segunda-feira, 28 de junho de 2021

Velozes & Furiosos 9

Após uma sequência de ação inicial divertida (que infelizmente não foi igualada depois por nenhuma outra) a sessão pra mim se tornou bastante entediante até o final. O único motivo pra ver filmes da série V&F são as sequências de ação (da mesma forma que você só vê filmes da série Jogos Mortais por causa das cenas de morte). O que ocorre entre uma perseguição de carro e outra é pura enrolação: os diálogos são vazios, a trama é um grande clichê... quando o filme se ilude que ele pode gastar mais que 10 minutos sem ação, desenvolvendo sua "trama", seus personagens, fingindo ser um filme mais sério (como acontece aqui muitas vezes) ele acaba perdendo a razão de existir. Claro que os personagens e o conteúdo têm certo apelo para alguns espectadores: o público mais cristão/conservador... O filme desde os primeiros segundos é repleto de mensagens sobre Jesus, fé, a importância da família, etc. O filme inteiro na verdade parece ser sobre fé, inclusive as cenas de ação: quando Dom Toretto joga seu carro do penhasco, confiando que um cabo da ponte enroscará na roda e funcionará como um cipó para transportá-lo para o outro lado da montanha, a mensagem aqui não é sobre racionalidade, habilidade, heroísmo... É sobre fé. Quando Tom Cruise faz stunts perigosos em Missão: Impossível, ainda há uma tentativa de torná-los minimamente críveis, mostrar que as manobras foram baseadas em alguma sacada inteligente, em habilidades possíveis, ainda que exageradas. Velozes e Furiosos já tem prazer em enfatizar que as manobras são irreais, que eles sobrevivem praticamente por milagre... A mensagem é: quando você tem fé, tudo é possível; quando você acredita, você é imortal. Então nem quando a ação é bem feita o filme agrada 100% um espectador como eu, mais dependente de lógica... As cenas só são divertidas num sentido superficial, na medida em que passam do ponto e tombam pro lado do absurdo, da comédia (o efeito Sharknado), o que não aconteceu de maneira tão satisfatória dessa vez.

F9 / 2021 / Justin Lin

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Espiral - O Legado de Jogos Mortais

Jogos Mortais sempre foi mais sobre as vítimas e sobre as mortes do que sobre Jigsaw, que ficava mais nos bastidores, então o fato deste filme ter um copycat no lugar do vilão original acaba não alterando tanto a experiência. Mas isso não quer dizer que o "reboot" tenha funcionado totalmente... Chris Rock tem momentos divertidos, mas a mistura de comédia com horror e drama familiar não encontra um bom equilíbrio em termos de tom (a relação dele com o pai, interpretado por Samuel L. Jackson, soa particularmente falsa). Outro grande problema é o final. Num filme como este, espera-se sempre que a última morte/cena seja a mais chocante de todas... Se o filme tivesse satisfeito essa expectativa minimamente, ele teria deixado uma impressão razoavelmente positiva (o resto do filme até que tem bons momentos pra quem curte esse gênero de horror). Mas o que acontece é o oposto: não só a armadilha final é a mais "tranquila" de todas, a mais mal elaborada, como os minutos finais de projeção são meio estranhos e frustrantes — as reviravoltas não convencem totalmente, as limitações de Chris Rock como ator dramático vêm à tona, e o filme acaba terminando em seu ponto mais baixo. A lição que fica acho que é: não brinque com o Princípio da Ascensão.

Spiral: From the Book of Saw / 2021 / Darren Lynn Bousman

domingo, 20 de junho de 2021

Luca

Animação da Disney/Pixar que acabou indo direto pro Disney+ por causa da pandemia, embora isso não tenha me parecido tão terrível neste caso, pois o filme já lembra o tipo de produção menos ambiciosa que era lançada direto em DVD no passado. A história é sobre 2 amigos na Itália que são monstros marinhos, mas têm o poder de assumir a forma humana quando estão fora da água — e a necessidade de esconder suas verdadeiras identidades em público acaba gerando uma série de conflitos que farão o público refletir sobre preconceito, racismo, aceitação LGBT, etc (ou seja, está mais pra A Forma da Água do que pra A Pequena Sereia).

