terça-feira, 26 de novembro de 2024

Redes Sociais e Tecnologias de Rejeição

O impacto das redes sociais na cultura é um tema que parece nunca se esgotar. Nesse texto, queria discutir como algumas experiências pessoais — desde conflitos ideológicos na internet até episódios de cyberbullying — ilustram um padrão maior: como as redes sociais modificaram o comportamento humano, nossa percepção dos outros e alimentaram o mal-estar que definiu a última década.

Inicialmente, acho que as redes sociais estimularam a autenticidade mais do que a reprimiram. Pelo menos no meu caso. Antes do surgimento do Orkut, inconscientemente, eu tinha uma tendência de me ajustar aos ambientes em que estava — no colégio, eu tinha um tipo de atitude; com meus amigos de infância, uma ligeiramente diferente; com a família do meu pai, outra; com a da minha mãe, outra ainda. Não chegava a ser um Zelig nem a mudar de caráter, mas, com a chegada do Orkut, foi a primeira vez que me vi forçado a ter uma identidade social integrada — a ser apenas um único Caio no meio de todas essas bolhas incompatíveis. E foi um bom exercício. Em vez de me esconder, comecei a me esforçar para me expor de um jeito que me parecesse internamente coerente, sem me preocupar tanto com o ambiente externo.

Isso funcionou bem por um tempo. Mas, em algum momento no início dos anos 2010, as coisas começaram a ficar meio tóxicas (cada vez mais começo a achar que as profecias estavam certas e que houve, de fato, um "fim de mundo" por volta de 2012). Vou discutir abaixo dois incidentes que mudaram minha percepção das pessoas e minha maneira de me portar em contextos sociais.

O primeiro, muitas pessoas devem se lembrar. Foi em junho de 2013, durante os protestos por causa do aumento de 20 centavos na passagem de ônibus. Protestos grandes impulsionados por redes sociais eram inéditos até então, e até esse evento — dia 13 de junho de 2013, pra ser exato — eu não sabia que praticamente metade do meu Facebook estava do lado oposto ao meu no espectro político. Foi um completo choque para mim. Claro, eu sabia que as pessoas tinham visões diferentes sobre política, mas não que tanta gente levava a sério certas ideias que, pra mim, passavam longe do consenso. Quando analiso minhas postagens do Facebook dessa época pra trás, fico sempre surpreso com a tranquilidade com que eu expressava ideias e opiniões, como se não houvesse controvérsia a respeito de nada. Eu me portava como quem acredita que as pessoas são basicamente compatíveis, que aquilo que chamamos de "bom senso" é amplamente compartilhado, e que divergências raramente passam certos limites. Mas, depois de junho de 2013, eu nunca mais senti aquele mesmo nível de despreocupação e, ao longo dos anos, fui ficando cada vez mais cauteloso e autoconsciente ao me expressar (os conflitos online durante as eleições de 2014 e o impeachment da Dilma só reforçaram as divergências que os protestos dos 20 centavos já tinham evidenciado).

O segundo incidente foi mais pessoal, mas mostra como certas "evoluções" nas redes sociais ao longo da década de 2010 abriram as portas para tensões que antes não existiam. Em 2014, criaram uma rede social chamada Secret, onde amigos podiam fazer postagens anônimas em uma timeline comum. A plataforma não durou muito, pois ela parecia promover o pior nas pessoas, e uma série de polêmicas levou ao seu fim. Dia 14 de junho de 2014, eu acabei sendo "alvo" de uma postagem anônima ridicularizando trabalhos musicais que eu estava lançando na época. Não dava para saber quem fez o comentário, mas o sistema permitia identificar se o autor era seu amigo no Facebook. No caso, era. Esse foi outro evento onde as redes sociais mudaram significativamente minha percepção da sociedade e do meu lugar nela. Assim como, até o incidente dos 20 centavos, eu achava que, intelectualmente, as pessoas eram mais parecidas comigo do que eram de fato, até esse incidente do Secret, eu acreditava que meus conhecidos eram mais confiáveis e benevolentes do que eram. Nunca me passava pela cabeça que, pelas minhas costas, pessoas próximas poderiam estar me julgando daquela forma, menos ainda que se sentiriam à vontade pra fazer isso em público. Eu tinha consciência de que, como artista iniciante, "produtor de conteúdo" amador, eu estava correndo o risco de cometer erros, criar coisas de má qualidade. Mas eu me sentia relativamente livre para experimentar, me expor, pois achava que eventuais deslizes seriam vistos com olhos mais generosos por aqueles que entendessem meu contexto. Mas a verdade é que, em alguns casos, não havia esse "desconto".

