- O filme é juvenil (o que eu não acho ruim), mas demonstra um desejo intenso de não ser juvenil - de parecer maduro, adulto (como muitos adolescentes que querem se desprender de suas personalidades antigas - repare como Gus acha vergonhoso Hazel querer ir pra Disney, ou como a primeira frase do filme já anuncia ansiosamente pro público que esta não é uma comédia romântica superficial como as outras). Isso leva o filme a cometer um erro: em vez dele ser adulto sendo de fato mais profundo e elaborado psicologicamente, intelectualmente, esteticamente, etc, o filme tenta fazer isso cultuando o sofrimento, mostrando como ele é corajoso por falar de temas como o câncer - ele acha que ser triste, pessimista, o torna automaticamente mais profundo, o que não é verdade (Universo Malevolente). Então em vez de um romance juvenil onde adolescentes são saudáveis, bebem refrigerante e vão a parques de diversão, nós temos um romance igualmente juvenil, mas onde adolescentes são doentes, bebem espumante e viajam pra Amsterdã. Isso não é necessariamente mais maduro, só soa um pouco mais pretensioso.
- Atores principais estão bem, convincentes e têm ótima química. Não simpatizo muito pela protagonista pois ela tem postura de vítima, sofredora (algumas pessoas parecem se sentir atraentes quando demonstram que estão deprimidas, frágeis, o que me distancia, pessoalmente).
CONCLUSÃO: Não me entreguei emocionalmente, mas é um romance bem feito, com bons personagens e diálogos, uma produção de bom gosto... Esteticamente está uns pontos acima de outros sucessos adolescentes como Crepúsculo, etc.
(The Fault in Our Stars / EUA / 2014 / Josh Boone)
FILMES PARECIDOS: P.S. Eu Te Amo, Diário de uma Paixão, Um Amor para Recordar.
NOTA: 7.0
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