terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Extras - Janeiro 2023

20/1 - Ainda estou tentando me organizar com os novos formatos, mas pra não acumularem muitos filmes que eu já assisti e não comentei nada, vou pelo menos deixar a avaliação geral dos últimos aqui...



M3gan (2022 / Gerard Johnstone)

Satisfação: 8

Categoria: I-

Filmes Parecidos: Maligno (2021) / O Homem Invisível (2020) / Pânico (2022)



I Wanna Dance with Somebody - A História de Whitney Houston (2022 / Kasi Lemmons)

Satisfação: 8

Categoria: I-

Filmes Parecidos: Bohemian Rhapsody (2018) / Dreamgirls: Em Busca de um Sonho (2006)


Emily the Criminal (2022 / John Patton Ford)

Satisfação: 7

Categoria: I-

Filmes Parecidos: As Viúvas (2018) /  O Abutre (2014) / Tudo por Justiça (2013)




12/1 - Vi o piloto de The White Lotus, série da HBO que ganhou dois prêmios importantes anteontem no Globo de Ouro e que vem fazendo bastante sucesso de público (tenho visto muitos memes nas redes sociais envolvendo a personagem da Jennifer Coolidge). A série parece inteira baseada no ressentimento contra os ricos. Toda a "graça" está em ver pessoas ricas sendo ridicularizadas, sendo retratadas como fúteis, mimadas, tendo suas férias num resort de luxo sutilmente arruinadas (às vezes até de propósito pela equipe do resort) para o "deleite" do espectador. Jennifer Coolidge tem momentos divertidos, mas é uma herdeira completamente alienada, o que reforça essa ideia. Há um casal que paga pela suíte mais cara do hotel pra passar a lua de mel, mas é colocado numa suíte inferior por engano — e a indignação do hóspede é retratada como prova indiscutível de que ele é fútil e elitista (a série faz questão de pontuar que quem pagou pela viagem foi a mãe dele, pra mostrar como ricos são inúteis e não merecem o que têm). O episódio chega a fazer graça do fato de um dos hóspedes estar com os testículos inchados, possivelmente por causa de um câncer, e cria todo um skit cômico onde ele está tentando falar com o médico pra receber o diagnóstico de câncer, mas a ligação fica dando errado, aumentando sua ansiedade e fazendo ele parecer um loser. Parece que ricos são a única minoria que você pode ridicularizar hoje no entretenimento sem sofrer consequências. Sempre que você vê um filme que se passa num ambiente associado a luxo, serviços de alto padrão, frequentado por pessoas privilegiadas (Glass Onion, Triângulo da Tristeza, O Menu, BlondeNão Se Preocupe, Querida, Casa Gucci) há grandes chances de todo mundo ali ser perverso, corrupto, ou no mínimo patético, alienado, da riqueza ter sido conquistada de forma ilegítima, e desses símbolos de privilégio terminarem destruídos no fim da história — a mansão incendiada, o iate afundado, os ricos assassinados — uma projeção curiosa dos desejos do público, e que vai condicionando a sociedade pra achar merecido todo tipo de punição/regulação imposta sobre os ricos (um pouco como os filmes de propaganda da Segunda Guerra, que ajudavam a criar caricaturas de japoneses, alemães, pra dessensibilizar o público e tornar natural qualquer tipo de hostilidade contra eles).

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Tár



Tár / 2022 / Todd Field

Satisfação: 7

Categoria: I / NI

Filmes Parecidos: Trama Fantasma (2017) / Steve Jobs (2015)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Babilônia



Babylon / 2022 / Damien Chazelle

Satisfação: 3

Categoria: NI / AI

Filmes Parecidos: O Lobo de Wall Street (2013) / Era uma Vez em Hollywood (2019) / O Grande Gatsby (2013) / La La Land (2016) / Blonde (2022)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Gato de Botas 2: O Último Pedido



Puss in Boots: The Last Wish / 2022 / Joel Crawford

Satisfação: 4

Categoria: IC / AI

Filmes Parecidos: Viva: A Vida é uma Festa (2017) / Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020) / Homem-Aranha no Aranhaverso (2018)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Os Fabelmans

