ANOTAÇÕES:
- Meryl convence e está bem de roqueira. Legal a forma como a relação entre ela e o outro cara da banda é revelada sutilmente através das performances.
- Elenco bom e caracterizações boas. O personagem da Meryl é interessante e gera uma série de conflitos só por ser quem ela é. Bem estabelecidos os contrastes e os conflitos entre a Meryl e o resto da família (ela não saber usar a caixa postal do celular, ela impressionada ao chegar na mansão, o detalhe do ex-marido ainda chamá-la pelo nome verdadeiro - uma forma inteligente de mostrar que ele não aprova a carreira dela, etc).
- Assustadora a filha (Mamie Gummer). Não gosto muito da performance dela. Ela tem uma presença extremamente bruta, agressiva, que destoa do tom familiar do filme. De repente parece que estamos vendo um filme sério sobre o suicídio. Sem falar que ela está muito masculinizada - não convence como uma mulher romântica, sofrendo por um homem.
- Filha chegando descabelada no restaurante caro é extremamente forçado. Se era pra ser cômico, não funcionou.
- Filho: "Eu nasci gay". Meryl: "Eu nasci Ricki". Os diálogos têm bons momentos!
- O enredo é interessante. Torcemos por essa reaproximação entre a Meryl e a família; pra eles aceitarem a Ricki como ela é. Legal a cena em que ela toca violão pra filha e pro Kevin Kline, a interação entre os 2 na cozinha (hilário a Meryl falando os códigos dos produtos).
- Chata a personagem da Maureen (nova esposa). Os personagens nesse filme são tão opostos que às vezes parecem não se encaixar no mesmo ambiente.
- SPOILER: Depois que a Meryl vai embora da casa do Kevin Kline, a história perde um pouco a força (e ainda falta muito pra acabar). A missão já foi cumprida: a filha já está bem melhor da depressão e a relação entre ela e o ex-marido foi restaurada. Não há muito mais o que esperar daqui pra frente. Romance entre Meryl e o cara da banda não empolga, e os números musicais parecem estar enchendo linguiça.
- SPOILER: Clímax um pouco forçado. Se você for pensar, a Ricki é simpática, talentosa, experiente, tem bom gosto musical, e seria super apropriada nesse casamento. Não há por que as pessoas resistirem tanto à música dela. Ela teria conquistado o público instantaneamente. Se você for pensar, também parece um pouco forçado os filhos rejeitarem tanto a mãe ao longo do filme. Ela é ótima.
CONCLUSÃO: Drama familiar convencional, mas com bons atores, personagens interessantes e diálogos acima da média.
(Ricki and the Flash / EUA / 2015 / Jonathan Demme)
FILMES PARECIDOS: Álbum de Família / Jovens Adultos / Simplesmente Complicado / Coração Louco / Juno
NOTA: 6.5
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