A partir desse incidente no Secret, espontaneidade artística se tornou um esforço consciente para mim. Autoexpressão e criatividade nesse novo ambiente social passaram a ter um risco emocional impossível de ignorar. (O Secret acabou, mas a facilidade de usar as redes pra atacar os outros, não). Com o tempo, fui me acostumando com essa nova realidade e ajustando minhas expectativas, meu comportamento, tentando preservar o máximo da minha autenticidade inicial. Mas já não era algo tão automático quanto antes — mesmo integridade artística e intelectual sendo valores de primeira importância pra mim. Imagine o que deve ter acontecido ao longo desses anos com pessoas que não tinham esses valores tão altos em suas hierarquias.

Ou seja, acho que a primeira fase das redes sociais foi de bastante liberdade criativa, experimentação e transparência. Mas isso rapidamente nos levou à era dos haters, do cyberbullying, dos memes involuntários, da polarização política, que colocaram um sinal de "perigo" no território. Lembram de fenômenos como Rebecca Black, Edineia Macedo e Nissim Ourfali? Eles só poderiam ter ocorrido nessa época, quando "tudo era mato" ainda nas redes sociais, e as pessoas ainda eram inocentes em relação ao julgamento, ao hate. Depois disso, todos foram vacinados, e as pessoas passaram a pensar dez vezes antes de se expor, e a manipular cada vez mais suas imagens por medo da ridicularização, da condenação moral, e de outros riscos sociais que antes pareciam improváveis.

Além da perda da espontaneidade, uma tendência que ocorre quando você está sob risco de humilhação e ataques pessoais, é você se tornar menos transparente, e também menos positivo — adquirir uma imagem mais misteriosa, dark, agressiva, cínica (apresentar uma imagem cool e "respeitável" se torna uma prioridade muito maior do que conteúdo, talento, proporcionar prazer, etc.) o que pode explicar certas tendências estéticas da última década. (Pra quem acompanhou minha fase musical e lembra do período em que comecei a esconder o rosto com uma balaclava, ou de quando lancei a música "Tudo" — aquela mudança de tom certamente não teria acontecido se não fosse por tecnologias como seções de comentários, perfis anônimos, que tornaram desagradáveis as experiências anteriores com trabalhos mais genuínos).

Não estou dizendo que as redes sociais são um fenômeno completamente indesejável, anti-natural. Se formos pensar, as pessoas nunca foram 100% espontâneas em público — elas já moldavam suas aparências antes, não expunham certas intimidades, adotavam certas convenções culturais com base no que achavam que seria aprovado ou condenado socialmente. O que mudou agora é que passamos a ter muito mais insight sobre o que se passa na cabeça dos outros. Sabemos em mais detalhes o que é aceitável ou condenável socialmente. A invenção de outros meios de comunicação em massa no passado deve também ter causado uma expansão nessa percepção da sociedade, e levado a ajustes de comportamento — a um certo amadurecimento em relação ao período anterior.

