Dirigido por David Cronenberg (A Mosca, Marcas da Violência), o filme mostra Robert Pattinson como um bilionário excêntrico em sua limousine atravessando o trânsito caótico de Manhattan para ir ao cabeleireiro. Teatral e alegórico, o filme pretende ser uma crítica ao capitalismo, caracterizando o bilionário como um ser inconsequente e detestável.
Só que falar asneiras não é o mesmo que fazer uma crítica, e o filme não pode ser levado a sério em termos intelectuais - ele não discute fatos, não prova seus argumentos, não mostra as alternativas - apenas solta opiniões pretensiosas e sem fundamento em diálogos esquizofrênicos que fazem a gente questionar seriamente a saúde mental do autor.
Discordo profundamente dos ataques do filme ao dinheiro e à razão, mas mesmo que o conteúdo fosse diferente - mesmo que fosse uma crítica válida à sociedade - ainda assim seria um filme medíocre em termos de história, diálogos, produção, etc. Nem aqueles que concordam com ele deverão ficar muito satisfeitos (das 10 pessoas que estavam na minha sala, 4 saíram na metade).
Cosmopolis (França, Canadá, Portugal, Itália / 2012 / 109 min / David Cronenberg)
INDICAÇÃO: Quem gostou de O Preço do Amanhã, O Nevoeiro, Ensaio Sobre a Cegueira.
NOTA: 2.0
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