponderExcluirDood: legal, aproveita esse foco aí nos projetos... vídeos como o de Aristóteles são desses que não ficarão datados tão rápido..!
ExcluirGuto: o The Thing tanto de 1982 quanto de 2011 acabaram sendo traduzidos aqui como O Enigma de Outro Mundo, criando essa confusão com o A Coisa (The Stuff) de 1985. Como vc falou "clássicos trash" eu logo pensei que se referia ao A Coisa, pois no meu entendimento, The Thing do John Carpenter é levado bem a sério pelos fãs... Eu nunca saquei 100% o Carpenter, qual o grande apelo dele, mas filmes como The Thing, Halloween e The Fog eu gosto, apesar de não estarem tão alto no meu ranking. A abertura do The Thing com o cachorro acho muito boa.. Gosto do começo, da revelação da nave, etc. Só depois o drama na estação que pra mim não é tãoo divertido.. vira uma situação tipo de filme de zumbi onde as pessoas são forçadas a matar os próprios amigos, todos desconfiam de todos etc. Mas ainda assim, lembro de uns momentos legais envolvendo o monstro, os efeitos especiais.
Pode me contactar sim..! Pra falar de filme e teorias estou sempre disposto hehe. Abs.
Valeu, tô pensando em pegar teu video usar uma ferramenta de transcrição e jogar nas redes sociais com um resumo ou uma sintese (estou viciado nisso). Pegando o bonde andando de que vcs tão conversando sobre filmes, eu gosto muito desses assuntos - afinal foi o que me trouxe aqui, análises diferentes do convencional. A Coisa que vocês falam é o que chama por aqui do Enigma do Outro Mundo? Esse eu vi só uma vez, mas o A Coisa vi muito na época do Cinema em Casa do SBT.
ResponderExcluirUm resumo pros outros não terem que ver o vídeo, ou pra você mesmo economizar tempo? Hehe. Sim, a discussão era mais sobre O Enigma de Outro Mundo... A Coisa só entrou no meio por causa da confusão nas traduções.
ResponderExcluirNa verdade, a transcrição e a criação de uma sinopse atrativa servem para ambos os propósitos. Eu foco mais no resumo dos conteúdos inglês, para facilitar o acesso àqueles que não dominam o idioma e para destacar o que considero mais relevante. Isso ajuda as pessoas a entenderem o contexto sem precisar ver o vídeo todo, economizando o tempo delas e uso dentro de notícias de canais que eu sigo. Além disso, organizar o conteúdo dessa forma me permite compartilhar ideias com as quais me identifico, e tem gerado mais engajamento do que simplesmente postar um link. Meu objetivo é aumentar a movimentação nas redes e oferecer algo de valor para o público, sendo um hub de conteúdo relevante. Contudo, sempre procuro ver cada conteúdo e criar de acordo com sua necessidade, e colocar o link do vídeo. Um balanceamento, porque geralmente colocar os links dos videos puramente não rendem engajamento, pelo menos comigo, mesmo com thumbs atrativas. Então no mínimo uma sinopse envolvente tem que ter.
ResponderExcluirAh tá, não tinha entendido que você pretendia linkar o conteúdo original... Resumos assim podem ser uma boa isca mesmo, ainda mais quando o vídeo é grande e sobre um tema que foge do mainstream 👌
ResponderExcluirREPLY - Caio Amaral: Dood: legal, aproveita esse foco aí nos projetos... vídeos como o de Aristóteles são desses que não ficarão datados tão rápido..!
ResponderExcluirGuto: o The Thing tanto de 1982 quanto de 2011 acabaram sendo traduzidos aqui como O Enigma de Outro Mundo, criando essa confusão com o A Coisa (The Stuff) de 1985. Como vc falou "clássicos trash" eu logo pensei que se referia ao A Coisa, pois no meu entendimento, The Thing do John Carpenter é levado bem a sério pelos fãs... Eu nunca saquei 100% o Carpenter, qual o grande apelo dele, mas filmes como The Thing, Halloween e The Fog eu gosto, apesar de não estarem tão alto no meu ranking. A abertura do The Thing com o cachorro acho muito boa.. Gosto do começo, da revelação da nave, etc. Só depois o drama na estação que pra mim não é tãoo divertido.. vira uma situação tipo de filme de zumbi onde as pessoas são forçadas a matar os próprios amigos, todos desconfiam de todos etc. Mas ainda assim, lembro de uns momentos legais envolvendo o monstro, os efeitos especiais.
