Tenho uma dúvida sincera. Eu tenho lido tanta filosofia platônica por estes dias que eu perdi a noção das referências, de qual idéia é de quem. Isso vale para este vídeo. Eu tenho impressão de que o Idealismo Platônico foi algo que discutimos no passado em um QA que antecedeu o lançamento de seu livro e que resgatei recentemente quando relatei casos de pacientes em um comentário. Tu já havia escrito sobre isto antes em algum post ou no livro? Caso positivo, poderia dar a referência novamente? Eu juro que estou muito perdido e preciso muito deste conteúdo rsrsrs.
Outra coisa. Adorei que compartilhou seu perfil no letterbox. Lembro que havia compartilhado um tempo atrás a sua lista no IMDb dos melhores dos últimos anos. Que bom que posso acompanhar novamente as suas avaliações. Como disse, tu é a minha bússola cinematográfica. Acho que tinha lá uma review sua sobre O Escorpião Rei que achei fantástica rsrsrs.
Oi Leonardo! Desculpa aumentar ainda mais sua confusão, mas eu usei o termo "platônico" aqui (como de costume) não com base em nenhuma teoria oficial, mas numa linguagem mais comum, como quem diz "amor platônico". Eu nem sei se Idealismo Platônico é uma expressão amplamente usada.. mas achei que explicava bem esse conflito que queria discutir. Dá pra entender pq alguns objetivistas brigam tanto pra que o nome da filosofia seja usado apenas pra descrever as ideias "oficiais".. e rejeitam essa ideia de "open objectivism", etc.. pq depois de uns séculos, uma filosofia pode acabar virando desses adjetivos genéricos que ninguém sabe mais o que representa, hehe.
Fui até olhar essa review do Escorpião Rei mas não achei! kk.. era no IMDb mesmo? Escrevi pouquíssimas reviews lá. Talvez tenha apagado.. mas certamente foi uma nota 1, já que lá não tem 0, rs.
Entendi. Mas eu concordo com o termo platônico. No sentido epistemológico de que os sonhos se realizariam de forma passiva (assim como a cognição platônica), ou pelos processos que levam à “cura emocional”, com milagres e intervenções na realidade. Que o par romântico seria ideal por descobrir uma virtude desconhecida na pessoa que nem ela mesma sabia que possuía – tal como signos parecem dizer sobre um “potencial oculto” - e que cuja virtude pertence ao campo do misticismo emocional ou da passividade genética – como a aparência. Tal pessoa nunca precisaria ser “aristotélica”, praticar ações no mundo físico para se tornarem virtudes e então serem admiradas. Ela já teria virtudes inatas que seriam descobertas de forma não-sensorial por alguém com cognição especial. A mesma passividade vale para os representantes do heroísmo moderno. Mesmo o dinheiro do Batman, que supostamente não é um místico, foi obtido de forma passiva e suas habilidades “mundanas” são todas supra-naturais.
Mas agora eu lembrei de onde é a referência, e não tem nada a ver com Platão mas tudo a ver com o vídeo. É um trecho do Herói de Mil Faces do Campbell em que ele descreve a “fantasia infantil” como uma meta inconsciente que o adulto tenta realizar sem nunca checar as suas premissas nem validar a sua aceitação da fantasia. E que só descobre que é a causa de sua neurose quando vai ao analista.
Na filosofia vejo usarem de forma distinta os Idealismos (Platônico, Hegeliano, Transcendental, Alemão, etc). Mas pra mim tudo é racionalizações oriundas da mesma base. Inclusive tenho uma tese em psicologia sobre isso que adoraria discutir contigo, de validar com alguém que entenderia o que quero dizer. O que acha de combinarmos uma ligação como antes? Por acaso lhe seria inconveniente? Também gostaria de discutir sobre o Indiana Jones novo, o qual não gostei com muita intensidade, mas por razões que não vi tu abordar ainda, muito embora eu tenha concordado com cada ponto positivo seu.
Curioso que eu não me identifico em nada com a infância descrita por ti kkk. A minha infância foi o mais puro horror e eu ansiava pelo amadurecimento para que eu pudesse usar a cognição de adulto para poder conhecer as verdadeiras leis do mundo natural e aí então seguir os meus sonhos.
