Série documental da Netflix com 4 episódios sobre o caso do herdeiro do grupo Yoki que foi morto e esquartejado pela esposa. Segue bem o estilo de documentários de crimes recentes como Cena do Crime - Mistério e Morte no Hotel Cecil ou Cenas de um Homicídio: Uma Família Vizinha. Achei bastante envolvente, apesar de alguns detalhes estilísticos de gosto duvidoso (como usarem "Für Elise" nos créditos, etc.). Pra mim a maior surpresa foi eu ter terminado a série com mais medo da acusação e da justiça brasileira do que da própria assassina! Não que eu ache Elize uma vítima... Porém perto de algumas das figuras que aparecem tentando incriminá-la e aumentar sua pena a qualquer custo (do tipo que diz "bandido bom é bandido morto" e não se preocupa muito com "detalhes" como provas), Elize acaba parecendo uma das pessoas mais honestas e pé no chão da história. Por exemplo: o médico legista que fabrica a história de que o marido teria sido esquartejado vivo só pra piorar a situação dela... é claramente um palhaço, uma figura midiática sem caráter e sem compromisso algum com a realidade, que devia estar no circo, trabalhando de sósia do James Randi ou sei lá o que. Pensar que é possível um cara como este participar de um julgamento tão grande — e que esse tipo de gente deve ter aos montes nos bastidores do governo — pra mim é uma realidade ainda mais assustadora que a do crime em si.
Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime / 2021
4 comentários:
Eu não consigo ter estômago pra esses documentários da Netflix desde aquele do Michael Jackson em que um dos garotos que foi abusado por ele queima a memorabilia do cantor e isso é filmado. Parece tendencioso em parte, eu particularmente nivelo o caso da Elisa com o do Goleiro Bruno, nebuloso e cheio de especulações.
É.. Eu gosto quando eles conseguem criar uma narrativa envolvente, um certo suspense e cima do que irá acontecer, de como o crime irá se desenrolar.. Nem vejo com o objetivo de saber de toda a verdade. Há algo de mais injusto no do Michael por ele não estar vivo pra se defender.. Esse aqui pelo menos tem depoimentos da própria Elize, então você consegue pesar melhor os 2 lados.
Sim, quando a pessoa é viva gera essa ponderação. Mas é aquela: desconfiômetro fica ligado por ser de onde vem. Mesmo porque todo mundo diz ter boas intenções, infelizmente é assim.
No mais, concordo que a pessoa deva ser punida de acordo com a gravidade de seu crime.
Exato.. hoje como tudo é ideologia, tudo é emoção.. as pessoas perdem essa noção da realidade, de proporção.. se você expressa alguma opinião politicamente incorreta, a esquerda quer te julgar como estuprador, nazista, etc.. por outro lado, se você fere os valores da família tradicional.. os conservadores saem marchando com tochas e querem te julgar como um enviado do demônio, etc, rs. Abs!
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