Pode me contactar sim..! Pra falar de filme e teorias estou sempre disposto hehe. Abs.
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Sim, essa questão dos nomes é complicada. Entendi, Halloween eu tenho um grande apego também, apesar da saga ter desandado em certos momentos. Eu gosto da forma como o Enigma de Outro Mundo apresentou o monstro e forma como ele funciona, já a questão do desenrolar na nave não foi algo que me incomodou pela forma que foi realizado, no caso, sem aquele exagero desnecessário que vemos muito hoje. Inclusive, outro filme que se baseia em "alienígenas que assumem a forma humana" é Invasores (2007), apesar de ser um filme bem mais fraco na minha opinião.
Certo, posteriormente eu entro em contato sim.
Abs!
Guto.
Invasores (2007) é um remake meio infeliz de Vampiros de Almas (Invasion of the Body Snatchers, 1956), uma das minhas ficções favoritas dos anos 50 (que, aliás, já tinha ganhado uma versão em 1978). Falando nisso, fica a dica também para O Monstro do Ártico (The Thing From Another World, 1951), outra ficção influente dos anos 50, que é a base para The Thing/O Enigma de Outro Mundo. abs!
ResponderExcluirSério?! Eu não fazia ideia de que Invasores era um remake. Esse Vampiros de Almas" deve ser muito bom pela forma que você fala, vou adicionar na minha lista para assistir. Esse remake de 1978 é bom? Vou dar uma olhada nesse "O Monstro do Ártico" também. Muito obrigado por essas indicações, eu acabo perdendo alguns desses "filmes base" por uma questão de época da minha geração mesmo, mas sempre tento me manter inteirado, tanto que alguns dos meus favoritos são produções mais "datadas". Caio, eu estava debatendo com algumas pessoas e notei um "hype" elevado para "Gladiador II" e "Megalopolis", você tem alguma pretensão para estes dois filmes?
ResponderExcluirAliás, você tem alguma lista com indicações de filmes que você considera excelentes? Nas publicações recentes eu não encontrei nada do tipo.
Abs!
Guto.
O de 1978 é bem conhecido, fez sucesso na época, acho que vale a pena ver, mas tem uma estética bem anos 70 que ficou um pouco datada... gosto bem mais do original de 56. O Monstro do Ártico lembro de não ter achado tão memorável quanto Vampiros de Almas, mas é uma referência pra várias coisas que vieram depois, então acho legal conhecer.
ResponderExcluirMegalópolis está sendo um desastre tanto comercial quanto de crítica, e eu não acho que eu vá discordar muito do atual consenso... Não gosto de nada que o Coppola fez nos últimos 25 anos. Ridley Scott é mais imprevisível, às vezes ainda tem uns acertos, mas acho que Gladiador 2 será uma decepção, sabendo que o roteirista é o mesmo de Napoleão.
Na coluna da direita tem o destaque "LISTAS". Lá dentro, há uma chamada "100 Grandes Filmes" onde tento reunir meus favoritos.. E tem também as listas de melhores por gênero, que não atualizo há muitos anos, mas acho que ainda passam pelo meu crivo. As listas do Letterboxd como "Idealismo (exemplos)" e "Dicas - Últimos 10 Anos" também são de filmes que eu indico, embora não se restrinjam aos "melhores".
Agora se você quiser um guia mais universal, menos influenciado pelo meu gosto, a lista do AFI dos 100 melhores filmes (versão de 97/98) pra mim ainda é a melhor referência. Eles fizeram listas por gênero depois também... Filmes como Vampiros de Almas e O Monstro do Ártico não chegam a aparecer entre os 100 melhores filmes gerais, mas aparecem entre os 100 melhores thrillers.
Outra preciosidade é o site Filmsite.org pra quem quer descobrir os grandes filmes da história.
Ah sim, sendo assim, vou ver primeiro o original e depois o remake. Eu dei uma olhada na sinopse de "O Monstro do Ártico" e achei interessante, depois que eu assistir ambos volto para dizer o que achei.
