
Apesar de não ser literalmente um remake, não deixa de ser mais um exemplo dessa onda de reviver produções escapistas dos anos 80 e 90 e transformá-las em filmes ultraviolentos e sombrios (Hollywood tem me lembrado o Cemitério Maldito, onde as pessoas tentavam ressuscitar entes queridos, mas eles acabavam voltando como zumbis do mal - vamos ver como será o Robocop do José Padilha). O lado bom aqui é que o filme tem um enredo razoavelmente bem estruturado, além de um herói que luta por justiça e que não é moralmente ambíguo (como de costume). Isso não quer dizer que seja um filme muito positivo. Embora a história seja essencialmente positiva ("mocinho vence bandidos"), há um desencontro entre estilo e conteúdo: o filme foca tanto na violência física, nas balas que rasgam a pele dos vilões em câmera lenta, que a emoção predominante acaba sendo de horror e tragédia.
De qualquer forma, o filme é visualmente interessante (as cenas de morte em câmera lenta chegam a ser bonitas às vezes), há um enredo acompanhável, e a personagem de Olivia Thirlby (a parceira de Dredd) traz um alivio inocente à trama que torna a atmosfera menos escura e claustrofóbica.
Dredd 3D (EUA, Reino Unido, India / 2012 / 95 min / Pete Travis)
INDICAÇÃO: Quem gostou de O Vingador do Futuro, Resident Evil 5: Retribuição, Watchmen, Hellboy, etc.
NOTA: 6.0