O Idealismo Corrompido é algo que pesa aqui, como já dava pra notar no trailer. Não só os protagonistas são losers, "underdogs" autodeclarados, como o filme vem nessa onda de animações que se passam em lugares fora dos EUA, e exaltam o modo de vida "simples" das culturas estrangeiras. Há diversas referências ao cinema de Fellini — um cartaz de La Strada em uma praça, uma menção a Mastroianni, e o próprio nome da amiga ruiva de Luca parece uma homenagem a Giulietta Masina (assim como a celebração da contra-cultura dos anos 60 em Cruella, este é mais um exemplo da Disney fazendo um pacto com o Anti-Idealismo pra se adequar aos tempos atuais). Mas tirando essas coisas (que já seriam o bastante pra me dar preguiça), minha principal queixa é que o filme só faz sentido quando visto por essa ótica da mensagem social. Se você assisti-lo como entretenimento, o roteiro não se sustenta. Toda a mitologia dos monstros é mal desenvolvida, os personagens centrais não são muito carismáticos, e a ação central que move a história (o desejo de vencer a competição pra ganhar uma lambreta) é tão banal e inconvincente que não empolga ninguém.

Luca / 2021 / Enrico Casarosa

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Em um Bairro de Nova York

Versão para o cinema do musical de Lin-Manuel Miranda (criador de Hamilton) sobre imigrantes latinos vivendo em Nova York. Já tinha visto no teatro e achado um derivado fraco de West Side Story, e o filme não mudou essa impressão.

(Os comentários a seguir foram baseados nas notas que fiz durante a sessão.)

- Um "Musical Naturalista" me parece uma contradição em termos, mas aqui eles dão um jeito de unir a estética de musicais a uma história cujo principal objetivo é expor o cotidiano e dramas sociais da comunidade latina de Nova York — mostrar como eles são maltratados pelo sistema, como sofrem com o racismo, com a xenofobia, etc.

- Na crítica de Juntos Novamente, eu comentei como, nos melhores musicais, as canções são motivadas por sentimentos positivos, intensos, e decorrem de eventos importantes na trama. Aqui (seguindo as premissas do Naturalismo) as canções já servem principalmente para expor as condições sociais dos latinos, e elas podem surgir do nada, não dependem de eventos narrativos, até porque o filme não tem trama, é apenas uma exploração da comunidade latina e seus diversos membros.

- Naturalismo: os personagens são todos pessoas comuns, sem grandes ambições ou virtudes de caráter (vivem pelo lema "Paciência e Fé" e têm como maior "sonho" ganhar na loteria!) — e o filme espera que a gente se identifique com eles com base nessa normalidade, nessa não-excepcionalidade.

- Os toques de fantasia (manequins ganhando vida etc.) são comuns no gênero musical, mas aqui acabam destoando, justamente porque a história no fundo é sobre questões sociais, desilusões, não sobre escapismo, sobre transportar o espectador pra uma realidade melhorada.

