quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cada Um na Sua Casa

- Muita informação no começo! Apresentação dos Boovs, invasão do planeta, etc. Tudo acontece rápido demais, considerando a dimensão dos eventos. Podia ter havido uma introdução, mostrando a Terra como era antes dos Boovs, a vida da garotinha com a mãe, etc.

- O protagonista (Oh) é loser, inconveniente, ninguém gosta dele - e não injustamente, mas porque ele é detestável mesmo.

- Por que só a Tip não é abduzida? Não faz muito sentido. Ela só reclama - a relação entre ela e o Oh não é  nada atraente.

- Os vilões vão descobrir onde os Boovs estão porque o Oh sem querer apertou o botão "Responder Para Todos" e mandou um e-mail pra eles? Que história péssima!

- A meta de ir atrás da mãe da Tip também é ruim. Nem conhecemos essa mãe pra estarmos envolvidos.

- Criativamente/intelectualmente o filme é pavoroso. Ele é cheio de ideias ruins, mal explicadas, pouco divertidas, ou simplesmente constrangedoras. Desde os nomes dos personagens (a menina se chama "Gratuity"), a ideia do shusher ("psiuador"), aquelas bolas de objetos que se formam no céu (por que só alguns objetos vão pro céu e outros semelhantes não?), o personagem que usa laranjas como sapato (e o outro tem que ficar limpando o suco atrás), a história da menina virar a torre Eiffel de cabeça pra baixo (e toda a sequência horrorosa da torre girando e se chocando contra as tais bolas flutuantes de objetos que já não fazem o menor sentido). É um caos, um pesadelo de más ideias.

- Gorgs são vilões distantes demais. Não cria tensão. O maior conflito é entre o Oh e os outros Boovs (que perseguem o Oh só porque ele mandou um e-mail sem querer!).

- Se os Boovs são fracos e extremamente covardes, como algum deles conseguiu roubar o "shusher" - algo tão vital pros Gorgs, que são muito mais fortes?

- Anti-heróis: todo o filme é uma celebração da fraqueza. A grande mensagem é "ninguém é perfeito", "errar é humano", "o importante é a amizade". Sem dúvida essas ideias devem ser reconfortantes depois que você faz um filme como esse.

CONCLUSÃO: Uma das animações mais fracas dos últimos tempos.

(Home / EUA / 2015 / Tim Johnson)

FILMES PARECIDOS: Como Treinar o Seu Dragão 2 / Turbo / Os Croods / Monstros Vs Alienígenas

NOTA: 2.0

20 comentários:

Anônimo disse...

haha man, quando você falou a primeira vez o nome do protagonista, eu pensei que tava querendo dizer (Oh!, que merda! de novo herói envergonhado). Daí eu vi que era o nome mesmo. meodeosdocel.

Caio Amaral disse...

Haha.. sim.. ele foi apelidado Oh porque ele é tão chato que toda vez que ele chega as pessoas falam "Oh".. tipo "Lá vem ele"..

Anônimo disse...

Caio, não sei se você viu, mas que vc achou da deputada do PCdoB, Alice Portugal, que quer limitar a quantidade de filmes de fora aqui no país. De acordo com algumas fontes, este projeto de lei foi elaborado juntamente com um determinado cineasta de extrema esquerda visando aumentar a propaganda nacional-socialista dentro do consumo cultural nacional e diminuir a vontade de viver como um imperialismo americano e o consumo de cultura pop.

Eu tenho uma idéia a respeito de sua opinião política, só perguntei pra debater mesmo.

*odiei esse novo captcha do blogger, só faz ficar com vontade de engordar*

Caio Amaral disse...

Fiquei sabendo dessa lei.. parece até que foi aprovada, não foi??? Mas não sabia desses boatos de que é pra aumentar propaganda socialista.. Enfim.. mesmo antes já tinha achado péssima a ideia.

O captcha foi o blogger que colocou.. rsss.. não tenho controle sobre essas coisas!

Anônimo disse...

