Como já disse, embora eu seja um grande fã de Ayn Rand e ache que ela trouxe mais clareza pro mundo que qualquer outro pensador, acho também que o objetivismo vem com suas próprias "pegadinhas" — áreas problemáticas que costumam gerar uma série de confusões entre os seguidores, e reduzem a capacidade da filosofia de alcançar mais pessoas e influenciar a cultura.
Eu tenho minha visão pessoal sobre a origem desses problemas, e acho que ela explica muitos dos obstáculos da filosofia, e também algumas das aparentes contradições nas obras e vida de Rand — desde a incompatibilidade de sua teoria estética com a arte popular (e com o Romantismo histórico), até aspectos intrigantes de sua vida pessoal: o contraste entre seu marido Frank O'Connor e o tipo de homem que ela admirava em teoria; a relação conturbada com Nathaniel Branden, etc.
Minha proposta não é tentar criar uma fórmula pra tornar a filosofia mainstream. Como discuto no texto Racionalizações, acho que isso sempre será altamente improvável, pois verdades cruas sempre serão impopulares. Minha ideia é apenas mostrar como algumas atitudes ou conceitos promovidos por Rand podem estar em desarmonia com princípios básicos do próprio objetivismo, e com isso quem sabe eliminar alguns obstáculos para aqueles que se interessam por esses princípios.
Como é um assunto que pode ganhar várias ramificações, em vez de um texto único abrangendo tudo, queria apenas anunciar aqui uma nova "série" (quem sabe uma postagem aberta, como as que faço sobre Cultura), onde poderei acrescentar conteúdos ao longo do tempo, até cobrir os pontos mais relevantes.
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Índice:
Como está ficando grande demais o post, vou desmembrar o texto em posts diferentes.. depois talvez crie um índice como o que fiz para as postagens teóricas sobre cinema.
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