quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
Senna
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Tim's Vermeer
Documentário de 2013 sobre um inventor que decide recriar um quadro do Vermeer (pintor holandês do século XVII, considerado um dos maiores de todos os tempos), apesar de nunca ter pintado antes. Como ele faz isso? Desvendando primeiro a técnica que (provavelmente) permitiu Vermeer criar imagens tão realistas antes da invenção da fotografia — uma descoberta que desafiará as suposições de muitos apreciadores de arte e historiadores (e também a de objetivistas, que terão que lembrar que "o conhecimento é contextual" e reavaliar a afirmação de Ayn Rand de que Vermeer teria sido "o maior de todos os artistas").
Produzido por Penn Jillette e Teller (a dupla de ilusionistas), Tim's Vermeer é um registro extraordinário de uma mente científica em ação.
domingo, 1 de dezembro de 2024
Diagnósticos e Remédios Psiquiátricos
Depois de cerca de quatro anos experimentando uma série de medicamentos e terapias, além de testar ficar sem nada, resolvi voltar a tomar os remédios que usei entre 2012 e 2020, que já tinham se provado eficazes (Prozac + Risperidona). Em 2020, parei com eles porque me acostumei tanto com o efeito que comecei a achar que não precisava mais ou que eles não estavam mais funcionando. Foi só parando e, agora, voltando a tomar, que percebi o quanto eles eram benéficos para mim.
A grande surpresa nisso tudo foi perceber o quanto meu estado mental "normal" hoje, sem nenhum medicamento, é atípico e desconfortável. Filosofia, terapia, alimentação, sono, autoajuda, meditação, autoconhecimento — quando eu buscava bem-estar apenas por meio dessas coisas, era como tentar aliviar uma perna quebrada com homeopatia. Essas práticas são ótimas quando você já tem uma base mínima de bem-estar biológico, mas, na minha visão, elas não conseguem criar essa base.
Já fiz tratamentos com Prozac (Fluoxetina), Risperidona, Escitalopram, Venvanse e Wellbutrin (Bupropiona). No meu caso, o remédio que realmente dá "match" e parece fazer a diferença para mim é o Prozac — o que sugere que, por algum motivo, eu tenho baixos níveis de serotonina no cérebro. Nunca tomei Prozac sem estar também tomando Risperidona, o que dificulta entender o papel de cada remédio isoladamente, mas o Prozac tem um efeito tangível, quase imediato, que não me parece possível atribuir à Risperidona.
E qual é o diagnóstico? Qual a causa desses desconfortos que me levam a tomar remédios? Bem, aí as coisas começam a ficar mais complexas. Já cogitaram que eu tivesse Asperger (TEA) ou TDAH — mas, quando passei por uma avaliação neuropsicológica em 2021, essas hipóteses foram descartadas (embora a avaliação não fosse específica para medir TDAH).
Isso não anula o fato de que, desde criança, eu tenho características psicológicas atípicas e uma série de sensibilidades e desconfortos que me empurram na direção dos transtornos de personalidade do grupo C — sintomas como ansiedade social, traços de TPOC, distimia — características não incomuns em pessoas com alta Conscienciosidade e Neuroticismo no teste Big Five. Mas, no meu caso, não parecem configurar um transtorno real.
A única coisa "diferente" que a avaliação neuropsicológica apontou foi um quadro de "superdotação" (que nada mais é do que os 2% da população que se saem melhor em um conjunto de testes cognitivos — nada tão raro quanto se pensa). Estudos modernos sugerem que pode haver uma relação entre superdotação e as sensibilidades e desconfortos que mencionei, mas isso ainda não é amplamente reconhecido pela ciência.
Estou registrando isso aqui não só para que vocês me conheçam melhor, mas também porque acredito que pode haver uma conexão entre perfis psicológicos, níveis de serotonina no cérebro e preferências artísticas, gostos, personalidade, etc. Portanto, se você se identifica com muitas de minhas experiências, é possível que tenha um "set-up" mental parecido e que, eventualmente, possa se beneficiar desse relato.
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Moana 2
Pais, tios e avós, não cometam o ato de negligência estética de levar suas crianças pra ver Moana 2, uma série de segunda linha para streaming transformada em filme só pra ajudar o Bob Iger a pagar as contas da Disney, após uma série de fracassos — todos frutos da mesma mentalidade de usar personagens populares pra empurrar produtos medíocres e ganhar um dinheiro fácil, enquanto a reputação da empresa escorre pelo ralo.
