- Personagem está sempre trombando com personagens inconvenientes ou bizarros que deixam ele sem jeito. É fofo, mas é um tema meio repetitivo (o que lembra Nebraska também).
- Hitchcock dizia: "drama é a vida com as partes chatas cortadas". Esse filme parece ter sido feito dessas partes cortadas (minha maior preocupação na história é o fato do gato ter fugido).
- Tudo dá errado na vida dele. Esse é o tema do filme. Não só na sua carreira, na vida amorosa, mas até em coisas insignificantes do dia a dia: enfia o pé na neve molhada, pega uma carona e o motorista vai preso, etc, etc. Se fosse exagerado e cômico, seria positivo pois o filme estaria negando que a vida é trágica. Seria uma comédia tipo Férias Frustradas. Mas o humor aqui é sutil - o filme leva o tema a sério em grande parte.
- SPOILER: Por que a volta ao início no final? Pra dar uma ilusão de estrutura a um roteiro que não tem muita estrutura... Irmãos Coen adoram fazer filmes vazios intelectualmente mas com finais misteriosos, que dão a sensação de que há um sentido genial por trás da história que os diretores não quiseram deixar claro.
SPOILER: Engraçado mostrarem o Bob Dylan no final. O filme parece estar dizendo pra plateia: lembrem-se de que nós poderíamos ter contado a história de um cantor folk talentoso, de sucesso, com uma vida fora do comum. Mas não... Isso seria uma exceção... E a vida não é feita de exceções... Portanto nosso filme será sobre um músico comum, vivendo uma vida desinteressante, sem grandes dramas - isto é a vida real.
CONCLUSÃO: Filme tem bons atores e uma fotografia bonita, mas Naturalismo extremo torna o filme meio chato e vazio.
(Inside Llewyn Davis / EUA, Reino Unido, França / 2013 / Ethan Coen, Joel Coen)
FILMES PARECIDOS: Nebraska, Um Homem Sério, Não Estou Lá.
NOTA: 5.0
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