NOTAS DA SESSÃO:
- A história começa bem: os personagens principais são bem apresentados (o desejo do garotinho de salvar o pai), a entrada divertida do Johnny Depp no cofre (a cena de ação subsequente é meio falsa, mas é bem dirigida).
- O personagem do Brenton Thwaites é unidimensional, mas é um herói atraente. A mocinha não substitui a Keira Knightley, mas convence como uma garota inteligente, interessada em ciência, etc.
- É um pouco mal explicado como os 3 personagens principais se encontram na ilha - parece que foi uma grande coincidência eles estarem todos ali (Depp trocar sua bússola por uma bebida também pareceu um pontapé meio forçado na história).
- A direção é surpreendentemente boa (não conhecia essa dupla de diretores - eles fizeram Expedição Kon Tiki em 2012). Nada acontece na tela sem um propósito, tudo o que precisa ser comunicado em termos de ação é comunicado de maneira objetiva... Até nas ideias absurdas (a ação às vezes passa do ponto em termos de exagero, como por exemplo a cena da gilhotina) há um esforço admirável em ser claro visualmente (nos blockbusters em geral, é tudo uma grande bagunça, você nunca sabe o que está acontecendo, mesmo quando a ação é plausível). Independentemente do conteúdo, os bons filmes acabam proporcionando também esse prazer mais sutil que vem da apreciação da linguagem.
- Um aspecto duvidoso da história é que dá a impressão que o vilão (Javier Bardem) na verdade é inocente, afinal ele só estava querendo se defender de piratas, que na prática são os criminosos! A gente "torce" pro Johnny Depp não porque ele está certo moralmente, mas sim porque ele é mais divertido.
- Costumo reclamar que nos filmes de fantasia atuais os heróis nunca estão atrás de um tesouro interessante o bastante (é sempre um "orbe" ou um objeto estranho que nem sabemos direito pra que serve). Nesse ponto o filme acerta: não só o Tridente de Poseidon é um objeto atraente em si, como também sabemos o poder que ele tem e como isso impactará as vidas dos protagonistas.
- Bonita a ilha das estrelas, a sequência no fundo do mar... O filme tem alguns cenários divertidos (ao contrário de alguns episódios da série que ficavam sempre em ambientes sujos, chuvosos, porões escuros de navios, etc).
- SPOILER: Meio desnecessário o Geoffrey Rush se sacrificar. É confuso os vilões continuarem maus após a maldição ser quebrada. A gente não torce pra eles morrerem, como acaba acontecendo quando o mar se fecha.
- SPOILER: Bonito o final (o reencontro com o Orlando Bloom). E de quebra ainda temos uma participação da Keira! O comentário do Jack Sparrow ao ver os casais é ótimo.
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CONCLUSÃO: Nada de muito inovador em termos de história, mas um dos Piratas mais agradáveis até agora.
Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell no Tales (EUA / 2017 / Joachim Ronning, Espen Sandberg)
FILMES PARECIDOS: X-Men: Apocalipse (2016) / Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015) / Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (2011)
NOTA: 7.0
Me incomodou o tema paternidade e seu desfecho naquele "spoiler". Achei muito similar ao Guardiões 2. Tanto que eu pude prever o final de Piratas por causa do Guardiões.
ResponderExcluirTb achei bem dispensável esse trecho.. que bom q era apenas uma sub-trama..
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