ExcluirEu achei a premissa e a fotografia de "Megalopolis" interessante, basta ver a condução da história, que pode ser o ponto de desmoronamento do filme. "Gladiador II" eu acredito que vai ser o clássico caso da sequencia que não faz jus ao primeiro filme, mas espero que seja agradável de assistir.
Agora que você falou eu achei, pior que estava bem visível. Vou dar uma olhada, acredito que vou encontrar bastantes filmes que me agradem na sua lista. As listas do AFI eu já conhecia, mas esse site eu vou dar uma olhada.
Abs!
Guto.
O Coppola foi se encantando cada vez mais pelo Experimentalismo... outro dia vi ele expressando admiração pelo Orson Welles, que foi outro que depois de uma obra-prima inicial, foi ficando cada vez mais experimental, quase que de propósito. Ridley Scott sempre dirige os filmes com competência... mas não tem muito critério pra roteiro, por isso meu pé atrás nesse caso do Gladiador II. Boa exploração aí com as listas. abs!
ExcluirSobre Coringa Delíro a Dois: Muitos fãs que se identificaram com o primeiro filme do Coringa não gostaram da continuação. O primeiro foi visto como um símbolo de revolta contra o sistema e essa ideia de "coringar" ressoou com muita gente, especialmente quem sentiu aquela opressão vinda das injustiças sociais, existe um quê de negativismo muito forte na sociedade, pricipalmente homens, esse filme impactou muitos se sentem reprimidos com o toma da sociedade atual. Essa continuação parece que foi na contramão, desconstruindo o que o primeiro filme representava, e, para muitos, foi uma decepção cultural. Tanto que se usa o termo "coringar" até virou meme na internet, representando esse desespero de lutar contra o mundo. De uma alma perdida em busca por significado e se sente reprimida e reprovada por suas ações. É um fenômeno curioso como esse filme atraiu o público que a bolha progressista, principalmente a classe artística, tem certo nojo.
ResponderExcluirAqui em SP pelo menos, "coringar" virou a pessoa surtar, fazer algo radical, mas em qq contexto, rs.
ResponderExcluirPode até ser que o Todd Phillips não tivesse antecipado um impacto dessa dimensão, mas acho difícil de acreditar que não tinha conhecimento das ideias e valores sendo projetados pelo 1º filme. Não é como a red pill da Matrix, que realmente virou um símbolo que foi além da temática do filme, e não tem nada a ver com a intenção dos criadores. Em Coringa, a narrativa inteira é construída para apelar pra esse tipo de público. Então acho meio suspeito esse discurso todo... até porque o 2º pra mim não projeta um conjunto muito melhor de valores. É a mesma coisa, só que mais reprimida.
Essas gírias geralmente começam nos Chans, nas comunidades Redpill... E fatalmente chegam nos normies (as pessoas comuns). Mas a origem é desses grupos. O Matrix dos Irmãos Wachoski foi a mesma coisa, tanto que fizeram um remake do filme para tentar diassociar porque eles ligam a esses grupos marginais e excludos. O mainstream odeia esses grupos, mas se beneficia do sucesso deles com uma certa frequência. Deadpool e Wolverine é um caso. Justamente a crítica foi que suavizaram muito do Coringa do primeiro filme, mas pelo que vi e o mesmo perdido sem destino que nem aquele personagem do Taxi Driver, só que mais reprimido como você bem pontuou.
ResponderExcluirÉ... dá pra lucrar apelando pra certos nichos desta forma, mas não acho que isso seja necessário pra um filme ser bem-sucedido.
ResponderExcluirO Coringa lembra o Travis do Taxi Driver na parte 1... Nesse aqui, ele está tão incapacitado que lembra um pouco aquele erro do "never go full retard"... no sentido que, se o protagonista não tem autonomia, capacidade de realizar coisas impressionantes, definir seu destino na história, é tão chato quanto ficar assistindo a uma planta.
Caio, talvez a melhor análise com argumentos similares do seus foi o da Dr Geek: "Desde o primeiro filme, fomos enganados. Esses dois filmes foram pura propaganda enganosa, uma verdadeira pegadinha no estilo Hollywood, onde terminamos como palhaços. Eles nunca foram sobre o Coringa, mas sim sobre um pobre coitado chamado Arthur Fleck, que, convenhamos, nem existe no universo da DC. Arthur é um homem com problemas mentais, fruto de uma vida horrível, mas que mesmo assim consegue assumir a culpa por seus atos. Se tivessem sido honestos sobre isso desde o início, eu não teria escolhido assistir ao filme. Eu queria assistir a um filme do Coringa, e imagino que você também.