- As músicas não fazem nada meu estilo. Um dos motivos de eu não gostar de musicais sung-through é o fato das músicas terem que ser escritas em função de diálogos — canções acabam ficando sem forma, sem estrutura, pois vão tendo que se arrastar conforme as necessidades do texto, e melodias dramáticas acabam sendo usadas para comunicar coisas banais, assuntos corriqueiros, etc. Aqui, o musical não é inteiro cantado (ou seja, tem espaço para diálogos normais), e mesmo assim existem canções nesse formato por algum motivo... Lembro de uma discussão sobre estética (do Leonard Peikoff acho) onde ele comentava que na arte romântica você não deve incluir coisas irrelevantes, mesmo que elas aconteçam na vida real, e dava o exemplo de um herói tendo dificuldade pra abrir uma garrafa de vinho num encontro romântico. Tudo o que você inclui numa obra de arte ganha uma importância existencial extra... Portanto, incluir detalhes assim seria desaconselhável até num trecho comum do filme, que dirá numa cena musical. Mas aqui, como a intenção do filme é justamente exaltar o ordinário, o comum, nós chegamos ao absurdo de um momento onde o protagonista não só tem dificuldade pra abrir uma garrafa num encontro (numa resposta irônica ao exemplo do Peikoff), como isso é enfatizado pela música — ele fica tentando tirar o lacre enquanto canta "how do you get this gold s**t off?" num tom poético (!). 

- Também não há um senso de unidade, de integração entre tema/música/cenário/conceito nas sequências musicais. Quando lembramos de Cantando na Chuva, por exemplo, é fácil lembrar qual era a música que Gene Kelly cantava na cena da chuva, que objeto ele carregava em suas mãos, e podemos até lembrar de alguns de seus passos de dança, pois tudo era integrado ao redor de um tema simples e memorável. Aqui, apenas um ou outro momento busca esse tipo de unidade (há um pouco disso em "Carnaval del Barrio") mas em geral é tudo bem aleatório e bagunçado.. A cena na piscina pública é sobre ganhar na loteria, a cena onde os personagens dançam na lateral do prédio não tem nada a ver com desafiar a gravidade, a cena da avó no metrô não tem nada a ver com metrô... O autor parece pensar: "desde que sejam latinos em locações de Nova York, está valendo."

- A contagem regressiva para o apagão dá um vago senso de estrutura pro filme, mas na prática é só um evento aleatório que nada tem a ver com as ações e propósitos dos personagens (digo o mesmo para a morte da avó). No máximo é um uso de simbolismo pra dizer que os latinos se sentem "powerless" em NY. É um problema comum em roteiros de filmes que não têm trama: eles não têm critério pra saber quando acabar, então inventam algum evento dramático (mas puramente acidental) perto do fim, após o qual vai se criando um "clima" de desfecho.

- Tudo parece horrível nos EUA: latinos não conseguem crédito, o ensino é caro demais, falta energia, o metrô que corta o bairro é barulhento, as condições de vida são péssimas, o trabalho é árduo (não dá nem pra vender raspadinha sem a competição do "big business"), não há nenhum personagem americano gostável no filme, o racismo é tão presente na sociedade que uma menina linda como a Nina não se sente respeitada nem em um ambiente universitário por não ser branca. Eles vivem nos EUA, mas detestam a cultura americana, não querem se integrar, querem que o bairro seja exatamente como seus países de origem... É como se a América Latina fosse um paraíso abandonado, mas mesmo assim, na hora de decidir se voltam pra lá, todos resolvem permanecer nos EUA (em West Side Story, pelo menos metade dos porto-riquenhos realmente gostava da América). Nina decide continuar com seus estudos nos EUA, mas em vez de perseguir seu sucesso profissional como antes (o sonho americano a essa altura já parece uma farsa), agora seu objetivo será lutar por mudanças políticas... Ou seja, em vez de mostrar imigrantes como pessoas ambiciosas, produtivas, independentes, que podem trazer valor ao país, o filme acaba reforçando a paranóia de muitos conservadores que acham que imigrantes vão pra lá só pra viver às custas do governo, tirar o que é deles, subverter a cultura, etc.