Mas há uma diferença crucial das redes sociais para a televisão ou até mesmo pra internet pré-redes-sociais: elas aumentam significativamente as experiências de rejeição pessoal no dia a dia da população. E não só porque agora podemos saber muito facilmente o que se passa na cabeça dos outros, mas também porque as redes sociais alteram nosso comportamento — tornam as pessoas mais hostis do que seriam naturalmente, em interações presenciais. Pense no seu comportamento no trânsito. Se alguém te dá uma fechada, sua hostilidade em relação ao outro motorista é muito maior pelo fato de você não estar diante de uma pessoa de carne e osso. O carro reduz o motorista a uma ideia, a um estereótipo. Da mesma forma, quando você está interagindo com alguém pela internet, até mesmo com um amigo, você está reagindo a uma versão reduzida dele — a um nome, uma foto de perfil, uma memória, não à pessoa inteira. E quem representa melhor quem você é? A pessoa que reage quando está no trânsito, em seções de comentários? Ou a pessoa que reage presencialmente? Se, além da buzina, seu carro "facilitasse" a comunicação e te permitisse enviar mensagens personalizadas para os outros motoristas, isso revelaria melhor quem você é? As consequências dessa tecnologia seriam saudáveis para o trânsito?

Por isso, a "transparência" criada pelas redes sociais não é totalmente racional. As redes sociais são como um telescópio, mas com uma lente quebrada: ao mesmo tempo em que revelam coisas que antes eram invisíveis (algo bom, se você valoriza a verdade, não acha que "ignorância é uma bênção"), elas apresentam a realidade de maneira distorcida.

A percepção de desarmonia social e as experiências de rejeição fomentadas pelas redes sociais estão por trás de vários problemas culturais que se intensificaram a partir dos anos 2010. Inúmeros estudos comportamentais apresentam gráficos que "disparam" por volta de 2011, 2012, 2013 e 2014. Palavras como "racismo", "sexismo" e "homofobia" começaram a aparecer com muito mais frequência em jornais. Problemas psiquiátricos entre jovens aumentaram. E não foi a política ou a natureza humana que mudaram drasticamente nesse período — foi a introdução dessas novas tecnologias de rejeição nos bolsos das pessoas.

Se as redes sociais revelassem apenas a verdade sobre os outros, talvez elas deixassem de ser uma fonte de mal-estar após uma ou duas gerações. Seriam como descobertas científicas desafiadoras, mas que eventualmente passam a fazer parte do senso comum. Mas, se for verdade que elas criam o mal-estar, estimulam uma desarmonia que vai além do natural, então elas continuarão sendo problemáticas no futuro e, eventualmente, terão que ser reformadas — se quisermos acabar com a polarização, com o clima de pessimismo cultural, teremos que trazer as experiências de desentendimento e de rejeição para níveis que eram normais no passado. E, pra isso, certos recursos que são padrão hoje nas redes sociais terão que seguir o mesmo caminho do Secret.

11 comentários:

Dood disse...

No meu caso, a experiência com redes sociais sempre foi marcada por conflitos e reflexões. Comecei frequentando fóruns específicos sobre videogames em 2004, espaços onde debates acalorados eram comuns. Meu primeiro banimento ocorreu em 2007, não porque eu buscasse problemas, mas devido ao senso de injustiça que percebia em algumas comunidades. Isso me levou a desentendimentos tanto em fóruns quanto em redes sociais.

As eleições de 2014 foram um divisor de águas, especialmente no Facebook, onde já havia traços de polarização política que eu notava desde as comunidades ateístas do Orkut. Declarar-me ateu na época automaticamente me associava à esquerda, algo que nunca parei para analisar profundamente. Quando entrei no Facebook, foi mais por pressão social do que por vontade própria, e confesso que sempre preferi fóruns por serem mais privados e controlados.

Essa convivência conflituosa me ensinou a me podar em ambientes virtuais, embora em poucos lugares eu consiga ser 100% autêntico. Lembro que, ao conhecer seu blog em 2016, percebi como boa parte desse cinismo já estava implantado na sociedade através da cultura. Isso me ajudou a amadurecer antes das redes sociais, reduzindo o impacto dos conflitos virtuais. Ainda assim, perdi amizades importantes, como um colega de mais de 20 anos, simplesmente por não seguir o "kit político" de alguns. É triste perceber que discordâncias podem transformar pessoas em antagonistas, mesmo quando não buscamos confronto.

Caio Amaral disse...

