O começo é interessante; lembra um Jurassic Park só que da gastronomia. Em vez dos convidados irem pra uma ilha misteriosa e se depararem com as maravilhas da engenharia genética, eles se deparam com pratos que parecem igualmente avançados tecnologicamente — até que as coisas desandam e os humanos se tornam comida pra suas próprias criações (pagando o preço pela soberba e pela busca por controle, perfeição — coisas que nunca saem impunes na nossa cultura). O problema é que a situação aqui não é nada crível. É absurda a ideia de um chef renomado como Slowik (Ralph Fiennes) se revelar um Jigsaw da cozinha de uma hora pra outra... E a passividade dos convidados diante de tudo também torna a situação artificial. O filme obviamente não quer que você acredite no que está acontecendo (e os toques constantes de humor reforçam isso). Ele funcionaria melhor como uma alegoria — um filme desses onde você sabe que não deve levar os eventos ao pé da letra, apenas procurar as ideias filosóficas e mensagens políticas embutidas na narrativa (tipo O Poço, Triângulo da Tristeza). Só que aqui não há clareza alguma quanto às tais ideias, o que deixa o filme sem propósito. Ele não é nem um suspense de verdade, nem uma comédia de verdade, nem uma alegoria satisfatória intelectualmente.
The Menu / 2022 / Mark Mylod
Satisfação: 5
Categoria: IC
Filmes Parecidos: Tempo (2021) / Corra! (2017) / Velvet Buzzsaw (2019) / O Convite (2015) / A Ilha da Fantasia (2020)
Como assim? a comida cria vida? o cheff mata e cozinha pessoas? procurei o resumo do filme enão entendi direito
ResponderExcluirNo sentido do chef estar disposto a cometer crimes pra realizar sua visão.
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