quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tudo Pelo Poder


Novo filme produzido, dirigido, co-escrito e co-estrelado por George Clooney sobre os bastidores de uma campanha presidencial, onde um jovem consultor (Ryan Gosling) irá se deparar com o jogo sujo por trás da política.

"Passe a perna nos outros antes que passem a perna em você." "O moral não é prático." "Só os espertos sobrevivem." São essas mensagens que estão por trás do filme de maneira implícita. Eu não gosto desse tipo de história (do jovem idealista que fica "esperto" e aprende a jogar sujo), porém o filme é bem feito dentro de sua proposta e o resultado acaba sendo positivo.

O problema é que a situação em que Gosling se coloca não é lá tão extrema e inevitável a ponto de justificar suas atitudes. Se ele de fato cometeu um deslize durante a campanha, ele deveria ter aceitado as consequências e caído fora, ou no máximo tentado reconquistar a confiança de Clooney honestamente - e não sair por aí fazendo chantagens. No momento em que ele coloca o emprego acima da ética (sem ao menos tentar se explicar), nós perdemos a empatia por ele (bom, eu pelo menos perco). No fim das contas não fica parecendo tanto que a política é suja, mas sim que ELE foi moralmente duvidoso e contribuiu pra desonestidade toda.

Ou seja, acho as ideias aqui meio questionáveis, mas de qualquer forma o filme tem vários méritos; o elenco está ótimo, a trama se desenvolve de maneira envolvente, há reviravoltas interessante, a direção é simples porém eficaz... Achei melhor que Boa Noite e Boa Sorte (o filme está indicado a 4 Globos de Ouro incluindo Melhor Filme e Melhor Ator pra Gosling).

The Ides of March (EUA / 2011 / 101 min / George Clooney)

INDICAÇÃO: Quem gostou de Conduta de Risco, Boa Noite e Boa Sorte, Segredos do Poder, Todos os Homens do Presidente.

NOTA: 7.0

5 comentários:

  1. Caio... Esse filme me surpreendeu bastante! Por ser um filme de política, a nenhum momento foi chato! Achei uma super direção do Clooney, e amei ver ele também atuando como o Governador. Principalmente na cena final. O diálogo! E o Ryan Gosling é a minha paixão. Garoto vai longe!

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  2. vc não achou que a trilha sonora deixava as cenas com cara de novela mexicana?

    ah, não perdi a empratia pelo stephen não, mas nem por isso gostei do filme.

    aguardo o thiago por aqui a qq momento, afinal, ele aguentou firme o filme inteiro rsrs.

    beijo!

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  3. Esse é o meu 300 desse ano. E olha que estamos em janeiro...

    Eu me lembrei bastante do batman novo (toda hora que alguem ia falar algo aumenta a musica pra parecer importante).

    É o filme mais estranho e sem sentido que eu ja vi, achei os dialogos bem escritos mas se for analisar a história é muito vaga, na primeira parte o filme tenta mostrar que o personagem da sombrancelha levantada é realmente muito inteligente e sagaz, mas tudo o que faz ele crescer na carreira é obra do acaso.

    Aproveitando o comentário, você viu Missão Madrinha de Casamento?

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  4. não foi você que lembrou do batman, fui eu!
    e por você!

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  5. Tiffany, o Clooney como político é perfeito né.. tenho a teoria de que ele quer se candidatar à presidência e está usando o cinema pra fazer campanha, rsss.

    Laura, Thiago, a trilha sonora não me chamou tanta atenção assim! Tipo, dela tentar substituir o conteúdo das cenas, como no Batman.. rss. Vcs lembram de alguma cena onde isso acontece?

    Então, o Ryan Gosling é apresentado como inteligente, sagaz, porém ingênuo, um pouco idealista.. O que faz ele "subir" na carreira no fim é aprender a jogar sujo.. por exemplo quando ele blefa pro George Clooney que tem a carta da estagiária morta, etc..

    Imagina se de última hora caísse na internet um "sex tape" do outro candidato e isso fizesse o George Clooney vencer as eleições.. Daí sim seria uma obra do acaso que nada teria a ver com as atitudes do Gosling ou do Clooney.. Mas pelos eventos do filme você pode concluir que o foco aqui é a questão moral.. a mensagem é "pra se dar bem na política você tem que ser desonesto".. Não é um filme sobre o talento especial do Ryan Gosling, e sim sobre a falta de ideais na política, etc. Bem, pelo menos foi como eu li a história, hehe.

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