Caramba! não sabia que já tinha sido aprovada! Ninguém protestou assim como na época da PEC37?? Se já foi aprovado, é capaz de sofrermos um embargo por parte de algumas produtoras, ou seja, vai passar somente "Transformers" da vida e mais nenhuma outra opção internacional, os lançamentos serão somente blockbusters e acabou, fodam-se.

Lembra-se que na década de 60 para frente Cuba passou pela mesma situação? Começou com uma proibição do cinema americano, exibindo somente filmes russos ou cubanos. E logo o cinema virou propaganda comunista.

Ademais, é de fato que esta decisão visa aumentar o palco para o cinema nacional (a entrada do palco fica pela ESQUERDA ...tu dum tss). Mas pelo amor de deus, será que ninguém percebe que o cinema brasileiro já está saturado de Rio de Janeiro, favela, praia, consumo e tráfico de drogas, prostituição, carnaval, violência policial, palavras de baixo calão (como as crianças vão assistir?) e o maior pecado de todos: Leandro Hassum. Não que seja um mal artista, mas por favor, virem o disco!

Mas uma dúvida, se o cinema é propriedade privada do dono ou da companhia, não foge dos princípios socialistas um partido comunista resolver que o estado tem controle absoluto sobre algo feito para o popular? Será que parte da bilheteria de um filme vai para o fundo partidário (ministério da cultura, sei...). Ou será que porque a globo está apoiando a direita eles acreditam que podem mudar a opinião política da emissora, que atualmente se encontra a beira de uma crise econômica por baixa audiência, arranjando mais espaço para seus filmes?

Anônimo disse...

para o anonimo: tá, mas isso de propaganda socialista vc viu ou ta deduzindo que é? De fato, em cuba realmente cortaram os filmes americanos, pois apresentavam o modo de vida capitalista que ia de encontro com os ideais da russia comunista, pois cuba era sua protegida. mas lembre-se que isso não causou nada mais a nao ser corte no cinmema, pois o socialismo ja existia.

o projeto de lei NÃO vai de encontro aos principios do partido, pois no socialismo não existe propriedade privada e o governo faz o que bem entender com o cinema, pois e seu

Anônimo disse...

Acho esse projeto ruim, embora também ache que os filmes americanos, nem sempre bons, ocupem uma parcela exagerada do mercado. Afinal, é justamente na cultura que é mais necessário que se tenha visão universal. Uma cultura fechada em si mesma obviamente fica empobrecida. Certamente o PCdoB não defenderia que as pessoas deixassem de ler autores estrangeiros (Kafka, Dostoiésvki, Herman Melville), para ler só autores brasileiros, mesmo que bons.
Aliás, nenhuma cultura humana é exclusivamente "nacional". Esse projeto parece padecer de uma espécie de complexo de Policarpo Quaresma, aquele personagem de Lima Barreto que pretendeu defender uma cultura exclusivamente brasileira para descobrir que tal coisa não existe como tal, toda nossa cultura tem alguma origem no exterior (mesmo a dos índios, embora Quaresma tenha chegado a se apegar a ela; afinal, os índios também vieram de fora, da Ásia, pelo Estreito de Bering, segundo os estudiosos).

Anônimo disse...

Não é questão de qualidade de filmes, mas liberdade de escolha.

A lei com certeza não vai vetar todos os filmes de cara, pois daí ia ficar óbvio. Mas como já aconteceu a diminuição de salas de cinema exibindo filmes estrangeiros para 35%, e depois 30%. Agora com 15% é uma porta aberta para restringir completamente.

Como o projeto de lei foi elaborado juntamente com um cineasta de estrema esquerda, ele defende a exibição de filmes estrangeiros sim, dentro dos 15%. Mas isso inclui filmes franceses, poloneses e russos. Diminuindo a parcela de filmes americanos.

Agora isso é palpite meu. Muito provavelmente não exista um completo isolamento de cultura estrangeira, assim como ocorre na Coreia do Norte. Mas uma certa "censura de valores" que possam ser transmitidos ao público.

