Ontem bati um papo sobre cinema com o Matheus Pacini e o Ricardo Birck do canal Objetivismo Brasil. Ainda não consigo me expressar direito nesse formato de "live", e muitos dos exemplos / explicações acabam ficando incompletos, mas é um exercício legal que eu gostaria de fazer com mais frequência.
Olá, Caio.
ResponderExcluirFaz tempo que não faço minha presença ser sentida com palavras, mas como disse há algum tempo atrás, meu espírito ainda assombra diariamente rsrsrs. São tantos assuntos recentes que eu poderia discutir, mas eu sou tão prolixo que “heavy talk” ganha sentido semi-literal de carga pra mim…. e um fantasma deveria ser leve…..
Mas o que eu realmente gostaria de comentar é que eu adorei a entrevista. Também sinto que o formato de live é um tirano cruel, induz aos erros e impede de corrigi-los. Aos perfeccionistas de ideias, é uma sentença resoluta. Paradoxalmente, conversas sociais também são “lives”... mas a favor de nossa inocência está a indisposição alheia de analisarem conversas tão cuidadosamente como analisamos filmes. Porém, eu penso que tu se expressou tão claramente, que desenvolveu a sua fala tão bem, que tomou tanto cuidado nos termos para que a conversa fosse mais universal (como quando pareceu que evitou chamar os filmes de idealistas para chamá-los de otimistas, por exemplo) que considerei o vídeo ideal para enviar àqueles com quem eu tanto comento sobre o tal do Caio.
Só achei as perguntas pouco provocativas. Quando parecia que tu voltava no tempo para apresentar uma análise panorâmica de cada cultura e de cada época, quais filmes seriam compatíveis com o Objetivismo, a conversa voltava para Marvel e para cultura pop moderna. O The Sound of Music foi mencionado em uma linha de diálogo, enquanto Joker foi resgatado algumas vezes, como se o teor do assunto fosse mais anti-cultura-moderna do que a resposta à pergunta “o que torna um filme idealista e porque assim é melhor?”. Me lembra de algo que tu comentou algum tempo atrás (e que comigo foi a abordagem de “conversão” que funcionou). Tu havia dito que é muito mais prazeroso e produtivo falar positivamente de um filme idealista e proporcionar as ferramentas para alguém se emocionar com Close Encounters do que provocar a rejeição à Elsa de Frozen.
Também fico muito feliz que o livro voltou à venda. Agora também posso compartilhar o link do produto junto com o de seu produtor. A edição à venda na Amazon possui algum conteúdo diferente da primeira edição física?
Algo curioso na entrevista é que eu pensava que seria senso comum entre os objetivistas que O Senhor dos Anéis é um filme cristão que promove a fé e o autossacrifício, e que o sense of life dos objetivistas fosse o de rejeitar a obra de Tolkien como uma resposta automática. Embora eu gostasse muito da escala quando era adolescente, depois de adulto a sensação que tenho é de entrar em uma igreja e lá ver um filme gospel! A repulsa que Joker ou Logan podem provocar em sua forma material, eu sinto igual em Senhor dos Anéis, mas em espírito.
Abraços!
Tudo bem Leonardo? Imagino que deva ter vários tópicos acumulados mesmo hehe. Mas que bom que curtiu a entrevista..! Pra mim foi uma experiência legal, apesar de não ter respondido tudo como gostaria. Mas numa próxima oportunidade, provavelmente já estarei um pouco mais preparado.. Não tinha pensado na lista de filmes compatíveis com o objetivismo, por exemplo.. daí no improviso você acaba esquecendo de exemplos melhores.
ResponderExcluirO comentário do Ricardo sobre O Senhor dos Anéis eu achei melhor ignorar, pois foi feito de passagem no meio de uma pergunta sobre outra coisa.. e se eu entrasse ali, viraria um debate meio indigesto já no final da live, sem muito tempo pra desenvolver a ideia hehe. Mas também enxergo esse teor religioso na saga.. é que minha reação a filmes com valores cristãos costuma ser mais de tédio do que qualquer outra coisa (tipo filmes de terror que exigem que vc leve padres e crucifixos muito a sério). Acho que é por eu não ter crescido em um ambiente religioso, e portanto não ter grandes traumas associados a esse assunto hehe.
Em interações com outras pessoas, falar mal de filmes ruins realmente não é o que eu mais gosto de fazer.. Curto mais falar de princípios abstratos, técnicas, história, tentar esclarecer dúvidas quanto a categorias, tipos diferentes de filmes.. e de repente dar alguns exemplos concretos de filmes nesse contexto. Mas quando você julga filmes específicos, a conversa se torna mais pessoal, ganha um ar de debate/polêmica.. e não é com qualquer um e em qualquer contexto que eu gosto de me aprofundar pra esse nível.
No objetivismo, as pessoas concordam muito em metafísica, epistemologia, ética, política.. mas em estética é meio que cada um por si, hehe. Principalmente falando de arte popular. O que une os objetivistas são muito mais as opiniões conscientes/intelectuais do que o Sense of Life de fato, que depende mais do subconsciente.. por isso discrepâncias são comuns no ramo da arte.
O livro que está na Amazon é a mesma versão de antes.. como eu estava com esse podcast e mais um outro agendado, achei que valia a pena voltar o e-book ao ar, mais pela questão da "credibilidade" do que pela expectativa de vender. Ainda gostaria de lançar uma 2ª edição, mas não é algo tão urgente.. Abs!!