In the Heights / 2021 / Jon M. Chu

Mare of Easttown

Série policial da HBO com Kate Winslet no papel principal. A maioria das séries eu abandono logo no primeiro episódio, e essa quase não passou nesse meu primeiro "teste", mas minha curiosidade em relação à trama e ao mistério de assassinato estilo whodunit me fez seguir em frente. Minha resistência inicial surgiu por conta do tom excessivamente pesado da história (queixa que tive também em relação a Sharp Objects) — Kate Winslet está bastante desglamourizada, interpreta uma mulher quebrada emocionalmente, que raramente sorri, a série tem uma atmosfera nublada, tudo é meio marrom, em escalas menores, os relacionamentos são todos conflituosos, etc. Mas apesar disso, fica sempre a sensação de que a história está caminhando para algo melhor, que seu objetivo no fundo é mostrar uma evolução da protagonista (não apenas ficar remoendo suas tragédias), e surpreender o espectador com reviravoltas e revelações cuidadosamente plantadas ao longo dos 7 episódios — e nesse sentido, a série cumpre sua promessa. Algumas subtramas me pareceram jogadas ali só pra preencher o tempo (como o romance da filha de Mare, ou o sumiço de 2 garotas que consome boa parte dos episódios mas não contribui muito para a investigação central), mas de forma geral, é uma série bem escrita, inteligente, com personagens ricos, ótimas atuações (além de Kate, a amiga dela interpretada por Julianne Nicholson tem um arco espetacular), e principalmente, uma trama instigante com 3 excelentes episódios finais.

terça-feira, 15 de junho de 2021

Juntos Novamente

Curta-metragem da Disney que foi exibido junto com Raya e o Último Dragão nos cinemas. Visualmente é um trabalho incrível, mas pra mim é um daqueles "anti-musicais" estilo La La Land que fazem referências a musicais clássicos apenas pra manchar o gênero com o espírito tedioso dos tempos atuais. Além da visão negativa da velhice (a ideia de que pessoas mais velhas são sempre inativas, sem propósito, e suas únicas alegrias só podem vir de lembranças do passado) o que mais me incomodou no filme foi sua atitude em relação à felicidade (simbolizada pela dança e pela música). Nos bons clássicos do gênero, um número musical surge normalmente como consequência de alguma conquista, alguma emoção que, de tão intensa, não pode ser contida dentro dos personagens, e por isso precisa ser manifestada musicalmente. Por exemplo: em Cantando na Chuva, a cena famosa de Gene Kelly na chuva ocorre logo após ele e seus parceiros terem uma ideia brilhante para um filme que estão gravando — uma solução criativa que poderá salvá-los de um grande fracasso. Nesse momento, o futuro é promissor para o protagonista: seu sucesso profissional parece certo, ele encontrou um novo amor, e é com base nesse entusiasmo que Gene começa a cantar e a dançar. Essa abordagem reflete a noção de que a felicidade é uma consequência da conquista de valores importantes no mundo real, e reforça a ideia de que nossos objetivos podem ser atingidos, que dificuldades podem ser superadas com atitudes inteligentes, etc. Contraste isso com o que acontece em Juntos Novamente... Aqui, o protagonista é um senhor rabugento, infeliz (sem um motivo claro) e que não tem nenhum motivo específico para se alegrar também. Ele apenas "decide" ser feliz de um minuto para o outro, pois percebe que sua infelicidade deixa sua esposa mal. Ou seja, "felicidade" é apenas um pequeno teatro que ele está disposto a criar por consideração a ela, o que não convence o público, e acaba transmitindo a ideia de que felicidade é uma ilusão. Ele também recebe a ajuda de uma chuva mágica que faz com que ele seja jovem de novo, reforçando a noção de que idade é sinônimo de tristeza. Esse artifício cria também uma associação estranha entre chuva (um símbolo de mau tempo) a alegria. Em Cantando na Chuva, Gene Kelly dança apesar da chuva... É como se ele estivesse tão feliz que nem a chuva conseguisse estragar seu entusiasmo. Aqui, já há a sugestão de que a felicidade é estimulada pela chuva e até depende da chuva em partes (não entendi exatamente a mensagem por trás disso, mas é o tipo de inconsistência que não me surpreende no cinema atual). SPOILER: No fim, a chuva vai embora, e o personagem percebe que não poderá sustentar aquele nível elevado de felicidade o tempo todo — afinal, ele não é mais jovem. O filme termina com eles num estado mais moderado de contentamento que, na visão dos autores, parece ser o máximo que o entretenimento tem o direito de inspirar no público. Fica aí mais uma ilustração para o fenômeno do Idealismo Corrompido.

