sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Quarta tentativa fracassada de dar continuidade aos clássicos de James Cameron (pra mim só os 2 primeiros deviam existir, os que foram de fato dirigidos por ele). Ilustra bem o que disse no post de ontem (Instagram: @amaralcaio) sobre a falta de imaginação em Hollywood. O filme tenta seguir à risca a estrutura dos antigos, chegando a imitar várias cenas e até movimentos de câmera, mas acaba sendo tão triste e sem alma quanto uma performance de karaokê mal feita. É divertido ver Linda Hamilton de volta ao papel de Sarah Connor depois de tanto tempo, mas as performances são tão mal dirigidas que nem isso conseguiu salvar.






Terminator: Dark Fate (EUA, Espanha, Hungria / 2019 / Tim Miller)

NOTA: 4.0

2 comentários:

Anônimo disse...

O fato é que Destino Sombrio é deliberadamente feito para refletir uma politica especifica.

Quer dizer, no lugar de um americano homemcisheteroopressor como salvador da humanidade, uma mexicana imigrante ilegal de um metro e meio. E de acordo com Tim Miller, não é nenhuma teoria da conspiração ou TPC (Teoria da Pura Coincidencia).

A posição de Sarah Connor em relação com Dani Ramos também reflete isso, já que Sarah passa boa parte de filme achando que a situação de Dani é a mesma dela, a progenitora da pessoa que irá liderar os humanos.

O que é bastante plausivel, já que ninguém pode olhar para Dani e achar que ela tem condições de derrotar um menino de treze anos, ou liderar uma fila de self service.

O papel matriarcal, como o de Sarah Connor, não é considerado adequado para nossos tempos. A própria Dani tem que ser a chutadora de bundas. Sarah também passou por uma transformação em fodona, mas foi no curso se dois filmes e não completamente as custas de sua maternidade. E principalmente, ela ficou foda para defender e treinar o filho.

Caio Amaral disse...

Eu achei bemmm nada a ver esses temas de imigração, a ambientação no México, etc.. me tirou do universo do Exterminador do Futuro.. a ideia da Dani (e não o filho dela) ser a salvadora da humanidade não convence mesmo, pois a Dani é caracterizada como uma pessoa comum, não uma guerreira implacável em potencial.. nada contra se fosse uma mulher.. James Cameron saberia criar uma líder feminina convincente (os filmes dele sempre têm mulheres fortes incríveis, como Sigourney Weaver em Aliens, etc). O problema aqui é que por causa da influência altruísta/coletivista, eles querem empoderar o "oprimido": a mexicana comum, imigrante, mediana, representante das minorias etc.. então ela não pode ser apresentada como uma mulher de fato excepcional, virtuosa.. acho que é essa contradição que deixa tudo fake. abs!