domingo, 3 de fevereiro de 2019

Outros filmes vistos - Fevereiro 2019

Últimos filmes vistos!

Free Solo (2018) - 8.0

Mandy: Sede de Vingança (2018) - 5.5

Creed II (2018) - 5.5

Alita: Anjo de Combate (2019) - 4.0

Assunto de Família (2018) - 3.0

Em Chamas (2018) - 4.0

Poderia Me Perdoar? (2018) - 7.0

No Portal da Eternidade (2018) - 6.5

Se a Rua Beale Falasse (2018) - 6.0

Vice (2018) - 4.0

16 comentários:

Anônimo disse...

Quais são os defeitos do filme?
Pedro.

Caio Amaral disse...

oi Pedro...! Falta de universalidade, motivação ideológica e não artística: ele requer que vc odeie republicanos e goste de políticas de esquerda pra simpatizar pela história.. Mas antes de mais nada falta de talento: roteiro ruim, diálogos ruins, diretor tentando parecer cool, copiando o estilo de outros cineastas mas sem ter a personalidade nem o talento deles..

Anônimo disse...

A verdade é que George W. Bush e Dick Cheney arruinaram o partido republicano e os Estados Unidos. Foram os conservadores dos sonhos da esquerda. Note-se que até hoje não foi feito um filme esculhambando Reagan.
Pedro.

Caio Amaral disse...

Sim, normalmente o Reagan é apenas citado em tom cínico nesses filmes.. inclusive no Vice.. mas não esculhambado, hehe.

Rodrigo E. disse...

Pretende assistir Creed 2, Caio?

Caio Amaral disse...

oi Rodrigo, é um dos próximos da lista.. talvez já veja entre hoje e amanhã..!

Daniel disse...

Fiquei curioso pela nota de Creed II. O que não gostou nele?

Dood disse...

Pode comentar Alita?

Caio Amaral disse...

Oi Daniel, acho que muito do mérito do primeiro Creed tinha a ver com a direção do Ryan Coogler.. pois em termos de roteiro, conteúdo, etc, esses filmes de esporte costumam ser bem clichês.. é quase sempre a direção / execução do filme que os salvam da mesmice.. e essa parte 2 já achei uma execução bem mais genérica, sem grandes virtudes.. os atores, diálogos, fotografia, edição.. tudo me pareceu inferior ao primeiro.. Além disso, há questões mais pessoais que costumam me distanciar um pouco desse tipo de história.. 1) primeiro por eu não gostar de boxe (esportes em geral) e não me identificar tanto com os objetivos do protagonista... 2) há também imbuída na história essa ideia de que o sucesso só vem após um enorme sacrifício, treinar até você desmaiar, perder o sangue, sofrer até o limite.. uma mensagem que não concordo muito.. e 3) há toda uma obsessão por hereditariedade aqui.. essa ideia do filho do Creed sendo treinado pelo filho do treinador do Creed pra lutar contra o filho do oponente do Creed.. é como se essas pessoas não tivessem individualidade, fossem apenas uma extensão das vidas dos pais... e houvesse algo de belo nisso, em viver pra honrar os antepassados, etc.. São uma série de 'coisinhas' (além das questões estéticas) que me impediram de aproveitar o filme totalmente.

Caio Amaral disse...

Dood, o Alita achei simplesmente um filme fraco.. roteiro mal escrito, bagunçado, que parecem uns 3 filmes diferentes misturados num só, e quando acaba parece que a história principal ainda nem começou e ficará pra parte 2.. diálogos ruins.. não gostei muito da protagonista, não só visualmente (essa mania atual de que heróis têm que ter uma aparência comum, serem até meio feiosos se possível), mas também pelos valores dela.. as noções políticas do filme, etc..

Rodrigo E. disse...

Fala Caio! Quanto ao item 2 que vc comentou sobre o Creed 2, não vejo "sacrifício" como a palavra correta pra colocar no contexto do filme. O objetivo dele é derrotar um adversário fisicamente muito mais preparado que ele. Isso vai envolver levar o próprio corpo ao limite, aguentar pancada, não criar distância na luta (pois o adversário é muito maior que ele), etc. Para ele, sacrifício seria abdicar dessa preparação.

A verdade é que "esporte" e "dor" são duas coisas que costumam caminhar juntas na maioria dos casos. Pensa num profissional de fisiculturismo por exemplo, muito do seu sucesso se deve a quanta dor ele consegue aguentar, para superar as barreiras do seu corpo. Mas não se trata de um "culto à dor" aqui, ela é simplesmente uma companheira de qualquer atleta que quer ter sucesso.