Blockbusters estrangeiros que tenham uma puxada para esquerda, assim como Jogos Vorazes, talvez sejam os únicos filmes americanos sendo exibidos em determinados cinemas. As outras opções serão filmes brasileiros criticando o militarismo e o PRECONCEITO (lembra que a direita valoriza a liberdade individual e a esquerda vê a pessoa como um grupo?) com exatamente aquilo que o anônimo acima falou que o mercado de filmes nacionais está saturado e que não viram o disco.

Na verdade isso já está a algum tempo acontecendo, os filmes europeus exibidos com freqüência aqui, tem por sua vez uma mensagem muito sutil contra os valores capitalistas e de direita. Tendo em vista que já existe há muitos anos uma lei exigindo a exibição de tais filmes aqui no Brasil.

Merda! Daqui a pouco esse país vai virar Cuba e vou ter que ir embora pros EUA ou pro Canadá se um dia quiser ter liberdade individual.

Anônimo disse...

Se essa lei foi aprovada, não é nada comparada a alguns países de regimes totalitários. Deem uma olhada no link abaixo:

http://www.curtoecurioso.com/2015/02/as-7-coisas-mais-estranhas-e-bizarras.html

Caio Amaral disse...

A lei que foi a provada recentemente foi aquela que diz que um mesmo filme só pode ocupar até 35% das salas..

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/12/1563721-governo-limita-ocupacao-de-salas-de-cinemas-a-ate-35-pelo-mesmo-filme.shtml

pode ser que vc esteja falando de um outro projeto... essa lei acho que não tinha nada a ver com o PCdoB.

Anônimo disse...

Caio, este é um novo projeto de lei. Tendo em vista que o de 35% tinha foco no cinema americano (todo o continente, não só EUA), e existe uma outra lei que tem como foco o cinema europeu e esta limita para 30%. Ambas as leis possuíam furos e eram facilmente de ser burladas, graças a isso, tinha validade até 2015.

No entanto, a deputada do PCdoB entrou com um novo projeto de lei, limitando completamente todos os filmes de natureza estrangeira para 15% das salas do Brasil. Ou seja, 85% dos cinemas exibem filmes nacionais ou não exibem nada.

Interessante notar neste link da folha vem falando que o filme "As Aventuras do Avião Vermelho" era exibido compartilhado em uma única sala com outro filme americano.

Primeiro, as crianças são os consumidores neste caso e tem o direito de decidir escolher o produto de melhor qualidade, tendo em vista que este desenho possui qualidade técnica muito baixa e as opções americanas conquistam a maior parte deste público.

Segundo, se esta nova lei estivesse em vigor, para os cinemas de regiões metropolitanas e no interior, não existiria as opções de assistir O Hobbit ou Jogos Vorazes, sendo este desenho a única opção. Pois as redes de cinema jamais deixariam de exibir na capital. Mais uma vez, liberdade de escolha.

Terceiro, o valor do ingresso. A procura continua a mesma, mas a oferta diminui, assim o valor pra assistir um Vingadores da vida ia lá pra casa dos 70 reais. Só assim pro dono do cinema não falir.

Bem, esperamos que esta lei não seja aprovada, as conseqüências seriam muito impactantes no mercado interno (muita gente compra coisas que não queria nos shoppings porque foi lá só pra ir no cinema), e a pirataria ia aumentar exponencialmente.

Vi esta noticia em um vlog do youtube: https://www.youtube.com/watch?v=rKYEP74wS9s

- Agora mudando o foco do assunto, dê uma comparada na imagem do primeiro link com as imagens dos próximos:

http://images6.fanpop.com/image/photos/33700000/THG-Catching-Fire-Wallpaper-the-hunger-games-33737704-1280-800.jpg

https://www.google.com.br/search?biw=1680&bih=888&tbm=isch&q=propaganda+socialista&revid=988707938&sa=X&ei=5i4xVYbrDq-wsATj64DgAQ&ved=0CB4Q1QIoAA&dpr=1

https://www.google.com.br/search?q=propaganda+comunista&biw=1680&bih=888&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=4y4xVauyJomfyAS-jYD4Cw&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAQ

Anônimo disse...