Se você entra em um fórum pra debater um tema, acho que você já está mais preparado para o conflito, e o tema é mais delimitado.. O problema é que "foruns" foram implementados depois pra julgar cada passo que vc dá na internet — uma foto pessoal que vc posta, uma observação que você faz, etc. Quando o Facebook começou a permitir reações de risada e de ódio, não apenas o tradicional like, isso fez uma diferença brutal. Acho altamente indigesto ficar rolando o feed, e ser relembrado o tempo todo que pra qualquer tipo de notícia que sai, qualquer trailer de filme que é lançado, há sempre uma porcentagem de pessoas que estão zombando daquilo ou ficando irritadas.

Perdi amizades também... Algumas, talvez pelo bem. Outras, talvez tenha acontecido só por causa da dinâmica das redes sociais, que te fazem agir/reagir de maneira distorcida.

Dood disse...

Nem sempre os fóruns são estritamente rígidos aos seus temas principais. Muitos incluem áreas off-topic que permitem uma interação mais descontraída entre os participantes. Mesmo assim, posicionamentos podem gerar problemas, especialmente em períodos de polarização, como ocorreu com o fórum do UOL Jogos. Foi um palco de intensos debates políticos até ser fechado, decisão motivada por pressões internas da administração. No podcast que ouvi recentemente, ex-moderadores comentavam o caso, inclusive alfinetando o Fabio Pancheri, que se opôs ao fechamento, mesmo alinhado politicamente com eles. Infelizmente, Pancheri faleceu na época em que encerraram o fórum, o que deixou essa história ainda mais triste.

Sempre fui fã de fóruns e boards de discussão. Muitos já tinham recursos como os reacts do Facebook, mas, por ali, isso era tratado com leveza, mais voltado à trollagem do que à hostilidade que vemos hoje. Já em ambientes mais sérios, como o LinkedIn, mesmo que as reações sejam mais discretas, ainda vejo problemas quando são usadas de forma inadequada.

Como alguém que não se enturma facilmente e nem se considera popular, fóruns sempre foram meu refúgio. Talvez por experiências sociais ruins ou por expectativas frustradas, como no networking profissional, sinto que esses espaços são mais fáceis para interagir. Eles me proporcionam um senso de pertencimento que nem sempre encontro fora deles.

Caio Amaral disse...

Curioso, nunca explorei esse universo dos fóruns... talvez porque nunca fui gamer (me parece haver uma conexão entre esses públicos). Como tendo a ser "do contra" em vários tópicos, tenho a sensação que só iria atrair conflitos e insultos hehe. Mas é interessante essa ideia de conquistar a confiança e o interesse dos outros só com base em postagens escritas, sem que eles saibam tanto sobre você pessoalmente, ainda que isso possa impor certos limites nesse senso de pertencimento.

Dood disse...

Os anos frequentando fóruns me deixaram calejado para lidar com comportamentos predatórios nas redes sociais. Cancelamentos, por exemplo, me afetam menos hoje, pois já passei por banimentos nesses espaços. Claro, dependendo das pessoas envolvidas, especialmente conhecidos, ainda posso ficar sentido. No entanto, com o tempo, aprendi a me desapegar dessas circunstâncias, focando em me reinventar e melhorar como pessoa, algo que minha autocrítica constante sempre alimentou.

Apesar disso, reduzi bastante o peso que dou ao que os outros falam, já que muitos criam versões distorcidas de quem você realmente é. Dou valor ao conteúdo e à intenção da pessoa. Se alguém me dá um toque ou conselho genuíno, isso me marca muito mais do que a opinião de um estranho online. Nessas situações, a pessoa acaba, mesmo sem perceber, se tornando um referencial de personalidade em certos aspectos para mim.

Caio Amaral disse...

Eu devia ter frequentado fóruns então pra me calejar... pq até hoje comentários de estranhos conseguem arruinar meu humor, se forem ignorantes o suficiente, rss.

Dood disse...

