Richard Gere interpreta Robert Miller, um magnata que é apresentado como o símbolo do executivo bem sucedido - tanto profissionalmente quanto na vida pessoal. Mas por trás disso percebemos que as coisas não são bem o que aparentam; todo seu império corre o risco de desmoronar se ele não vender sua companhia logo, antes que suas fraudes sejam expostas. Além disso, descobrimos que ele trai a esposa (Susan Sarandon) com uma jovem comerciante de arte. A situação já está interessante quando acontece o inesperado: Miller dorme no volante durante um encontro com a amante, e ela acaba morrendo no acidente, complicando ainda mais a situação.
O filme é simples em termos de estilo, sem grandes inovações, mas tem um roteiro bem estruturado, envolvente, que no fim é uma denúncia moral do personagem de Gere. Um dos motivos pelo qual a história envolve é que, apesar de Miller não ser inocente, ele nunca faz algo tão monstruoso que faça o espectador perder a simpatia por ele (a performance de Gere também contribui pra isso). São falhas quase compreensíveis de integridade e de honestidade que colocam a vida dele em risco, de forma que ficamos divididos entre querer vê-lo pagar por seus erros e escapar impunemente.
Uma coisa boa é que o filme nunca cai em conclusões cínicas do tipo "o mundo é dos poderosos e corruptos", pois não tenta defender as atitudes negativas do protagonista, e também porque inclui personagens inocentes na história (como a filha dele) que apesar de serem manipulados não são corrompidos totalmente.
É um caso raro de um diretor novo (Nicholas Jarecki) que acerta logo em seu primeiro filme dramático. Foi incluído pelo Roger Ebert em sua lista dos 10 melhores filmes de 2012.
Arbitrage (EUA / 2012 / 107 min / Nicholas Jarecki)
INDICAÇÃO: Quem gostou de Tudo Pelo Poder, Conduta de Risco, Intrigas de Estado, etc.
NOTA: 7.5
O filme é simples em termos de estilo, sem grandes inovações, mas tem um roteiro bem estruturado, envolvente, que no fim é uma denúncia moral do personagem de Gere. Um dos motivos pelo qual a história envolve é que, apesar de Miller não ser inocente, ele nunca faz algo tão monstruoso que faça o espectador perder a simpatia por ele (a performance de Gere também contribui pra isso). São falhas quase compreensíveis de integridade e de honestidade que colocam a vida dele em risco, de forma que ficamos divididos entre querer vê-lo pagar por seus erros e escapar impunemente.
Uma coisa boa é que o filme nunca cai em conclusões cínicas do tipo "o mundo é dos poderosos e corruptos", pois não tenta defender as atitudes negativas do protagonista, e também porque inclui personagens inocentes na história (como a filha dele) que apesar de serem manipulados não são corrompidos totalmente.
É um caso raro de um diretor novo (Nicholas Jarecki) que acerta logo em seu primeiro filme dramático. Foi incluído pelo Roger Ebert em sua lista dos 10 melhores filmes de 2012.
Arbitrage (EUA / 2012 / 107 min / Nicholas Jarecki)
INDICAÇÃO: Quem gostou de Tudo Pelo Poder, Conduta de Risco, Intrigas de Estado, etc.
NOTA: 7.5
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