ResponderExcluirA diferença entre o segundo e o primeiro filme é que, pelo menos, o primeiro foi bem feito, com um roteiro coerente (entre aspas, porque não gostei tanto assim), e quase nos entregou o Coringa no final. Se a intenção era usar esse filme para criticar as pessoas que consomem histórias de true crime ou vilões de quadrinhos, como é o caso aqui, isso foi completamente sem sentido. Se a ideia era desmistificar a imagem desses psicopatas, o resultado foi absurdo. Mais uma vez subestimaram a inteligência do público. Todos nós queríamos ver um filme sobre um vilão icônico, completamente irracional, com sua namorada igualmente psicopata, fazendo as coisas que eles costumam fazer nas histórias que gostamos. Ninguém estava precisando de uma lição de moral em um filme como esse."
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9HvBYK_fjt8&t=483s
Não se se você teve a mesma percepção com os filmes, mas o timing dela se aproxima muito do seu.
Na crítica do 1º filme eu disse: "Em vez de um verdadeiro entretenimento, agora a franquia está flertando com o cinema Naturalista, transformou o Coringa num americano comum, pobre, que cuida da mãe idosa (não é mais um super-vilão - no Naturalismo nada pode ser "super")".
ExcluirEsse Naturalismo acho que nunca incomodou o grande público. Versões mais realistas, frágeis, "complexas" (ou seja, não-icônicas) de heróis e vilões vêm sendo celebradas há anos pelo público, e é o que eu sempre reclamei. Então suspeito um pouco do discurso dela (não conhecia esse canal) de que "todos nós queríamos ver um filme sobre um vilão icônico". Pra mim, a mudança que realmente incomodou o público não foi o fato dele ser realista, e sim a "emasculação" do personagem. Se fosse um filme naturalista, sobre um homem comum com problemas mentais, mas mantivesse o protagonista ativo, sendo psicopata, acho que quem gostou do primeiro continuaria gostando do 2º. Mas tomara que esse fracasso faça as pessoas refletirem mesmo e questionarem o "idealismo corrompido" que elas aceitaram na parte 1.
Mas é desse ponto que parti esse raciocínio: ela esperava desse ponto dele, partisse o vilão icônico. Porque existe essa aceitação de que você altere a origem do personagem, mas que mantenha essa essência do que se conhece. Não que ela tenha os mesmos argumentos que o seus, mas achei interessante como se aproxima e como ela tinha expectativa da continuação e viu que o primeiro filme foi uma armadilha. Não sei se vai ir de raciocíno de ruptura com o Idealismo Corrompido, mas é interessante ver esse tipo de observação que desecadeou com a decepção da continuação.
ResponderExcluirPor isso que observei uma nuance similar (não igual ) de sua análise, acho que minha observação foi péssima do comentário anterior.
Só agora fui ver o vídeo dela inteiro... Realmente, há alguns pontos em comum, ela inclusive reclama de algo que eu não cheguei a comentar aqui, que é o elemento subjetivista dos delírios, que deixa a narrativa confusa até fora das sequências musicais.
ExcluirMas me parece que ela não tem muito problema com o 1º filme em termos de valores (o aspecto niilista) e teria curtido uma sequência na mesma linha, se tivesse apenas entregado mais violência, mais ação, etc.
Um ponto que discordei dela foi o que ela falou sobre ser improvável um psicopata atrair tantos fãs, ser idolatrado naquela escala que o filme mostra. Fiz até um comentário no meu Instagram sobre isso hehe:
"Não sei se o mundo que piorou ou eu que fiquei mais pessimista, mas uma coisa ficou na minha cabeça depois de Coringa 2: quando assisti à parte 1 em 2019, o Coringa ganhar fãs e ser ovacionado por multidões após cometer atos inegavelmente monstruosos me pareceu algo fantasioso, o filme projetando uma sociedade distópica improvável só pra parecer dark. Já na parte 2, minha reação vendo cenas similares foi 'ah sim, é assim mesmo que aconteceria'."