Fênix Negra reforça essa tendência do cinema de querer "humanizar" os heróis, focar em suas falhas e conflitos (reparem como os super-heróis atuais estão constantemente lutando entre si, não apenas contra os vilões) a tal ponto que agora a única coisa que os diferencia de pessoas comuns são suas habilidades físicas inatas, que muitas vezes nos filmes são apresentadas mais como maldições do que como dons atraentes de fato.
Em termos de narrativa, a história é pouco empolgante e cheia de ideias estranhas, como a presença de E.T.'s que podem mudar para a forma humana, embora essa característica deles não tenha a menor necessidade para a trama - e ainda estou tentando entender como é que aquela mini-nebulosa flutuando no espaço pode ter sido confundida com uma "explosão solar" por qualquer pessoa. O filme tem bons atores e uma produção decente, porém nada disso compensa o roteiro fraco. Fênix Negra não é o pior filme da franquia X-Men como aponta o Rotten Tomatoes, mas é um capítulo genérico e não muito inspirado da série, que parece ter sido feito apenas pra aproveitar a onda atual de filmes protagonizados por super-heroínas.
Dark Phoenix / EUA / 2019 / Simon Kinberg
NOTA: 5.0
4 comentários:
Eu não conheço a história dos quadrinhos, mas pelo o que eu consegui entender, essa questão da "explosão solar" é uma coisa muito mais trabalhada lá, tanto no significado quando em como isso vai parar com a Jean Grey.
O filme pra mim tem dois problemas: (1) a abordagem preguiçosa pra explicar essa força cósmica e (2) a total irrelevância da vilã que a Jessica Chastain interpreta. O 1 é o tipo de problema que ok, a gente aceita só pra poder aproveitar o filme; mas o 2 é meio escroto, pq ficou parecendo que ela só está lá pra forçar aquele gran finale.
Apesar disso eu me entreti assistindo. O filme tem um bom ritmo, boas cenas e a trilha sonora não poderia ser melhor (to escutando até agora no Spotify, rs). Mas fica aquela sensação de que tinham material pra criar um espetáculo pro fechamento dos X-Men, mas só alcançaram o patamar do "ok".
Achei totalmente exagerado o que a crítica vem fazendo com esse filme. Apesas dos problemas, pra mim é infinitamente melhor que qualquer um desses da DC/Marvel que saíram por último e não tiveram uma recepção negativa tão forte assim.
Eu não sou fã dos X-Men, mas confesso que é um dos poucos desse universo de super-heróis que me agrada. Eu percebo que existe um cérebro por trás da maioria dos filmes deles, rs. Mas agora acabou, a Disney comprou a Fox e com isso adquiriu os direitos sobre a franquia, e provavelmente vai seguir naquela linha de filmes genéricos só pra levantar um $$.
Assim esse filme foi apressado em fechar toda a trama. Muitos reclamaram dessa questão. Além do desgaste que a franquia anda tendo, mesmo nos quadrinhos a essencia do X Men são pessoas comuns que despertam o gene x que lhes dá superpoderes aleatórios.
As pessoas também se ligam muito no Wolverine que não está nesse filme e na caracterização dos personagens que é bem ruim como a Mistica. Compare ela nos qiadrinhos com a versãi desse filme ou com ela no primeiro filme.
Oi Rodrigo! Acho que os filmes dos X-Men costumam ter um nível um pouco mais alto mesmo.. que os outros da Marvel.. pelo menos em média.. os heróis em si já não chegam a me empolgar tanto.. não só pela ênfase no coletivo.. como também por essa noção dos poderes serem um fardo, algo associado a dor, traumas, que os tornam vítimas da sociedade, etc..
Dood, nunca li nenhum quadrinho pra poder fazer essa comparação.. das caracterizações, etc.. abs!
Eu tava folheando um formatinho da Abril com uma história do X Men de 1983 eles era uma equipe bem definida com os mocinhos os mutantes que eram chamados pelo professor para aprender a usar os poderes afim de ajudar a humanidade vs Magneto e os mutantes terroristas com aquela visao de que os mutantes são superiores e a humanidade os debe servir. Basicamente isso.
A animação dos anos 90 e os quadrinhos posteriormente davam dramas e conflitos aos personagens, mas dr uma forma que não queria os tornar realistas demais. Pelo menos era a impressão que se tinha.
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