Quanto ao filme, eu gostei dele. Achei ele um pouco mau trabalhado até a primeira luta (não comprei muito o drama do Creed se sentir forçado a lutar por causa do pai dele), mas dali pra frente é muito mais pessoal e interessante.

Mesmo vc não curtindo, eu queria ver uma lista sua de top 10 de filmes de esporte aqui, hehe.

Caio Amaral disse...

oi Rodrigo.. ah, não queria entrar em longos debates sobre a definição de "sacrifício" hehe, mas vc provavelmente está pensando mais na definição da Rand (abrir mão de um valor maior em nome de um valor menor) e eu falei no sentido mais comum (inclusive se você joga sacrifício no Google, a 3ª definição do dicionário tem a frase "a vida de atleta exige grandes sacrifícios" como exemplo de uso do termo). Mas mesmo no sentido da Rand, consigo imaginar as ações do personagem como um sacrifício.. pois lembre-se, o "valor maior" e o "valor menor" teriam que ser definidos objetivamente.. não é a pessoa que escolhe subjetivamente o que ela valoriza mais... se não, até o sacrifício de Jesus não seria um sacrifício de fato, pois se você perguntasse pra ele, ele fez aquilo por escolha própria, pra alcançar um "valor maior" de acordo com suas preferências.. Enfim.. então no meu julgamento, o Creed poderia sim estar se sacrificando de certa forma, pois estava pondo em risco a própria vida (o pai morreu no ringue e ele podia morrer também), sua integridade física (costelas quebradas, punhos cortados, rosto desfigurado) em nome de um esporte bem questionável, de uma sede de vingança, etc.. Mas enfim, não é só isso que me fez pensar que o filme promove um certo "culto à dor".. também outros detalhes narrativos.. pegue por exemplo a história da filha que nasce surda.. e como o personagem sofre, grita em desespero, etc.. é algo que nada serve à trama.. exceto no sentido de que subconscientemente, pro espectador isso vai dando uma sentimento de que ele é mais merecedor da vitória.. quanto mais ele sofre, mais dá a sensação que ele "já fez o bastante", já "amadureceu", e portanto agora é digno de sucesso.. me lembra um pouco o filme 'Whiplash' nesse ponto.. mas esse foi só 1 dos elementos que me distanciaram um pouco da história.. é algo mais pessoal, não julgo necessariamente quem se identifica com esse tipo de mensagem.. rs. Alguns filmes de esporte que achei bons: Desafio à Corrupção, Seabiscuit, Menina de Ouro, Eu Tonya, Rush: No Limite da Emoção, Moneyball, Touro Indomável, Grand Prix.. até o 1º Creed eu gostei bastante.. não necessariamente preciso gostar do esporte pra curtir o filme, depende muito do roteiro e todo o lado cinematográfico..! abs.

Anônimo disse...

Poderia falar um pouco sobre Mandy: Sede de Vingança? Fiquei muito curioso sobre os motivos que levaram à sua nota.

Caio Amaral disse...

Achei a primeira metade do filme chata pois é mais um exercício de estilo, de atmosfera, e a história é bem lenta, confusa, quase um filme experimental.. na segunda metade achei que melhora pois há bastante ação, um objetivo mais claro pro protagonista, e o filme em geral é criativo, original, consegue entreter apelando pro trash de maneira auto-consciente.. Não que eu goste dessa atitude 100%, pois é um pouco o que falo sobre Idealismo Reprimido.. o filme está meio que zombando o elemento heróico, "exagerado" da escola romântica de cinema... o que eu não gosto... só que pelo menos ele não faz isso de maneira tão detestável quanto em o remake de O Predador, por exemplo.. usando humor pra tornar os personagens patéticos, ridicularizar os vilões.. aqui não há humor explícito.. um leigo vendo Mandy não perceberia a ironia imagino... o humor é quase uma piada interna entre cinéfilos que cresceram vendo filmes de ação ruins nos anos 80, e hoje olham aquilo com um misto de nostalgia e vergonha.. Enfim, por isso fiquei no meio do caminho entre gostar e não gostar.. vi algumas qualidades, achei divertido até certo ponto, mas tive problemas com outras coisas. abs!

Dood disse...

Caio, até o mangá que originou Alita é meio assim: uma visão pessimista do futuro, até mesmo em critérios políticos.

Caio Amaral disse...

Alita tem um "q" de Elysium.. essa ideia de que os ricos exploram os pobres, que o mundo é dividido entre oprimidos e opressores, que uma revolução é necessária, etc..