E sim, esta nova lei dos 15% tem 100% de envolvimento do PCdoB e de personalidades da esquerda. A anterior talvez não, mas esta sim.

Caio Amaral disse...

Essa lei que foi aprovada dos 35% diz que um mesmo filme só pode ocupar até 35% das salas de um mesmo multiplex.. tipo.. se o Cinemark tem 10 salas.. Velozes e Furiosos pode passar em 3 mas não em 4.. Ela não se refere a 35% das salas de todo o Brasil, o que seria um caos.. Acho que o menino do vlog estava com outras informações, sei lá. Mas enfim, não é uma lei muito radical, mas eu sou contra mesmo assim.. qualquer tipo de limitação desse tipo.

O que quis dizer com a foto do Jogos Vorares? Que o filme faz apologia ao comunismo? Hehe.

Anônimo disse...

Não caio, a de 35% não tem nada a ver com uma que ainda não foi aprovada de 15%. Essa de 15% de refere sim a todo o Brasil. Eu vi no vlog, mas confirmei em outras fontes.

Aqui tem uma tabela de como vai ficar daqui caso seja aprovada:

http://aliceportugal.org.br/v1/noticia/1637/Alice-Portugal-defende-o-fortalecimento-do-cinema-brasileiro.html

Aqui confirma a veracidade do projeto:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1049131

http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-112763/

http://www.cineset.com.br/deputada-quer-restringir-chegada-de-filmes-estrangeiros-nos-cinemas-do-brasil/

http://criticalhits.com.br/deputada-do-pc-do-b-quer-limitar-ainda-mais-o-lancamento-de-filmes-estrangeiros-no-pais/nos-cinemas-do-brasil/

Caio Amaral disse...

É um pouco mal explicado.. no site da Alice Portugal há uma tabela embaixo mostrando como seria a limitação.. e ali dá a entender que é parecido com a limitação atual dos 35%, só que reduzindo ainda mais.. Um complexo com 10 salas só pode exibir o mesmo filme em 2 salas no máximo.. Mas enfim.. 15%, 35%.. tá tudo errado de qq forma! kkk.

Anônimo disse...

Quanto à limitação de salas exibindo o mesmo o filme, talvez se deva ao fato de que, de uns anos pra cá, os blockbusters vem ocupando o máximo possível de salas quando do lançamento, a fim de venderem o máximo possível de ingressos na estréia, evitando que as eventuais futuras críticas desfavoráveis, da crítica e do público, afugentem os espectadores. É comum que blockbusters estreiem muito bem e afundem na bilheteria depois, quando o público começa a falar mal, um caso notório foi aquele filme com Silvester Stallone e Sharon Stonoe, "O Especialista".

Caio Amaral disse...

Ah sim e hoje em dia com as redes sociais esse boca a boca é muito mais rápido (do que na época do Especialista).. se o filme é fraco, o jeito é convencer todo mundo a ir no primeiro fim de semana antes que comecem a falar mal.. hehe. De qq forma, o governo não tinha que ter nada a ver com isso né..

Anônimo disse...

Mas o direito dos exibidores de escolher o filme que poem nas salas é mais importante que o direito dos espectadores de ter várias opções de filme para assistir? Afinal, com muitas salas exibindo o mesmo filme, ficam menos opções.

Caio Amaral disse...

Claro.. os espectadores não têm direito sobre os produtos e serviços dos outros.. não podemos dizer ao dono do cinema como ele deve administrar o negócio dele.. Ele que decide. Assim como não podemos forçar uma loja a vender o que queremos ou um restaurante a servir nosso prato favorito (se ele não estiver no menu). Se ele quiser ocupar todas as salas dele com 1 único filme, ele que sofra as consequências.. os espectadores que quiserem variedade podem procurar outros cinemas...

Caio Amaral disse...

(vc deve estar brincando né..? mas respondi mesmo assim por via das dúvidas, rs).