Lembro que a review do Escorpião Rei era uma nota baixa mesmo. Era em inglês e comentava sobre o estado do blockbuster moderno, que começou com Jaws do Spielberg, Indiana Jones, Lucas e acabou nisso. Imagino que apagou, pois fui procurar seu perfil novamente pelas reviews publicadas na página do filme e a sua estava ausente kkk.
Ahhh legal, parece o tipo de discussão que o Campbell levantaria mesmo hehe.. mas se me inspirei em algo, seria mais nas reflexões da Rand mesmo.. a questão do "mind-body dichotomy", etc.
Podemos combinar de conversar sim! Hoje e amanhã vai ser meu "Barbenheimer", mas a partir de domingo já daria pra combinar melhor.
Não entendi se vc Não "gostou com muita intensidade" ou se "não gostou" Com muita intensidade (ou seja, detestou) o Indiana, mas fico curioso pra saber os motivos hehe.
Imagino que esse vídeo vá fazer sentido mais pra quem teve vivências parecidas na infância/adolescência.. e tinha uma mentalidade mais parecida com a minha.. você, pelo que sei, cresceu mais isolado da cultura popular por conta de crenças familiares.. então deve ter absorvido mensagens totalmente diferentes. Mas talvez seja interessante mesmo assim esse tipo de depoimento, porque pode esclarecer dilemas que outras pessoas tiveram e vc nunca fez ideia né, hehe. abs.
Ah, que ótimo então. Domingo de tarde se eu estiver livre eu te mando uma mensagem.
Quanto ao Indiana Jones, eu havia originalmente escrito “não gostei de nada”. Mas gostei do que você pontuou. Então mudei para enfatizar que meu desgosto foi intenso, foi muito acentuado, apesar dos pontos positivos.
O vídeo faz total sentido para casos que atendo. Inclusive um dos pontos que quero discutir contigo. Quando falei que quando eu publicar uma tese de doutorado será baseada no Idealismo “Caiônico”, é uma intenção real.
kkk.. considerando a quantidade de "Idealismos" que vc listou no comentário anterior, talvez um apelido do tipo acabe se tornando necessário mesmo, rs. abs!
6 comentários:
Olá, Caio.
Tenho uma dúvida sincera. Eu tenho lido tanta filosofia platônica por estes dias que eu perdi a noção das referências, de qual idéia é de quem. Isso vale para este vídeo. Eu tenho impressão de que o Idealismo Platônico foi algo que discutimos no passado em um QA que antecedeu o lançamento de seu livro e que resgatei recentemente quando relatei casos de pacientes em um comentário. Tu já havia escrito sobre isto antes em algum post ou no livro? Caso positivo, poderia dar a referência novamente? Eu juro que estou muito perdido e preciso muito deste conteúdo rsrsrs.
Outra coisa. Adorei que compartilhou seu perfil no letterbox. Lembro que havia compartilhado um tempo atrás a sua lista no IMDb dos melhores dos últimos anos. Que bom que posso acompanhar novamente as suas avaliações. Como disse, tu é a minha bússola cinematográfica. Acho que tinha lá uma review sua sobre O Escorpião Rei que achei fantástica rsrsrs.
Oi Leonardo! Desculpa aumentar ainda mais sua confusão, mas eu usei o termo "platônico" aqui (como de costume) não com base em nenhuma teoria oficial, mas numa linguagem mais comum, como quem diz "amor platônico". Eu nem sei se Idealismo Platônico é uma expressão amplamente usada.. mas achei que explicava bem esse conflito que queria discutir. Dá pra entender pq alguns objetivistas brigam tanto pra que o nome da filosofia seja usado apenas pra descrever as ideias "oficiais".. e rejeitam essa ideia de "open objectivism", etc.. pq depois de uns séculos, uma filosofia pode acabar virando desses adjetivos genéricos que ninguém sabe mais o que representa, hehe.
Fui até olhar essa review do Escorpião Rei mas não achei! kk.. era no IMDb mesmo? Escrevi pouquíssimas reviews lá. Talvez tenha apagado.. mas certamente foi uma nota 1, já que lá não tem 0, rs.
