ANOTAÇÕES:
- Em 5 minutos de projeção eu já estou com preguiça do filme. Naturalismo extremo: ritmo lento, ausência de narrativa, registro passivo de cenas banais do cotidiano, de pessoas comuns, em lugares feios, nada de notável acontece (nem positivo, nem negativo).
- A produção parece amadora, a fotografia é uma das mais feias que já vi, e os atores não parecem muito experientes. Os diálogos frequentemente soam estranhos e artificiais. A Casa de Alice (do mesmo diretor) apesar de ter uma atmosfera similar, parecia mais profissional.
- Pelo menos o protagonista e os personagens centrais são figuras inocentes (o filme não foca no negativo, em pessoas detestáveis, etc.).
- O cineasta parece jogar um jogo desonesto com a plateia. Ele fica mostrando um monte de coisa insignificante, desinteressante, e depois de 1 hora disso a plateia começa a imaginar que deve haver algo de genial por trás da banalidade. Afinal, por que alguém faria um filme sobre esses eventos? Em lugares tão horríveis? Sobre pessoas tão comuns? O problema é que não há esse algo de genial por trás. A "graça" pra ele é justamente contemplar o comum, o que não é notável, especial, atraente, etc.
- OK, o menino sente falta da figura paterna, já entendi. Tenho empatia por ele, mas isso ainda não dá um significado pra história nem produz uma experiência cinematográfica interessante. Filmes como Juventude Transviada ou E.T. também abordam esse tema, mas não abrem mão de um bom roteiro por causa disso.
CONCLUSÃO: O garoto é gostável mas o naturalismo extremo da produção torna o filme vazio e monótono. Ele parece querer crédito mais por ser "socialmente sensível" do que por ter qualquer mérito artístico.
(Ausência / Brasil, Chile, França / 2015 / Chico Teixeira)
FILMES PARECIDOS: O Som ao Redor / A Casa de Alice
NOTA: 3.5
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