Como fã de cinema e alguém que tem Steven Spielberg como um grande ídolo, claro que assisti ao filme totalmente interessado, não só pela execução como pelo conteúdo em si. Não sei se espectadores que não têm essa ligação especial com o material ficarão igualmente envolvidos, pois o filme tem uma narrativa mais episódica, semi-Naturalista, que vai ilustrando acontecimentos importantes da vida de Sammy Fabelman ("avatar" de Steven), mas que não são integrados por um tema único, uma mensagem tão focada para o público. O principal propósito parece ser biográfico; representar os anos de formação de Steven de forma bonita, nostálgica, mas respeitando suas memórias e experiências pessoais, sem formatar os eventos demais pra se encaixar num enredo dinâmico, numa experiência excitante, etc. Ao mesmo tempo em que o projeto tinha tudo pra ser extremamente sentimental, catártico, eu já suspeitava que Spielberg não abusaria muito da "manipulação" emocional aqui, pois ele sempre foi muito modesto ao falar de si mesmo, e seria um tanto estranho ele usar seus poderes como diretor pra glorificar sua própria trajetória; tentar fazer sua vida parecer tão mágica quanto a de Elliot, Peter Pan, ou tão audaciosa quanto a de Frank Abagnale Jr. etc. E de fato ele optou por essa abordagem mais sutil, dando ênfase mais para os detalhes de sua criação, dramas familiares, conflitos sociais, e claro, sua paixão pelo cinema — mas sem cair num esquema de narrativa de sucesso. O filme termina antes de Sammy fazer seu primeiro longa, e nem mostra o famoso episódio onde Spielberg saltou do trenzinho da Universal e se infiltrou no estúdio. Mas apesar dessa narrativa mais episódica, o filme permanece interessante pois é sempre pontuado por detalhes ricos, momentos memoráveis: logo na cena de abertura, o filme ilustra de forma inteligente o contraste entre os Cientistas e os Artistas da família de Spielberg, sugerindo que algo nessa tensão foi importante para o desenvolvimento dele como cineasta — já que o cinema requer uma integração das duas áreas, e Spielberg melhor do que ninguém soube utilizar a tecnologia pra criar efeitos inovadores no cinema, mas sem nunca deixar de lado o toque artístico que veio de sua mãe — quem mais poderia ter pensado numa espécie avançada de alienígenas que visita a Terra e se comunica com os seres humanos através de música? O filme não aborda a dislexia que Spielberg descobriu só depois de adulto, mas esse tema da arte ser sua melhor forma de comunicação, de imagens serem ferramentas mais poderosas que palavras, é explorado em alguns momentos do filme, como na sequência em que ele conquista o respeito do bullies através do que ele faz com a câmera durante a excursão do colégio, ou então na cena mais comovente do filme, onde em vez de ter uma conversa direta com sua mãe sobre ela estar tendo um caso com outro homem, ele prefere dialogar com ela através de imagens em movimento — Steven, que sempre usou filmes pra provocar inspiração, momentos alegres, teve que fazer naquele closet provavelmente a sessão de cinema mais difícil de sua vida. É preciso destacar também a cena final onde Sammy encontra John Ford. Se em termos de enredo o filme não apresenta um desfecho conclusivo para a jornada de Sammy, terminar o filme com esse encontro icônico (e ainda com direito a uma aparição especial de outro ícone do cinema) é um toque que reflete o storyteller talentoso que Steven sempre foi.

The Fabelmans / 2022 / Steven Spielberg

Satisfação: 8

Categoria: I / NI

Filmes Parecidos: Spielberg (2017) / Boyhood: Da Infância à Juventude (2014) / Belfast (2021) / Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial (2022)


terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Decisão de Partir


Decision to Leave / 2022 / Park Chan-wook

Satisfação: 4

Categoria: NI

Filmes Parecidos: Drive My Car (2021) / Em Chamas (2018)