Entendi. Mas eu concordo com o termo platônico. No sentido epistemológico de que os sonhos se realizariam de forma passiva (assim como a cognição platônica), ou pelos processos que levam à “cura emocional”, com milagres e intervenções na realidade. Que o par romântico seria ideal por descobrir uma virtude desconhecida na pessoa que nem ela mesma sabia que possuía – tal como signos parecem dizer sobre um “potencial oculto” - e que cuja virtude pertence ao campo do misticismo emocional ou da passividade genética – como a aparência. Tal pessoa nunca precisaria ser “aristotélica”, praticar ações no mundo físico para se tornarem virtudes e então serem admiradas. Ela já teria virtudes inatas que seriam descobertas de forma não-sensorial por alguém com cognição especial. A mesma passividade vale para os representantes do heroísmo moderno. Mesmo o dinheiro do Batman, que supostamente não é um místico, foi obtido de forma passiva e suas habilidades “mundanas” são todas supra-naturais.
Mas agora eu lembrei de onde é a referência, e não tem nada a ver com Platão mas tudo a ver com o vídeo. É um trecho do Herói de Mil Faces do Campbell em que ele descreve a “fantasia infantil” como uma meta inconsciente que o adulto tenta realizar sem nunca checar as suas premissas nem validar a sua aceitação da fantasia. E que só descobre que é a causa de sua neurose quando vai ao analista.
Na filosofia vejo usarem de forma distinta os Idealismos (Platônico, Hegeliano, Transcendental, Alemão, etc). Mas pra mim tudo é racionalizações oriundas da mesma base. Inclusive tenho uma tese em psicologia sobre isso que adoraria discutir contigo, de validar com alguém que entenderia o que quero dizer. O que acha de combinarmos uma ligação como antes? Por acaso lhe seria inconveniente? Também gostaria de discutir sobre o Indiana Jones novo, o qual não gostei com muita intensidade, mas por razões que não vi tu abordar ainda, muito embora eu tenha concordado com cada ponto positivo seu.
Curioso que eu não me identifico em nada com a infância descrita por ti kkk. A minha infância foi o mais puro horror e eu ansiava pelo amadurecimento para que eu pudesse usar a cognição de adulto para poder conhecer as verdadeiras leis do mundo natural e aí então seguir os meus sonhos.
Lembro que a review do Escorpião Rei era uma nota baixa mesmo. Era em inglês e comentava sobre o estado do blockbuster moderno, que começou com Jaws do Spielberg, Indiana Jones, Lucas e acabou nisso. Imagino que apagou, pois fui procurar seu perfil novamente pelas reviews publicadas na página do filme e a sua estava ausente kkk.
Ahhh legal, parece o tipo de discussão que o Campbell levantaria mesmo hehe.. mas se me inspirei em algo, seria mais nas reflexões da Rand mesmo.. a questão do "mind-body dichotomy", etc.
Podemos combinar de conversar sim! Hoje e amanhã vai ser meu "Barbenheimer", mas a partir de domingo já daria pra combinar melhor.
Não entendi se vc Não "gostou com muita intensidade" ou se "não gostou" Com muita intensidade (ou seja, detestou) o Indiana, mas fico curioso pra saber os motivos hehe.
Imagino que esse vídeo vá fazer sentido mais pra quem teve vivências parecidas na infância/adolescência.. e tinha uma mentalidade mais parecida com a minha.. você, pelo que sei, cresceu mais isolado da cultura popular por conta de crenças familiares.. então deve ter absorvido mensagens totalmente diferentes. Mas talvez seja interessante mesmo assim esse tipo de depoimento, porque pode esclarecer dilemas que outras pessoas tiveram e vc nunca fez ideia né, hehe. abs.
Ah, que ótimo então. Domingo de tarde se eu estiver livre eu te mando uma mensagem.
Quanto ao Indiana Jones, eu havia originalmente escrito “não gostei de nada”. Mas gostei do que você pontuou. Então mudei para enfatizar que meu desgosto foi intenso, foi muito acentuado, apesar dos pontos positivos.
O vídeo faz total sentido para casos que atendo. Inclusive um dos pontos que quero discutir contigo. Quando falei que quando eu publicar uma tese de doutorado será baseada no Idealismo “Caiônico”, é uma intenção real.
kkk.. considerando a quantidade de "Idealismos" que vc listou no comentário anterior, talvez um apelido do tipo acabe se tornando necessário mesmo, rs. abs!
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