(Esta crítica está no formato de anotações - em vez de uma crítica convencional, os comentários a seguir foram baseados nas notas que fiz durante a sessão - um método que adotei para passar minhas impressões de forma mais objetiva.)
ANOTAÇÕES:
- Joel Edgerton está ótimo como o amigo esquisito (ele também é o roteirista e o diretor do filme!).
- O filme tem um clima de suspense dos anos 90 muito legal. Lembra coisas como Mulher Solteira Procura, A Mão que Balança o Berço, Atração Fatal - a família "normal", feliz, sendo atormentada por um maluco obcecado.
- É legal a maneira em que o Gordo fica no limite entre o socialmente aceitável e o perigoso. Torna a situação mais convincente. O filme é bastante realista em termos de comportamento, caracterizações (toques como o casal discutindo sobre Gordo com os outros amigos, etc.). Jason Bateman e Rebecca Hall estão muito bem.
- Boa a sequência em que Gordo convida Simon e Robyn pra irem na casa dele. O fato da casa ser muito maior do que esperávamos, a história dele sair da casa e deixar os dois lá sozinhos, o suspense quando o casal vai fuçar nos outros cômodos, etc. O mistério vai ficando cada vez mais intrigante.
- O suspense é muito bom quando a Robyn desconfia que há alguém na casa (a torneira aberta, etc.). Gosto da sutileza e do ritmo contido do filme.
- SPOILER: Susto do ano: o cachorro!
- SPOILER: O roteiro é bem construído. Seria monótono e clichê se Gordo fosse apenas um stalker e o filme tivesse essa única linha narrativa. Mas quando ele manda a carta falando pra Simon sobre o passado e a esposa começa a desconfiar de que o marido está ocultando algo, a trama fica bem mais interessante e original.
- SPOILER: Surpreendente a cena em que Simon vai pedir desculpas pro Gordo e acaba batendo nele. O marido realmente é um bully! Muito interessante essa inversão de papéis (e Bateman faz essa transição de maneira muito convincente).
- Um pouco forçada a cena em que Danny quebra o vidro da casa. Essa subtrama foi mal apresentada e acaba parecendo um susto barato.
- SPOILER: O final é frustrante e acaba tirando pontos do filme. Pelo suspense que estava sendo construído, achei que algo muito mais radical fosse acontecer. A ideia do bebê talvez não ser de Simon não é das melhores (parece que queriam fazer um final meio O Bebê de Rosemary mas não funciona direito aqui).
CONCLUSÃO: Suspense tradicional bem escrito, dirigido, atuado, pelo menos até o clímax que é um pouco decepcionante.
(The Gift / Austrália, EUA / 2015 / Joel Edgerton)
FILMES PARECIDOS: Os Suspeitos / A Mão Que Balança o Berço / Atração Fatal
NOTA: 7.5
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