Us Again / 2021 / Zach Parrish

terça-feira, 8 de junho de 2021

Bo Burnham: Inside

Especial totalmente criado e filmado por Bo Burnham, que basicamente é uma sequência aleatória de sketches e canções metalinguísticas e paradoxais que ele foi gravando em casa ao longo da pandemia, e que exploram seus dilemas na criação do próprio especial, questões de saúde mental, e suas observações cínicas a respeito da sociedade moderna (ele não tem nada de muito sólido a dizer, mas acho que fazer referências a coisas como Instagram e Jeff Bezos em tom sarcástico já é o suficiente para alguns). Pessoalmente acho a atitude de Burnham um tanto irritante (toda a tentativa de conciliar sua egolatria com seu "white guilt" — o desejo de parecer genial, demonstrar todos os seus talentos, brigando com a crença de que é um pecado ter autoestima ou parecer superior em qualquer coisa). Sua criatividade é inegável, mas acaba sendo um exercício vazio, um exemplo do que acontece com pessoas altamente capazes quando desprovidas de ideais e propósitos positivos (tenho certeza que Burnham não desenvolveu todas as suas habilidades como músico, videomaker, escritor e intérprete ao longo da vida pensando que no fim elas serviriam apenas como instrumento para auto-ridicularização). Há instantes engraçados e coisas a serem apreciadas na execução do projeto, mas pra mim é incômodo ver alguém usando seus talentos dessa forma — a sensação foi mais ou menos a de assistir um milionário queimando seu dinheiro e usando-o como papel higiênico em frente às câmeras na tentativa de amenizar sua culpa e ganhar a simpatia do público.

domingo, 6 de junho de 2021

Invocação do Mal 3: A Ordem Do Demônio

Assim como os outros 2, achei muito bem produzido e caprichado visualmente. Senti um pouco a falta da direção de James Wan, que garantiu sustos melhores e set pieces mais memoráveis aos filmes anteriores... A premissa aqui é interessante, e gostaria até que eles tivessem explorado melhor a parte toda do julgamento de Arne, que acaba ficando em segundo plano. Uma das limitações da franquia (e que aqui ficou mais evidente), é que os protagonistas sempre parecem um pouco distantes e unidimensionais, o que enfraquece a história. Não são pessoas reais com as quais podemos nos identificar — em partes pelo fato deles serem investigadores paranormais, figuras muito distantes da nossa realidade (a graça de filmes de terror muitas vezes está no fato de eventos extraordinários estarem acontecendo a pessoas comuns, que jamais esperariam aquilo), mas em partes pela ausência de toques de caracterização que os tornem mais palpáveis... Acho importante o uso de arquétipos em filmes, mas é sempre necessário acrescentar algumas peculiaridades e traços de caráter marcantes a esses arquétipos para torná-los indivíduos convincentes, carismáticos (como o fato de Indiana Jones ter medo de cobras), se não, nunca sentimos que conhecemos realmente os personagens, que temos uma relação próxima com eles (um caso mais claro disso seria a própria vilã do filme, que parece mais um boneco de trem-fantasma do que um personagem de fato). Ainda assim, acho que o filme mantém a série respeitável, enquanto A Maldição da Chorona (do mesmo diretor) e alguns dos outros spin-offs lutam pra chegar no mesmo padrão.

Invocação do Mal 3: A Ordem Do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It / 2021)

PRA QUEM GOSTOU DE: Invocação do Mal 1 e 2 / Sobrenatural 1 e 2 / Annabelle (2014) / Ouija: Origem do Mal (2016)