ANOTAÇÕES:
- Imagens / locações incríveis! Onde isso foi filmado?? A casa é sensacional. Todo o design de produção é muito bom (ainda mais quando você leva em conta que não é uma super-produção).
- Começo bem interessante (o bilionário trazendo o garoto pra mansão, o projeto secreto envolvendo inteligência artificial, etc). É surpreendente o Nathan ser um cara jovem, esportivo (ainda tenho a mentalidade antiga de que grandes empresários são senhores usando ternos!).
- Incrível o robô! Efeitos especiais excelentes. Ava parece sensível, inteligente e ao mesmo tempo perigosa, quase como um HAL-9000.
- Conversa sobre arte e Pollock é pretensiosa. Não concordo com o que o Nathan diz, e isso não tem a ver com o tema filme.
- A discussão deveria ser mais sobre metafísica: Ava tem ou não uma consciência? O que é consciência? Qual a diferença de uma mente humana pra uma máquina que imita as mesmas operações? Ava tem livre-arbítrio? O filme mal entra nessa discussão. O experimento todo só serve pra ver se Ava "engana" como humana. Mas mesmo que ela passe no teste, isso não prova nada que ela tem uma consciência.
- A discussão deveria ser mais sobre metafísica: Ava tem ou não uma consciência? O que é consciência? Qual a diferença de uma mente humana pra uma máquina que imita as mesmas operações? Ava tem livre-arbítrio? O filme mal entra nessa discussão. O experimento todo só serve pra ver se Ava "engana" como humana. Mas mesmo que ela passe no teste, isso não prova nada que ela tem uma consciência.
- O roteiro fica um pouco arrastado a partir do meio. Além da discussão filosófica ficar na superfície, emocionalmente o filme também não promete muito: não chega a virar um romance, nem um suspense/terror. É um filme de "atmosfera". O objetivo parece ser criar imagens bonitas e passar uma visão pessimista da tecnologia e dos negócios. Mas pelo menos tem bons atores e diálogos interessantes.
- SPOILER: Algumas ideias não convencem. Será que um lugar tão high-tech iria usar esse sistema antiquado de chaves pra abrir portas? Seriam possíveis todos esses cortes de energia? Nathan basearia mesmo toda a aparência de Ava na pornografia de um funcionário?
- SPOILER: Era pra ser surpresa que a Kyoko é um robô? Isso já era óbvio desde que ela apareceu! A "surpresa" de que o Nathan estava ouvindo as conversas durante os cortes de energia também é bastante previsível.
- SPOILER: Não faz sentido o Caleb planejar fugir com Ava. Ele está apaixonado por ela? Não sentimos isso. Na prática a relação entre os dois é bem esquisita e sombria (é diferente do filme Ela onde é possível acreditar que o cara está se apaixonando pelo computador). Caleb acha o Nathan imoral por manter Ava presa? Por que? Os dois nem discutem sobre isso. O diretor parece apenas querer criar conflitos entre os personagens, só que ele não consegue justificar muito bem esses conflitos.
- Se tudo o que Ava quer é escapar, por que ela já não atacou o Nathan quando ele entrou no quarto dela? Se ela tem poder sobre toda a energia da casa, ela não conseguiria simplesmente abrir as portas? Não se trata de uma prisão de segurança máxima. Todo o clímax parece forçado e acaba sendo insatisfatório.
CONCLUSÃO: Premissa interessante, ótimo visual, mas o roteiro é mal desenvolvido e todo o final não convence.
(Ex Machina / Reino Unido / 2015 / Alex Garland)
FILMES PARECIDOS: Sob a Pele / Ela / Planeta dos Macacos: A Origem / Sunshine - Alerta Solar / Solaris (2002)
2 comentários:
Caio, este filme está no cinema ou em catálogo?
Apelei pro PopcornTime nesse caso... O filme ainda não tem previsão de lançamento no Brasil...!
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