Olha, vou dizer que também fico alterado dessa forma, mas hoje em dia, com os recursos de bloquear, deletar e ignorar, é bem mais fácil lidar. Isso já era comum em fóruns, assim como os cancelamentos, mesmo em boards descentralizadas. O problema é quando uma panela de um ambiente leva o conflito para outro. Passei por isso uma vez: tentaram me cancelar (ou pelo menos foi uma tentativa), tive que sair de fininho, mudar de nick... Hoje quase ninguém lembra. A máxima 'quem é esquecido não é lembrado' nunca foi tão real (rs). Reconheço que na época causei meu próprio banimento por uma ação que ia contra as políticas do fórum, mas a retaliação em outro ambiente, onde eu não infringia regras, foi desnecessária. Cancelamento é um comportamento humano, e com as redes sociais isso ficou mais evidente: as pessoas querem eliminar outras ou suas ideias de um espaço. Sou a favor do debate e da defesa de ideias melhores para combater as ruins, mas hoje em dia todo mundo está com o ego frágil, apelando até para vias jurídicas para calar o outro, quando bastaria bloquear ou refletir sobre suas próprias ideias. Se é necessário silenciar opiniões contrárias, talvez haja algo de errado nelas.

Caio Amaral disse...

Em um fórum, onde o propósito é justamente debater ideias, não faz muito sentido mesmo banir ideias divergentes.. a não ser quando violam as políticas do fórum, como vc citou. Agora em outros ambientes, eu acharia ótimo poder navegar sem ter que ficar ouvindo opiniões contrárias.. Quando postei aquele vídeo no YouTube sobre The Acolyte, a solução foi eventualmente desabilitar a seção de comentários.. às vezes faço isso no Instagram também. Pra mim, seções de comentários deveriam existir em fóruns, em locais onde um produto precisa ser avaliado, mas seria melhor se fossem mais raras do que são hoje, ou se tivessem mais filtros (tipo aqueles artistas cancelados que restringem os comentários no Instagram apenas para seguidores).

Dood disse...

"Eu acho importante praticar o autocuidado e se blindar contra argumentos contrários quando não estamos prontos. Muitas vezes, nossas ideias ainda não estão maduras (como acontece comigo). Também acredito que certos assuntos precisam ser expostos em ambientes com pessoas mais capacitadas para avaliá-los. Pela minha experiência, expor faz parte do processo: você vai ouvir coisas que não quer, e, sinceramente, entendo quando meus argumentos são excluídos em certas situações. Não forço nada quando percebo que as pessoas não estão preparadas e acho péssimo quem faz isso. Respeitar os limites do outro é essencial. Sei dos riscos e me arrisco mesmo assim, como em um fórum onde compartilhei um caso judicial que relatei no meu blog. Minhas contas bancárias foram bloqueadas, e eu sabia que seria zoado, mas também sabia que encontraria alguém com conhecimento jurídico e boa vontade para me ajudar com o que fazer, até porque entendo que causas jurídicas são complexas ainda mais nesse país. No fim, sempre tive experiências melhores nesses fóruns do que em redes sociais, até no quesito interação social."

Caio Amaral disse...

Às vezes a pessoa pode evitar exposição por não estar pronta para as críticas.. Mas o que quis pontuar nesse texto é que acho que ser exposto a críticas e divergências diariamente na internet é uma coisa ruim independentemente do seu nível de segurança/maturidade. É como noticiário que só fala de notícias ruins, tragédias.. Se você fica consumindo esse tipo de conteúdo o tempo todo, ele acaba afetando seu humor, seu "senso de vida", etc.

Dood disse...

A variação dos ambientes sociais realmente neste caso faz diferença. Buscar fóruns ou redes onde os assuntos são mais equilibrados ajuda a aliviar o impacto das informações, além de nos desafiar a sair de um raciocínio tendencioso. A exposição constante a críticas e divergências pode ser desgastante, mesmo para quem está seguro e maduro. É como assistir um noticiário que só fala de tragédias (um dos motivos os quais não assisto mais TV desde 2015 que usam esse tipo de assunto com um certo viés) — esse tipo de consumo constante mina nosso humor e nossa percepção de vida. Acho que, no fundo, é sobre saber a hora de pausar e escolher os espaços que contribuam mais do que drenem.