Moana 2 / 2024 / David G. Derrick Jr., Jason Hand, Dana Ledoux Miller
Satisfação: 2
Categoria: Idealismo Corrompido
Filmes Parecidos: Wish: O Poder dos Desejos (2023) / A Caminho da Lua (2020)
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Aqui
Mais um daqueles experimentos frustrantes do Robert Zemeckis, em que ele coloca um gimmick ou uma inovação técnica acima do entretenimento. A ideia de um filme inteiro onde a câmera não se mexe até me pareceu uma restrição interessante a princípio, que poderia resultar em um exercício criativo de direção. Mas eu imaginava que haveria uma tentativa de contar uma história com começo, meio e fim — que os saltos temporais mais bizarros se limitariam à introdução e que, depois, conheceríamos o casal central (Tom Hanks e Robin Wright) e seguiríamos com um drama mais ou menos linear. Mas não é o que acontece. Os saltos temporais (que incluem até a era jurássica) persistem ao longo do filme, de forma que você vê apenas fragmentos da vida do casal. A história nunca começa, porque o filme nunca escolhe um tema central para desenvolver.
A tagline do filme diz: "Alegria, esperança, perda, amor, a vida acontece...". Essa frase poderia servir para um filme como Laços de Ternura também. Mas, em Laços de Ternura, o filme foca na jornada de uma mãe superprotetora que precisa aprender a deixar a filha sair do "ninho". Há um conflito humano específico sendo discutido, e é esse tema que nos prende à história. Aqui, não há um tema equivalente. Há apenas uma colagem de momentos aleatórios de alegria, esperança, perda e amor, mas os personagens de Hanks e Wright permanecem o "casal central genérico" — uma representação Naturalista de uma típica família americana, como se o observador estivesse a milhas de distância (o "vale da estranheza" também não ajuda a tornar os personagens mais relacionáveis).
Zemeckis parece estar vivendo um real conflito em relação às Categorias do cinema. Ele é um Idealista por natureza, mas que, por algum motivo, tem dificuldade de se limitar a essa categoria, ao mesmo tempo em que não consegue abandoná-la completamente. Aqui, temos essencialmente um filme Naturalista com toques de Experimentalismo. Porém, ele não irá agradar ao público alternativo, que acharia interessante experimentos como o de Arca Russa (um filme feito em apenas um take), porque o mise-en-scène de Aqui é totalmente Idealista, "comercial". Há um paradoxo na tela. Parte do filme (cenário, música, atuações, luz, diálogos) é romantizada, escapista, mas a câmera catatônica, que nunca se mexe e nunca responde ao conteúdo (um artifício típico do Experimentalismo), comunica algo oposto.
O mise-en-scène sugere um artista que molda o universo para expressar certas ideias, para projetar seus valores, mas a câmera fixa é uma negação desse poder. Ela reflete a não seletividade, o não "moldar o universo". O resultado é que esse olhar indiferente, que atravessa os séculos sem responder a nada, passa a sensação de que a vida é efêmera, sem sentido, enquanto outros aspectos do filme estão lutando para dar sentido à vida. Quem ganha a disputa? A falta de sentido. Pois o Idealismo requer que todos os elementos da obra trabalhem em conjunto para criar a magia. O problema é que, como filme sobre vazio existencial, Aqui é água-com-açúcar demais para satisfazer aqueles que se divertiriam com uma reflexão mais sombria sobre a passagem do tempo.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Redes Sociais e Tecnologias de Rejeição
domingo, 24 de novembro de 2024
Cultura - Novembro 2024
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Emilia Pérez
Sempre me dão preguiça essas desconstruções gratuitas de gênero, mas a ideia aqui de misturar musical com drama de narcotráfico é até interessante do ponto de vista temático, considerando que a protagonista é um desafio ao conceito de gênero. O problema é que o filme acaba ganhando relevância mais pela combinação exótica de elementos do que pela qualidade dos elementos em si: pela parte musical ou pelo drama de narcotráfico isoladamente, Emilia Pérez não seria um filme muito memorável.
O destaque fica mesmo para a performance da Karla Sofía Gascón, que encarna tão bem a personagem-título que você quase acredita que sua esposa e filhos não conseguiriam reconhecê-la depois da transição. Mas pensando em Oscar de Filme Internacional, por enquanto ainda prefiro o candidato brasileiro.
Emilia Pérez / 2024 / Jacques Audiard
Satisfação: 5
Categoria: Idealismo Corrompido / Experimentalismo
Filmes Parecidos: Cassandro (2023) / Hamilton (2020) / Romeu + Julieta (1996) / Sicario: Terra de Ninguém (2015) / Evita (1996)
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Wicked
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Gladiador II
sábado, 16 de novembro de 2024
Aviso
domingo, 10 de novembro de 2024
Ainda Estou Aqui
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Megalópolis
Categoria: Não Idealismo (Experimentalismo / Filme de Autor)
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Outubro 2024 - outros filmes vistos
terça-feira, 22 de outubro de 2024
O Brutalista
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
A Substância
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Pesquisa de tráfego
Queria ter uma noção de quantas pessoas realmente veem uma postagem nova no blog. (Google Analytics e ferramentas do tipo acho meio confusas por causa dos bots, dos visitantes recorrentes, VPNs, etc.)
Vote apenas 1 vez se visualizar esse post. É anônimo. Tks! (Estou vendo se ainda faz sentido fazer certos posts aqui).