Ficção-científica futurista do mesmo diretor de Tron - O Legado que mostra Tom Cruise como um dos últimos humanos na Terra, 60 anos após o planeta ser destruído por alienígenas (que simplesmente explodiram a Lua, deixando a gravidade cuidar do resto). O restante da humanidade foi viver numa lua de Saturno, mas alguns ainda estão por aqui explorando recursos naturais (Cruise e sua parceira fazem manutenção em equipamentos de segurança).
Logo do início o que mais impressiona no filme é o visual e todo o design de produção. O diretor Joseph Kosinski só tem 2 longas no currículo mas já fica marcado como um criador de imagens espetaculares e mundos tecnológicos nunca antes vistos. O som e a imagem são de altíssima qualidade e definição, as locações naturais são fantásticas (boa parte foi gravado na Islândia, e há sempre algo de mágico quando existe esse contraste entre algo futurista e a natureza selvagem).
O filme é cheio de máquinas, armas e objetos interessantes (a casa suspensa nas nuvens está entre as casas cinematográficas mais incríveis que já vi). E tudo é mostrado com classe, enquadramentos grandiosos, fica difícil não lembrar de clássicos da ficção como 2001, Blade Runner, Alien, Corrida Silenciosa, até porque vários elementos da história parecem ter sido inspirados por esses filmes (há até uma parente da Estrela da Morte).
A trama é interessante e me manteve preso o tempo todo (há surpresas então não vou falar muito), mas emocionalmente vai ficando frustrante conforme se aproxima do fim. Um triângulo amoroso é formado entre Cruise e as 2 mulheres principais da história (a parceira é interpretada pela boa Andrea Riseborough, que fez antes o filme da Madonna W.E.) mas a gente nunca sabe direito o que sentir por uma ou por outra. O desfecho acaba sendo ruim, particularmente após uma reviravolta final, que era pra ser um triunfo mas deve deixar o público contrariado ao sair da sala - e talvez com má impressão do filme como um todo.
Os que não se incomodarem terão uma ficção que se leva a sério, com uma história interessante, que apesar de pós-apocalíptica acaba criando uma visão atraente do futuro, ao contrário da maioria dos filmes atuais.
Oblivion (EUA / 2013 / 126 min / Joseph Kosinski)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Prometheus, Tron - O Legado, Eu Sou a Lenda.
NOTA: 7.5
5 comentários:
Acabei de sair do cinema.
Vim no carro com a impressão de que estava desgostando do filme quanto mais eu pensava nele, mas na hora eu estava super envolvida, principalmente com o visual e os objetos.
Mesmo com o final ficando frustante, o ritmo do filme é 99% bom até que de repente entra aquele "epílogo" muito confuso! Um daqueles finais vítimas da cultura cinematográfica de amarrar pontas.
Ah, não sou nada contra amarrar as pontas (versus finais subjetivos que podem ser interpretados de qq jeito). Desde que seja satisfatório né..
(SPOILERS!!!)
Pra mim o problema aqui é que um clone do protagonista é apenas um clone, não o protagonista.. Mesmo tendo as mesmas memórias, a gente nunca vai ter a mesma empatia por ele (o conceito universal de que cada indivíduo tem uma "alma" única e insubstituível é ignorado). O filme termina num tom emocionante, como se fosse a mesma coisa ter uma cópia do Jack.
Fora isso rsrs
Além de eu não gostar de pontas amarradas, e de não entender porque ele largou ela sozinha na casa e não com os outros humanos, nem entender se as pessoas sabiam que ela estava lá ou o que, ela ainda termina com um clone do protagonista, que nem pai da criança é :s
É, a gente não sabe exatamente como o Tom Cruise planejou tudo.. até pq é pra ser surpresa pra plateia q não é a mulher na cápsula e sim o Morgan Freeman.. e depois ainda tem um salto de 3 anos.. então não acompanhamos todas as etapas. Mas pelo menos a gente entende as motivações básicas... ele se sacrifica pra permitir que ela viva num planeta livre, etc (tem filme q nem isso). Não é o final dos mais satisfatórios, mas se não tivesse o lance do clone depois acho que ainda seria ok..
É interessante ver as novas obras, é por isso que temos a posibildad sempre tem que tentar fazer, eu acho que é por isso que eu tenho que assistir filmes e depois eu ir a restaurantes em alphaville
Postar um comentário