sábado, 19 de setembro de 2015

Maze Runner: Prova de Fogo

ANOTAÇÕES:

- O ambiente e a situação são menos interessantes em relação ao primeiro filme (onde havia o mistério do labirinto). E não há uma discussão política interessante como em outros filmes do gênero. A história se resume a um pega-pega. O objetivo dos personagens é apenas escapar, mas não há uma meta interessante além dessa.

- Como no primeiro filme, a produção é acima da média. A direção é eficiente, a fotografia é boa, a direção de arte também, etc.

- Os personagens em geral são vazios, sem muita personalidade, não há relações interessantes entre eles. Falta uma dimensão mais humana na história, além do objetivo físico.

- História vai ficando repetitiva. O filme está o tempo todo alternando entre momentos de perigo/momentos de segurança/momentos de perigo/momentos de segurança. E estamos sempre sendo introduzidos a personagens que parecem confiáveis, mas que depois se revelam não confiáveis. A história não parece estar progredindo em direção a algo interessante. Está apenas preocupada em prender a atenção de momento a momento, de maneira mecânica, e não fazendo a gente se importar pelos personagens, se envolver emocionalmente ou intelectualmente na história, etc.

-  Linda a tempestade de raios! Os efeitos especiais são de bom gosto.

- Várias das Tendências Irritantes em Hollywood, em especial a ausência de diversão, o foco em relacionamentos conflituosos, desagradáveis.

- Filme longo! 2 horas e 11 minutos. Depois de 1 hora e meia vai ficando um tédio.

- O herói não faz nada de memorável. Está sempre sendo salvo pelos amigos (a tendência atual dizer de que o que importa é o trabalho em equipe, e não qualidades individuais).

- Assim como no primeiro filme (que tinha a morte do Chuck pra tentar dar um final dramático pra história), quando o menino oriental é capturado, é feito um grande drama disso, entra uma música épica, o personagem grita intensamente - só que esse japa é um personagem secundário pelo qual ninguém dava a mínima. Não é um bom evento pra marcar o fim da história.

- SPOILER: Mais "Tendências Irritantes": no fim o herói decide voltar e se sacrificar pois não pode deixar o amigo pra trás (auto-sacrifício = heroísmo).

CONCLUSÃO: Produção bem feita, mas com roteiro mais fraco que o da primeira parte e com ação menos empolgante.

(Maze Runner: The Scorch Trials / EUA / 2015 / Wes Ball)

FILMES PARECIDOS: Divergente (série) / Jogos Vorazes (série) / O Doador de Memórias / Harry Potter (série)

NOTA: 5.5

7 comentários:

Djefferson disse...

Esse filme possui aquelas criaturas estranhas e denominações "infantis" pras coisas, como quando chamavam os recém-chegados de "fedelhos"?

Caio Amaral disse...

Tem uns zumbis que eles chamam de Cranks.. tipo isso? Não entendi direito a história das denominações infantis, rs.

Djefferson disse...

É exatamente isso. Pra mim é muito infantil ficar dando nomes diferentes pras coisas. Se é um zumbi, todos sabem que o nome é zumbi, não tem porque ficar dando nomes inventados pra tudo que é coisa. Diferentemente das séries Harry Potter ou Senhor dos Anéis, onde tal objeto ou criatura existia somente naquele universo e nunca tínhamos visto antes, então ganhava sua própria denominação. No entanto, quando já existia, não ficavam dando nomes "engraçados", aranhas eram aranhas, orcs eram orcs, espectros eram espectros e assim por diante.
Meu filho fazia isso quando brincava, dava um nome esquisito pro cachorro, pro gato pro pássaro, pra objetos, para os amiguinhos, mas ele era uma criança de 6 anos.
Quando no primeiro filme chamam de clareira a área onde ficam, faz sentido. Mas nomes como "clarianos", "fedelhos", "verdugos" etc, não é coisa de adolescente e sim coisa de criancinha.

Caio Amaral disse...

Entendi.. acho que eu nunca parei pra me irritar com isso.. hehe.. acho que faz parte da tentativa de criar um universo fictício pros filmes (em filmes futuristas ou de fantasia).. tipo.. em Alien, em vez de chamarem o bicho de alien, eles chamam de "Xenomorph".. em Laranja Mecânica eles também usam vários termos inventados, tipo "droogs" pra se referir aos amigos.. não sei se acho tão diferente de chamar os zumbis de "Cranks" em Maze Runner.. afinal eles não são zumbis no sentido clássico.. tipo pessoas mortas reanimadas.. são pessoas infectadas por um vírus que só existe no contexto do filme.. então pra mim tudo bem dar um nome diferente nesse caso..

Anônimo disse...

O comentário do colega acima me lembrou de algo: "A é A, B é B". Dane-se a criatividade, essa é a realidade e ponto final. Hehe

Djefferson disse...

Sr. Anônimo, não foi o que eu quis dizer. Não vou falar mais nada para que não se inicie uma discussão.

Caio Amaral disse...

Olha o barraco..