Está com 3 indicações sem motivo ao Oscar (Ator pra Gary Oldman, roteiro e trilha) esse filme que tem toda a aparência externa de um filme importante: baseado num livro aclamado (de John le Carré), visual classudo, atores premiados fazendo expressões sérias e falando sobre assuntos "sofisticados" do tipo máfia Russa, agentes duplos.. Mas por trás disso há uma bagunça incompreensível e superficial onde nenhuma linha de raciocínio sobrevive mais que 5 minutos.
Pra começar, não há qualquer interesse na história (tudo que elogiei em Millennium não se aplica aqui). Por que a plateia deveria se preocupar se há um agente russo infiltrado na inteligência britânica? O que está em jogo pro personagem principal? Por que devo me importar se ele vive ou morre?
Não há conflitos, psicologia, mensagens nem lógica; o estilo do filme é Naturalista, mas do pior tipo - não há nem caracterizações interessantes, que costumam ser o ponto forte desses filmes.É um grande vazio: conversas intermináveis sobre pessoas com nomes exóticos que não sabemos quem são.
(O filme passa a impressão de ser sério principalmente por um motivo: o toque do grotesco. Há sempre um momento chocante de violência, de nudez, uma senhora que fala algo inesperado do tipo "Não sei quanto a você, mas eu ando muito mal-comida", uma música francesa bizarra no momento mais violento do filme - detalhes desglamourizantes que dão a impressão do filme estar sendo ousado, mais "maduro" que o policial hollywoodiano padrão).
Tinker Taylor Soldier Spy (França, Reino Unido, Alemanha / 2011 / 127 min / Tomas Alfredson)
INDICAÇÃO: Quem gostou de Zona Verde, Syriana, A Intérprete, O Jardineiro Fiel, O Alfaiate do Panamá.
NOTA: 2.5












